quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Otimismo do brasileiro com a economia cresce, segundo Ipea

O otimismo das famílias brasileiras em relação à realidade socioeconômica do país cresceu em outubro, segundo o IEF (Índice de Expectativas das Famílias), divulgado nesta quarta-feira (16). O indicador passou de 63,1, em setembro, para 64,7 no mês passado.

O IEF é elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado à Presidência da República, e considera o que as famílias esperam da situação econômica do país, a sua condição financeira, suas decisões de consumo e seu nível de endividamento.

O Ipea faz o levantamento mensalmente em 3.810 domicílios, em mais de 214 cidades. Na escala do Ipea, a pontuação acima de 60 pontos indica otimismo; abaixo de 40, pessimismo.
A elevação da taxa foi impulsionada pelo aumento da confiança nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo superior às ligeiras quedas apresentadas nas regiões Sul e Sudeste.
Na região Norte, a taxa subiu de 57,1, em setembro, para 60. A região Nordeste passou de 63,6 para 66,4. Segundo o Ipea, ambas regiões retomam o crescimento das expectativas, em relação à queda apresentada do mês de agosto para setembro.

No Sul e Sudeste houve queda no otimismo, de 63,9 pontos, em setembro, para 60,9 em outubro, e 63,8 para 62,5, respectivamente. A região Centro-Oeste continua como a região mais
otimista do país, com leve alta no mês de outubro, e taxa de 75,5 pontos.

ENDIVIDAMENTO
A pesquisa levanta ainda o grau de endividamento familiar: no Brasil, 7,9% das famílias estão muito endividadas e 54,2% das famílias declaram não ter dívidas.
A maior parte das família muito endividadas fica no Nordeste (10,3%), seguida pelo Norte (9,3%), Sudeste (7,5%), Sul (6,1%) e, por último o Centro-Oeste (3,2%)
As famílias que declaram não ter dívidas são divididas da seguinte maneira: maior concentração no Centro-Oeste (83,2%), seguida pelo Sudeste (61,6%), depois Sul (55,7%), Nordeste (40,6%) e, por fim, Norte (33%).

Aproximadamente 12% das famílias brasileiras pretendem pagar as contas atrasadas em sua totalidade, no mês de outubro. Enquanto isso, 48,5% das famílias pretendem pagar parcialmente as contas e 37,2% não terão condições de pagar as contas atrasadas nesse mês.

Na região Norte, houve aumento no número de famílias que pretendem pagar as contas em sua totalidade, de 3,9% em setembro, para 12,2% em outubro. Em contraste, na região Sul, o número de famílias que se declararam incapazes de pagar as contas atrasadas subiu de 31,4% para 50,7%.

CONSUMO
Em relação ao consumo de bens duráveis, 54,5% das famílias acreditam que agora é um bom momento para adquirir bens de consumo duráveis, aproximadamente 1% superior ao registrado em setembro. Enquanto isso, 40,9% afirmam não ser um momento ideal para tomar esse tipo de decisão de compra.

MERCADO DE TRABALHO
Cerca de 80% dos responsáveis pelos domicílios no país sentem-se seguros em sua ocupação atual –resultado semelhante aos meses de julho, agosto e setembro.

Quando a pergunta é voltada para os demais membros da família o otimismo diminui, mantendo-se no mesmo patamar do mês anterior, com um nível de segurança de aproximadamente 75% para todos os membros da família, para a média nacional. A região Norte é onde os familiares se sentem mais seguros no emprego, com uma taxa de 98%, seguido pelo Sul (87,8%), Sudeste (82,0%), e Centro-Oeste (76,0%).

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