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domingo, 16 de dezembro de 2012

Algumas palavras ao meu Corinthians


Carta ao meu amado Bi-campeão Corinthians




Hoje eu e mais 35 milhões de fiéis torcedores(as) fomos tomados(as) pela emoção e por um sentimento inexplicável pela conquista desse título inédito do Mundial, foram 102 anos de espera e eu fiquei pensando como agradecer toda essa imensa felicidade  e concluir que falar, gritar, chorar não  explicaria e decidir escrever, porque as palavras movem moinhos e desvendam paixões que até o ser humano desconhece, vamos lá!

Dezesseis de dezembro 2012, domingo, dia frio e chuvoso, cheio de som, de gritos e de poesia. Dia histórico que nenhum brasileiro(a) jamais se esquecerá. Essa semana começou diferente, ontem foi tudo diferente, o Brasil parou! Esse Brasil de tantos times hoje só havia dois, Corinthians e os contras ! Algo inédito aconteceu, os outros clubes foram extintos e mais que de repente o Chelsea tornou-se um time brasileiro, e quem é esse Corinthians que causa essa crise de identidade?

Eu explico. Essa explosão de paixão e emoção, se manifestou pela primeira vez no dia 1º de setembro de 1910. Naquele dia, há exatos 102 anos, no bairro do Bom Retiro, nascia o Sport Clube Corinthians Paulista. O time foi fundado por cinco jovens operários. O primeiro jogo oficial do Corinthians foi em 10 de setembro de 1910, contra o melhor time da Várzea, o temível União da Lapa. Acostumado a golear seus adversários. O União da Lapa encontrou um Corinthians valente, cuja garra impressionou a todos. Os operários que assistiam ao jogo se identificaram com a raça corinthiana e começou ali a fama que seria a marca do Corinthians: O time do povo, o time da raça.

Hoje realmente eu entendi o verdadeiro sentido da palavra democracia.  Hoje, avaliando tudo que aconteceu, passa um filme na minha cabeça, e logo vêm várias cenas a minha frente. Lembro-me de homens abraçando homens sem medo, chorando sem vergonha, se emocionado sem pudores, qualquer lugar se transformou num espaço verdadeiramente democrático, e todos os presentes, cada um de sua forma, demonstravam seus sentimentos, naquele instante não existiam patrões nem empregados, comandantes nem comandados, pois todos se transformaram em protagonistas, protagonistas de um palco com luz, com cores,  de sonhos, de amor e alegria. Todos vestidos com trajes do Coringão, com uniformes  de cores tão simples e tão dignas.

Hoje ganhamos porque Cássio foi gigante, porque Danilo foi Danilo, porque Jorge Henrique foi Usain Bolt, porque Emerson foi Senna, porque Fábio Santos foi Marcelinho, porque Chicão foi carrapato, porque Paulo André foi Ronaldo, porque Alessandro foi sensacional, porque Paulinho foi Sócrates, porque Ralf foi Neto, porque Guerrero foi brasileiro, porque Tite(silêncio-sem palavras) e porque a torcida foi foi foi o 12° jogador!

Essa torcida é única. A grande massa que vão aos estádios sai dos bairros mais distantes, isso é uma forma de aliviarem suas opressões e pressões. Transcrevo um trecho do livro "Futebol ao Sol e à sombra" do poeta Eduardo Galeano (sim, ele mesmo, poeta socialista Uruguaio) que fala de torcedores:

"Metido numa centopéia perigosa, o humilhado se torna humilhante e o medroso mete medo. A onipotência do domingo exorciza a vida obediente do resto da semana, a cama sem desejo, o emprego sem vocação ou o emprego nenhum: Liberado por um dia, o fanático tem muito do que se vingar".

Essa gente trava diariamente uma verdadeira guerra contra a dor, a fome, ônibus lotado, humilhações, desemprego, lágrimas... mas levam consigo a esperança e expectativa de chegar o final de semana, pra ver o timão jogar, e ganhando ou perdendo, a festa sempre vale a pena, porque não é simplesmente uma torcida, é uma nação, e uma nação patriota jamais abandona seu país na guerra. Mesmo sabendo que no campo de batalhas, suas armas não possuem a mesma potência dos adversários, mas a paixão supera qualquer tanque ou fuzil, ela brota da alma, e essa ninguém consegue atingir.

São Jorge, Santo Guerreiro nos proteja de todos os males, que enfrenta todos os bugres e dragões, e que nos afasta, com toda a classe, de porcos, urubus, leões, peixes e outros bichinhos que costumam se arriscar pelos campos, porque a inveja está gigante, devido a nossa  campanha que cala os críticos, envergonha as outras torcidas, mas que orgulha e emociona a nossa massa.

Ontem ao anoitecer rezei aos prantos para São Jorge, nosso santo padroeiro. E hoje ao raiar do dia, ao nascer timidamente o sol, todos perceberam que nossa profecia se concretizou- Hoje não é um dia comum!!!!
Quero rir da cara aos que torceram contra nosso título, não foi dessa vez!

Ela ela ela é festa na favelaaaaaaa... com muito orgulho!!!
Como diz Chico Buarque: "Gente humilde que vontade de chorar".

E aos que torceram incansavelmente pode comemorar o Mundo é nosso, porra!!!

Obrigada Corinthians!
Clébia Rosa


domingo, 2 de setembro de 2012

A herança maldita de FHC

Por: Emir Sader


O governo Lula recebeu uma herança maldita do governo FHC, refletida numa profunda e prolongada recessão, no desmonte do Estado, na multiplicação por 11 da dívida pública, no descontrole inflacionário. O controle da inflação jogou-a para baixo do tapete: transferiu-a para essa multiplicação da dívida pública.


O povo entendeu, rejeitou FHC e derrotou os seus candidatos: Serra duas vezes e Alckmin. Isso é história, tanto no sentido que é verdade incorporada à história do Brasil, como história porque o governo Lula, com grande esforços, superou a recessão profunda e prolongada herdada e conduziu o Brasil ao ciclo expansivo que dura até hoje.



Para não aguçar o clima de instabilidade que a direita pretendia impor no começo do seu governo, Lula preferiu não fazer o dossiê do governo FHC, que incluísse tudo o que foi mencionado, mais os escândalos das privatizações, da compra de votos para a reeleição, da tentativa de privatização da Petrobras, entre outros.



Não por acaso FHC é o político mais repudiado pelos brasileiros. Já na eleição de 2002, Serra tratou de distanciar-se do FHC. Em 2006, as privatizações, colocadas como tema central no segundo turno, levaram a uma derrota acachapante do Alckmin. Em 2010, de novo o Serra nem mencionou FHC, tentou aparecer como o melhor continuador do governo Lula, para a desmoralização definitiva do governo FHC.



Ao lado disso, economistas da ultra esquerda esposaram a bizarra tese de que não havia herança maldita, que o governo Lula era continuidade do governo FHC, que mantinha o modelo neoliberal. Além de se chocarem com a realidade das transformações econômicas e sociais do país, foram derrotados politicamente pelo total falta de apoio a essas teses no final do governo Lula, quando o candidato que defendeu essas posições, apesar de toda a exposição midiática, teve 1% dos votos.



FHC não ouve ninguém, despreza os que o cercam, mas sofre da teoria da dependência da dor de cotovelo. Dedica as pouco claras forças mentais que lhe restam para atacar o Lula, cujo sucesso – espelhada no apoio de 69,8% dos brasileiros que querem Lula de volta como presidente em 2014 e nenhuma pesquisa sequer faz a mesma consulta sobre o FHC, para não espezinha-lo ainda mais – fere seu orgulho à morte.



Esses amigos tentam convencê-lo a não escrever mais, a não se expor ainda mais à execração publica – com efeitos diminutos, porque ele não ouve, seu orgulho ferido é o maior dos sentimentos que ele tem, mas também porque ninguém lê seus artigos – a se retirar definitivamente da vida pública. Cada vez que ele se pronuncia, aumentam os apoio ao Lula e à Dilma.



A historia diz, inequivocamente, que o Lula é um triunfador e FHC um perdedor. Isso a direita e seu segmento midiático não perdoam, mas é uma batalha perdida para todos eles.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Paulo Henrique Amorim NÃO foi condenado por racismo

Uma infinidade de sites e blogs está publicando notícia inverídica sobre o jornalista Paulo Henrique Amorim, de que ele teria sido condenado por racismo por ter usado a expressão “negro de alma branca” em texto em que criticou a capacidade profissional do jornalista da Rede Globo Heraldo Pereira.
Paulo Henrique é um amigo e um homem contra o qual a acusação de qualquer tipo de preconceito é um verdadeiro absurdo. Por incontáveis vezes ouvi da boca do próprio seu inconformismo com preconceito contra negros, homossexuais etc.
O que aconteceu foi que PH fez um texto em que afirmou que o jornalista da Globo em questão seria submisso ao ministro do STF Gilmar Mendes e que a Globo – que acusou de racista –consideraria Pereira um “negro de alma branca”.
Pereira processa PH e este, em audiência de conciliação, opta por fazer um acordo com o autor do processo em que se compromete a desdizer publicamente as críticas que fizera.
A primeira mentira contra PH que está se espalhando até pelos grandes portais de internet, portanto, é a de que ele teria sido condenado. Não foi.
Segundo o próprio PH me disse ao telefone, ele apenas optou por não se defender e ofereceu retratação ao ofendido de forma a extinguir o processo por reconhecer que se excedeu, mas faria isso contanto que quem o processou reconhecesse, no acordo, que não houve ofensa racista.
Repito: Heraldo Pereira assinou um acordo em que reconhece que não houve intenção racista nas críticas que Paulo Henrique Amorim lhe fez. Isso consta do documento que um e outro assinaram diante de um juiz de Direito e de seus respectivos advogados. É, portanto, uma mentira quando dizem que foi “condenado por racismo”.
Abaixo, nota do advogado do PH em que explica o caso em termos técnicos.
Do blog Conversa Afiada
Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no montante de R$ 300.000,00. Na ação promovida por Heraldo Pereira de Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012, conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado, constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de audiência. Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho.
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Leia também, do jornalista Leandro Fortes
Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil. Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que, diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil, farsa burlesca exposta em obras como o livro “Não somos racistas”, do jornalista Ali Kamel, da TV Globo.
Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é um “negro de alma branca”.
O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver com racismo. A expressão “negro de alma branca”, por mais cruel que possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O “negro de alma branca” é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável, iletrada e predatória – e branca. O “negro de alma branca” é o negro que foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil.
Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB, partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos. Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula, pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa, em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo, do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o repórter da TV Globo tinha “a alma branca”, ou seja, vivia alheio às necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca fosse.
Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime, sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do blog “Conversa Afiada”, a conviver com a crítica e os textos adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A ciumeira do PIG e sua tentativa de boicotar a Gaviões da Fiel

Essa imprensa é "fuleiragem", como diz o cearense, fez de tudo para apagar o grande desfilhe da Escola de Samba Gaviões da Fiel, em São Paulo. O ex-presidente Lula foi homenageado no enredo da Gaviões da Fiel. A ciumeira do PIG é visível, ao ponto da Rede Globo sabotar a vitória da Gaviões da Fiel. É uma mídia vagabunda, anti-Brasil. Veja o que falou o tucano Josias de Souza na matéria: "Desfile da Gaviões ajuda a sacralizar o mito Lula":

A biografia de Lula, já crivada de surpresas e contradições, ganhou na madrugada deste domingo (19) o adorno de um novo paradoxo. Numa celebração mundana, a figura mitológica de Lula foi sacralizada.

O Carnaval, como se sabe, é embalado pelos atributos do Tinhoso: mutações de personalidade, dissimulações, desvario… É nessa época do ano que as pessoas entregam-se a um vale-tudo consentido.

Homem vira mulher, mendigo vira imperador, paulista vira baiana, branco vira índio. Lula já tinha virado mito. No desfile da Gaviões da Fiel, a figura mitológica foi como que canonizada. Lula ganhou halo de santo.

“Verás que um filho teu não foge à luta – Lula, o retrato de uma nação”, eis o mote do enredo da escola. A trajetória do sertanejo retirante que chegou à Presidência foi equiparada à de milhares de brasileiros que vencem na vida pelo esforço pessoal.

A homenagem chega num instante em que Lula, submetido ao martírio do tratamento contra o câncer, já estava envolto em atmosfera de comoção. A doença potencializou a proximidade com os brasileiros que o veneram.

Reforçaram-se os elos de afeto que ligam o ex-presidente poderoso, agora fragilizado pela doença, ao homem comum, representados na avenida pelos 3.600 integrantes da Gaviões.
Lula deveria ter degustado o espetáculo em que o cultuou do alto de um carro alegórico. Os médicos proibiram. Representou-o a mulher, Marisa. Ela testemunhou in loco as cenas que ele teve de assistir em casa, pela tevê.

Uma cobra humana, louca de entusiasmo, evoluindo em movimentos convulsivos, no ritmo de um samba que sonegou às arquibancadas os pedaços pouco lisonjeiros da história do homenageado.

A apresentação da avenida insere-se no show midiático que está sendo a ex-presidência de Lula. Num instante em que decresce o prestígio dos políticos, o de Lula cresce.
Dono de intuição aguçada, Lula escancarou seu câncer. Num país que teve Tancredo Neves, deu exemplo. Mas caprichou. Não seria tolo de malversar a doença, mantendo-a no recesso asséptico do hospital.

Trata-se em público, certificando-se de estar sempre ao alcance das lentes do fotógrafo que carrega a tiracolo. Extrai do infortúnio todas as emoções que ele é capaz de prover. Tudo isso às portas da disputa municipal de São Paulo.


O desfile da Gaviões da Fiel ajuda a grudar em Lula sua fantasia predileta. Nos momentos cruciais, ele, como Clark Kent quando vira Superman, abre o paletó e exibe a camiseta de ícone sertanejo, o pobre que venceu o preconceito.

Dedicada a qualquer outro político, a sacralização carnavalesca seria tachada de demagogia. Oferecida a Lula, funciona como beatificação do mito. Isso dá idéia do inimigo que seus antogonistas têm pela frente.

 Os rivais do PT terão de combater o beato, o santo, o dogma, a fé.

O historiador Sérgio Buarque de Holanda definiu o brasileiro como “homem cordial”. Tomado por sua raiz, o vocábulo “cordial” tem origem no coração. Quer dizer: os brasileiros são seres emocionais.

Antes do câncer e do Carnaval, Lula já havia construído uma ponte entre a esfera pública e esse universo privado impregnado de sentimentos difusos. Empurrado pela escola do seu time do coração, aparelhou-se para elevar o número de adeptos do lulismo, a fiel torcida que leva o seu nome.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A força da solidariedade na vida de portadores do vírus HIV

        
A cidade do Recanto das Emas completou 18 anos em 2011 atingindo a marca dos 160 mil habitantes. Até aí, nada de muito extraordinário. Mas nesta cidade tão nova e cheia de problemas sociais, um trabalho sustentado por doações e trabalho voluntário chama a atenção e ganha novos colaboradores. Sem ajuda governamental, há 15 anos a Fraternidade Assistencial Lucas Evangelista (FALE) ajuda portadores do vírus HIV/AIDS de maneira exemplar. Hoje 150 adultos e 50 crianças e adolescentes residem no local e sonham com um futuro melhor. Simone Balbina dos Santos, 26, (foto) não contraiu a doença, mas usava drogas desde os 10 anos de idade e procurou a comunidade para se livrar do vício e recomeçar a vida longe do Crack. Ela tem dois filhos e está grávida do terceiro e se considera uma vitoriosa por ter deixado as ruas há cinco meses. “Se não tiver apoio, essa droga é um caminho sem volta. Aqui é o paraíso”, afirma Simone.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

II congresso da JPT: Não basta ser jovem

 Por:* Bruno Elias

Entre os dias 12 e 15 de novembro, realizou-se em Brasília, o segundo Congresso da Juventude do PT. Um balanço detido do congresso merecerá mais detalhes, mas dos vários pontos possíveis de serem avaliados, um em particular nos interessa: teria este Congresso ampliado a capacidade da Juventude do PT disputar um programa socialista e se enraizar na realidade e nas lutas da juventude brasileira?

Afinal, já é senso comum reconhecer que “novos personagens entram em cena” no atual momento político do país. As políticas sociais e econômicas dos últimos anos promoveram grande mobilidade social, retirando milhões da pobreza e ampliando a classe trabalhadora.


Estes trabalhadores, jovens em sua maioria e mal denominados nova classe média, tiveram uma elevação de suas condições materiais que não foi acompanhada por uma correspondente elevação cultural ou de valores solidários, humanistas ou mesmo das posições políticas de esquerda e progressistas.


As eleições de 2010, por exemplo, foram marcadas por esse descompasso entre os grandes avanços dos últimos anos e o conservadorismo ainda enraizado em setores da população. Ampliar e polarizar essa disputa ideológica contra a direita será uma das principais tarefas dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais no próximo período.

domingo, 6 de novembro de 2011

África: Pobreza e Riqueza num mesmo lugar

Por: Alexandre Ribeiro(menino de 12 anos)

A África é o continente mais pobre do mundo, enquanto só os EUA têm um PIB de 14,7 trilhões de dólares, o PIB Africano mal ultrapassa os 2 trilhões de dólares, sendo que a África tem o triplo da população estadunidense e milhares de vezes mais recursos naturais. 

Enquanto em campos de refugiados milhões morrem de fome no Quênia, uma riqueza incalculável de minérios está embaixo deles, trilhões de dólares em petróleo, gás natural, diamantes entre outros e tantos outros produtos que valem um absurdo no mercado internacional. Só a República Democrática do Congo (RDC) tem 24 trilhões de dólares em riqueza natural em seu subsolo, o suficiente para deixá-lo como maior potência econômica do mundo, com uma diferença de 10 trilhões de dólares dos Estados Unidos, mais um mercado consumidor emergente de uns 2 trilhões de dólares, se firmaria como a maior hiper-potência do mundo. 

Porém a falta de tecnologia, a dependência dos outros países faz a grande nação se manter nesse pobre ranking de 115° potência econômica ou simplesmente o 70° país mais pobre do mundo, com uma renda per capita desprezível e uma população totalmente analfabeta, para piorar conflitos internos é o que não falta. RDC é uma potência econômica de 20 bilhões de dólares, muito abaixo dos 26 trilhões de dólares que deveria ser.

Nos outros países africanos não é diferente, riqueza é o que não falta, mas a tecnologia falta e muito. Os Estados Unidos e a União Européia têm a tecnologia, porém muitos países nem permitem que essas potência entrem em seus territórios para explorar recursos naturais, no passado esses países destruíram as economias desses países mais pobres, os poucos que aceitam as potências em seus territórios recebem uma merreca de porcentagem naquilo que é explorado (lembrando que milhões de dólares são roubados pelos políticos corruptos que tomam conta da África).

A pobreza está encima da terra, a riqueza está embaixo e sem máquina para perfurar, não dá.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Trezentos dias de respeito à Câmara Legislativa

*Wasny de Roure
Ao tomar posse no dia 1º de janeiro deste ano, o governador Agnelo Queiroz deixou claro em seu discurso os imensos desafios que o aguardavam, em face da situação em que recebia a cidade: inúmeros problemas de extrema gravidade, como o sucateamento da máquina pública e a autoestima da população em baixa por tantas denúncias de corrupção e fatos desabonadores por parte de muitos que comandavam os destinos do Distrito Federal.

Nesse rastro de desmandos e de falcatruas cometidos contra a Administração Pública estava uma relação promíscua, corroída e extremamente desgastada do Executivo local com a Câmara Legislativa, pois não era pautada no respeito à autonomia do Legislativo e muito menos atendia a preceitos republicanos.

Passados trezentos dias desde a posse, o governador tem conseguido, com muito trabalho, dedicação, diálogo e transparência reconstruir a relação do poder público com a sociedade, resgatando a confiança da população.

Hoje, o governo restabeleceu com a Câmara Legislativa uma relação de parceria, respeito e confiança. É gratificante estar ao lado de um governante que reconhece a autonomia do Legislativo e a composição de forças da Casa, única maneira de atender os reais interesses da população, que não aceita negociatas e nem práticas escusas dos seus representantes.

É claro que o governador nem sempre concorda em tudo com os parlamentares. Mas confia no avanço da construção de um diálogo respeitoso e consequente, com a finalidade de compartilhar objetivos comuns para o bem do povo do Distrito Federal.

Temos debatido à exaustão os projetos de iniciativa do Executivo com todos os deputados distritais, suas assessorias técnicas e representantes do governo. Somente assim construiremos uma relação de confiança, deixando claro que este é um governo da transparência e que trata o interesse público com decência, cuidado e sem nenhum viés hegemônico ou autoritário.

Essa relação já rendeu muitos frutos para a população de Brasília. Aprovamos na Câmara o Plano Diretor de Transporte Urbano do DF, talvez o grande projeto aprovado até agora. Foi a primeira vez que o poder Legislativo aprovou um plano diretor de transporte urbano na cidade. Trata-se de uma matéria complexa e que se constitui em peça fundamental do planejamento estratégico do desenvolvimento urbano do DF, que trará benefícios em longo prazo.

A transformação da Terracap em agência de desenvolvimento econômico e social foi outra grande conquista, possibilitando com que ela gere e gerencie volumosos recursos – inclusive do governo federal -, canalizando-os para atender o interesse público.

Podemos citar ainda o projeto conhecido como “pacote da saúde”, que reestrutura a Secretaria de Saúde tanto do ponto de vista orçamentário como do quadro de pessoal; a iniciativa que passa a dar tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais; além da regularização de terrenos de igrejas e entidades sociais, entre outros.

Para os próximos meses temos projetos de fundamental importância para votar: o que institui a gestão democrática nas escolas, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial, o Plano Plurianual (PPA) para 2012/2015 e a Lei Orçamentária Anual para o ano que vem – estes dois precisam ser votados até dezembro deste ano.

*Deputado distrital e líder do governo na Câmara Legislativa do DF.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Luta, Luto.


Por: Carlos Odas

Segundo o Houaiss, umas das acepções do termo "luta" é a seguinte:

"...no marxismo, o confronto entre classes sociais antagônicas, considerado uma característica histórica fundamental das sociedades humanas, e quase sempre motivado pelas posições contraditórias que ocupam essas classes no processo da produção econômica."

Segundo, ainda, o mesmo dicionário, a expressão "ir à luta" significa: "esforçar-se, enfrentar as dificuldades".

E não está lá, mas subentende-se: pode-se lutar, esforçando-se por superar as dificuldades, em nome de uma causa, por um motivo que pareça, em princípio, imaterial ou até irrealizável.

sábado, 6 de agosto de 2011

BRASIL MAIOR, A HORA DE CRESCER

 Delúbio Soares (*)
 O Brasil está cumprindo fielmente suas metas de diminuir as desigualdades e resgatar a imensa dívida social existente há séculos. Em oito anos quase 40 milhões de irmãos nossos deixaram a pobreza para ingressar na classe média, adquirir bens, ter alimentação em maior quantidade e de melhor qualidade, exercer com mais plenitude sua cidadania, ter saúde e educação. Ainda há muito por fazer e a tarefa de complementar o trabalho iniciado nos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula poderia parecer impossível ou hercúlea, de execução quase impossível, se no comando da Nação não estivesse, não por acaso, a competente executiva que foi o braço-direito e a principal companheira do Estadista que mudou os rumos de nossa história na última década: Dilma Rousseff.
Não tem surpreendido a forma decidida e competente como a segunda etapa do governo do PT está ordenando a grande mudança, a verdadeira revolução silenciosa e pacífica, a sacudida nas estruturas de nossa sociedade após a década perdida sob a égide dos tucanos. O Brasil é a sétima economia mundial, recuperou seu prestígio internacional, firmou parcerias fortes e conquistou nichos de mercado gigantescos  nos cinco continentes, é ouvido e acatado nos principais foros de decisão e assumiu um papel de protagonista no cenário do mundo novo que surge no raiar do século XXI. A imagem da derrota, da quebradeira, do “yes, Mister” dos anos 90 ao FMI é coisa de um passado longínquo e tristonho. Não devemos esquecê-lo, sob pena de repeti-lo. Mas nossos faróis apontam o rumo do futuro  e iluminam a competitividade, a conquista pela qualidade, a ocupação dos espaços pela simples menção da marca mágica: “Made in Brazil”. O merecido sucesso de nosso agronegócio é a maior prova disso. Não há mais tempo para lamúrias, só para trabalho e vitórias.
 Ao anunciar o plano “Brasil Maior”, com a finalidade específica de estimular a competitividade da indústria brasileira, o governo da presidenta Dilma Rousseff busca apoiar decisivamente nossos exportadores num momento excepcionalmente singular. Com nossa moeda fortíssima diante de um dólar baixo, a indústria brasileira irá contar com uma série de incentivos para a exportação, readquirindo as mesmas condições de antes da crise econômica que assola os Estados Unidos e grande parte da Europa. É um plano realista e pragmático. Que tem o condão tanto de mostrar a sensibilidade de nosso governo para com os percalços enfrentados pela iniciativa privada quanto nos diferencia dos governos do PSDB, eternos e rigorosos cobradores de impostos, taxas e tributos, que jamais moveram uma palha em favor dos produtores de nosso país, visando sempre e apenas o aumento da arrecadação custando o que custasse, mesmo que, ao final, importantes setores de nossa economia – como os exportadores, por exemplo – pagassem o alto preço do endividamento ou mesmo do definitivo insucesso empresarial. Mas, felizmente, os tempos são outros e o Brasil mudou para muito melhor.
 No “Plano Brasil Melhor” há significativa desoneração de tributos, como a manutenção do IPI baixo sobre o material de construção, favorecendo, também a grande massa dos brasileiros que estão construindo, pretende construir ou fazer reformas em suas casas; bens de capital (máquinas e equipamentos para a produção industrial), além de caminhões e veículos comerciais leves, incentivando tanto a indústria automobilística, quanto toda a imensa cadeia de produção existente em função dela, com milhares de empresas fornecedoras e que empregam milhões de brasileiros direta e indiretamente.
 Outra decisão da presidenta Dilma e que atende a esse momento particularíssimo vivido pela indústria nacional é a recuperação de créditos tributários das empresas e a impostergável desoneração das folhas de pagamentos. São vários os setores os contemplados com a oportuna medida: artefatos, calçados, móveis e confecções. O próximo setor será o da tecnologia da informação (TI), os nossos fabricantes de softwares, cujo avanço nos mercados nacional e internacional e a excelência de seus produtos os converteram hoje em segmento de imensa representatividade em nossa balança comercial e em toda a economia do país. O alcance social e econômico dessa medida terá proporções imediatas e atingirá centenas de milhares de micros, pequenas, médias e grandes empresas, indistintamente, favorecendo empresários, trabalhadores e consumidores. Ganha o Brasil e ganham os brasileiros.
O PSI (Programa de Sustentação de Investimentos), operacionalizado pelo BNDES, será mantido e terá até o final de 2012 o montante de R$ 75 bilhões em linhas de crédito, com juros baixos e subsidiados, para que os empreendedores possam investir e incrementar a produção. Programas como o “Pro-Caminhoneiro” recebem pesados investimentos advindos do PSI e continuarão sendo atendidos pela imensa importância que adquiriram para o desenvolvimento nacional, e novos setores e programas foram agregados, como o de componentes e serviços técnicos especializados, ônibus híbridos, o “Pro-Engenharia”, o “Pro-Aeronáutica”, “Profarma”, “Proplástico”, “Prosoft” e diversos outros.
 É uma demonstração da aguda sensibilidade social e da atenção dispensada pelo governo do PT aos setores produtivos, estendendo a mão aos que geram empregos e riqueza, movimentam nossa balança comercial, giram nossa economia e constroem o país forte e poderoso que hoje desperta admiração e respeito em todo o mundo.
 Há medidas importantíssimas em diversas áreas, que vão desde novas condições de financiamento pelo BNDES com observância à novos marcos legais, de apoio ao desenvolvimento e à comercialização de produtos sustentáveis, ecologicamente corretos e para linhas de equipamentos dedicados à redução de gases de efeito estufa (Fundo Clima – MMA), até mecanismos que desoneram e descomplicam nosso processo de financiamento às exportações.
 O Brasil está antenado no mundo, ligado ao seu tempo, cumprindo o seu papel e sabendo muito bem o que quer e como atingir seus objetivos. É que o mundo está, também, observando os passos desse país-continente, que depois de vencer a chaga da pobreza e despertar do sono letárgico de um subdesenvolvimento persistente e lamentável, entregou nas mãos firmes de um líder operário e Estadista clarividente a missão de reerguê-lo. Agora a primeira mulher a nos governar enfrenta com notável competência o desafio que lhe cabe: manter as conquistas sociais e econômicas, ampliá-las e consolidar o processo de crescimento do Brasil Maior, vencedor e democrático, que todos amamos.
 (*) Delúbio Soares é professor

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lei Maria da Penha: cinco anos de proteção às mulheres


Por: Rejane Pitanga


Com a feminização da pobreza, mesmo sendo a maioria da população de Brasília, do Brasil e do mundo, as mulheres, ainda, são submetidas às mais variadas formas de violências.
Dentre os fatores que mais implicam no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), lamentavelmente, está a violência contra a mulher, principalmente, a violência doméstica, que mata mais mulheres que o câncer, acidente de trânsito e as guerras.

Dados estatísticos da Polícia Civil do Distrito Federal revelam que as vítimas estão cada vez mais dispostas a sair do ciclo de violência e punir o marido ou o companheiro agressor.
De 2007 até o mês passado, as delegacias do DF registraram 34.749 ocorrências de violência doméstica. 

Hoje, a média é de 32 denúncias diárias. Somente no primeiro semestre deste ano, 1.132 mulheres se encorajaram a denunciar o companheiro e tiveram inquérito pela DEAM. A cada dia na unidade policial, a média é de pelo menos seis mulheres vítimas de violência doméstica. A quantidade de queixas é ainda maior por telefone. Com medo de se exporem, as mulheres têm utilizado a Central de Atendimento à Mulher, pelo Disque 180, para relatar a violência sofrida.

No momento em que comemoramos cinco anos da vigência da Lei Maria da Penha precisamos refletir sobre sua aplicação e implementação, uma vez que a mesma é um instrumento importantíssimo no enfrentamento da violência contra as mulheres, pois incorporou ao ordenamento jurídico brasileiro um conjunto de medidas para assegurar à mulher o direito à integridade física, sexual, psíquica e moral.

A constitucionalidade de alguns artigos da Lei, porém, ainda é discutida, sob o argumento de que, ao tratar de forma diferenciada homens e mulheres submetidos à violência doméstica, a Lei feriria o princípio da isonomia.

No entanto, segundo o Ministério da Justiça, o que a Lei faz é tratar de forma desigual aqueles que estão em situações desiguais: a mulher, ao sofrer violência doméstica, está em situação desigual perante o homem. E, por isso, a Lei oferece a ela mecanismos de proteção.

Aguarda ser julgada no Supremo Tribunal Federal a Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 19 para dar uma resposta definitiva à questão. No entanto, em março, o STF já reconheceu, por unanimidade, a constitucionalidade da Lei Maria da Penha ao negar um habeas corpus em favor de um réu acusado de agressão à mulher.

Sem dúvidas, a criação desta Lei foi uma importante conquista para as mulheres brasileiras. Uma delas foi dar visibilidade para a violência doméstica e quanto mais se torna conhecida, mais casos de mulheres que sofrem violência irão aparecer. Não só as que sofrem de violência física, mas também moral, psicológica e patrimonial.

Mas se o Estado não criar mecanismos eficientes para colocá-la em prática a legislação se torna inócua e assim continuaremos vulneráveis. Também precisamos garantir que a violência doméstica seja reconhecida no sistema de saúde. Apesar de a Lei Maria da Penha ter dado visibilidade à violência contra as mulheres, ainda há entre os profissionais de saúde a percepção errada de que isso é problema só da Justiça. É necessária a divulgação da Lei na sua completude, a capacitação dos médicos e enfermeiros, a supervisão e a educação continuada para que eles passem a reconhecer a violência doméstica e saibam lidar com o problema.

Portanto, precisamos de políticas públicas e serviços que efetivem a Lei. A começar pela criação de mais juizados de vara doméstica e familiar que, se criados conforme previstos na Lei, com equipes multidisciplinares, irão ajudar a organizar e orientar os demais serviços e até mesmo o de caráter preventivo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

África: Deus manda matar e deixar milhões passarem fome?

Por: Alexandre Ribeiro
Estudante e tem apenas 12 anos.

Milhões de pessoas passam fome na África e esse número só não é maior porque existem países ricos nesse continente, poucos mas existem. A pergunta que todos se fazem é "Por que os países islâmicos Africanos são mais pobres que os outros? 

Os países mais ricos da África são África do Sul, Egito e Nigéria. A África do sul é uma mega nação com uma população de maioria Protestante e uma população de 55 milhões de habitantes muito liberal por sinal, a única no continente que aprova o casamento gay e que os gays existam. 

O Egito também é um grande país, com 81 milhões de habitantes e com mulheres feministas egipcias que só querem a liberdade de seus maridos e pais que querem mandar em suas vidas, o Egito quer tanto ser livre que derrubou um ditador pra isso. A Nigéria é um país muito diversificado, tem população Católica e Islâmica, o país está dividido em duas religiões grandes e que não se bicam, tem uma população superior a 148 milhões de habitantes, quase 100 milhões de habitantes a mais que a África do Sul.

Esses três países registram índices altos de crescimento econômico e devem brilhar juntos aos BRICs em 2050, porém excluindo África do Sul e Egito fica a Nigéria, um pais cheio de guerras como a maioria dos países africanos por conta de território e de religiões diferentes.
A outra pergunta que todos se fazem "O Deus dos islâmicos, Allah manda seus seguidores matarem outras pessoas apenas pelo fato de seguirem outra religião?".

No Egito o número de turistas presos por citar a biblía é impressionante, na Árabia Saudita que fica no Oriente Médio então nem se fala e os homens da Al-Qaeda, será que não têm vergonha de dizer que estão defendendo uma religião?
Deus manda explodir uma torre no meio de Nova York com dezenas de centenas de pessoas trabalhando?
Na Somália o governo estadunidense (americano pros desacostumados) não sabe nem pra quem dar o dinheiro, se der para os grupos extremistas da área, eles são bem capazes de usar todo o dinheiro pra jogar bombas nos Estados Unidos com a ajuda de outras organizações terroristas, e se for mandar pessoal para as áreas mais críticas do país são bem capazes de saírem de lá bombardeados sem vida, ou até mesmo não saírem, explodirem no caminho.Porém os Estados Unidos não está nem um pouco interessado em ajudar a Somália, pois o país é controlado por forças extremistas muito radicais com ligações com o Al-Qaeda. Por esse fato os Estados Unidos não ajudam a Somália, pois sabem que é mais fácil levar bombas pra casa do que petróleo, isso é o que eles realmente querem.

O único país em que os Estados Unidos têm chance de conseguir petróleo na África é o Sudão do Sul, o país já parou com suas guerras e tem reservas de petróleo praticamente intactas e o Sudão do Sul é muito escasso em tecnologia e tem grande parte de sua população em condições precárias.

Mais uma pergunta "Deus manda as pessoas explodirem seus semelhantes que só querem ajudar os seus outros semelhantes que estão passando fome?" é o que parece, porque esses países pobres africanos controlados por grupos extremistas como Somália e Níger não têm a menor possibilidade de receber ajuda.

Já outros países como Etiópia e Egito, o grande problema é a corrupção, parece que não sabem tirar a fome da população sem ganhar um lucro por fora.