quinta-feira, 28 de abril de 2011

Governo vai oferecer 8 milhões de vagas em cursos de educação profissional


Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado hoje (28) pela presidenta Dilma Rousseff, tem como meta oferecer 8 milhões de vagas, até 2014, na educação profissional para estudantes do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação. O programa prevê a ampliação das redes federal e estaduais de educação profissional, pagamento de bolsa formação para trabalhadores e estudantes, aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos.
As vagas serão oferecidas por instituições públicas e privadas e pelo Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), em cursos presenciais e à distância. Promessa de campanha da presidenta, o programa foi pensado inicialmente como ferramenta para melhorar o ensino médio, ampliando a formação do aluno, em cursos profissionalizantes integrados ao ensino regular. Mas a iniciativa vai incluir também trabalhadores interessados em qualificação profissional.
Trabalhadores reincidentes no seguro-desemprego serão recrutados para participar de cursos profissionalizantes em instituições públicas ou do Sistema S. Eles serão orientados sobre o tipo de curso e a área em que podem se capacitar. Após a matrícula, a frequência do aluno será controlada e ele só receberá o seguro-desemprego se comparecer às aulas.
Já os alunos do ensino médio que quiserem combinar a formação na escola com cursos profissionalizantes receberão uma bolsa formação, cujo valor ainda não foi divulgado. Os beneficiários serão definidos pelos sistemas estaduais de ensino e estudarão também em instituições públicas ou do Sistema S. O pagamento da bolsa também estará condicionado à assiduidade do aluno. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, serão ofertadas 3,5 milhões de bolsas formação nos próximos quatro anos.
O Pronatec também pretende atingir os beneficiários do Bolsa Família, que vão ser selecionados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para cursos de formação em diferentes níveis, a partir da oferta disponível em cada município. Os cursos poderão ser voltados à alfabetização de adultos ou ao aperfeiçoamento profissional.
O projeto de lei que cria o Pronatec será encaminhado ao Congresso Nacional com pedido para tramitar em regime de urgência.
Edição: Vinicius Doria

Tribunal Regional Eleitoral cassa mandato de Benício Tavares

Por cinco votos a um, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) decidiu cassar o mandato do deputado distrital Benício Tavares (PMDB). O julgamento da ação por abuso de poder econômico nas eleições de 2010 ocorreu na tarde desta quinta-feira (28/4).

Na época, Benício participou de uma reunião da empresa Brasília de Segurança, de propriedade dos filhos César Lacerda. No evento, o empresário teria coagido cerca de mil funcionários presentes a votarem no então candidato. Entre as testemunhas, duas alegam terem sido demitidas por não aceitarem participar da campanha política de Benício.

A perda do mandato é imediata e deve ocorrer assim que o resultado for publicado. Além da cassação, Benício ficará inelegível por oito anos e terá que pagar multa no valor de R$ 10 mil Ufir. Ainda cabe recurso da defesa.


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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Debate Movimento Viva Arte


Quinta
Data: 28/04
Horário: 21 horas
Local: Açougue T-Bone
End: SCLN 312 Bl B Lj 27 Brasília-DF
Participação confirmada dos deputados distritais:
Wasny de Roure (PT) e Joe Valle (PSB)
Debatedores: Aloísio Brandão e Amneres Pereira
Moderador: Paulo José Cunha

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Entrevista com Gilberto Carvalho


Gilberto Carvalho diz que, ao contrário dos partidos, movimentos sociais amadureceram

Por Luciana Lima e Ivanir José Bortot0*
Brasília – Responsável por estabelecer a proximidade do governo de Dilma Rousseff com os movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que os movimentos sociais acabam compreendendo mais as demandas do país do que os próprios partidos políticos. Para o ministro, os movimentos amadureceram no Brasil nas últimas décadas e, ao contrário dos partidos políticos, investiram da formação de seus quadros. Carvalho defendeu a necessidade de uma reforma eleitoral no Brasil e apontou o voto em lista e o financiamento público de campanha como forma de mudar a atual realidade, que na sua avaliação induz à corrupção.
Confira mais um trecho da entrevista de Gilberto Carvalho à Agência Brasil.
Agência Brasil – O governo tem limitações para atender às demandas do movimento social por questões orçamentárias. Como administrar esse conflito?
Gilberto Carvalho – Essa tensão é inevitável. Eu brinco com eles dizendo que nós estamos sentados agora nesse lado da mesa, antes, estávamos no outro lado com eles, o que faz com que todos nós, oriundos do movimento social, esperemos de novo estar sentados do outro lado. Nosso destino é voltar para os movimentos sociais. Nosso papel aqui é tentar forçar a barra ao máximo dentro das limitações orçamentárias e institucionais para atender a essas demandas. Quando se faz o Orçamento, é preciso levar em conta esses aspectos. Aí é que está o jogo de governar, que é passar em grande parte pela sua filosofia, e por aquilo que se estabelece como prioridade.
ABr – E qual é a prioridade do governo?
Carvalho – Quando a presidenta escolhe como prioridade a superação da miséria, ela está dando um indicativo de que parte importante do Orçamento irá para esse destino. Isso, do ponto de vista ético, para nós todos que temos uma história política, é muito confortável. É também muito estimulante participar de um governo que estabelece essa prioridade. Há que se pensar em reproduzir, em espelhar no Orçamento essa opção. É claro que o Orçamento não é infinito e há gastos correntes que não se pode deixar de pagar. Mas tem que se reservar de fato um quinhão importante para isso. Isso não significa que vamos atender a todas as demandas, mas significa que muitas das demandas podem ser atendidas e, com isso, estabelecer pelo menos um compromisso, uma percepção da parte do movimento de que o governo tem a famosa vontade política de contribuir.
ABr – O senhor já observou essa compreensão?
Carvalho – O movimento amadureceu muito. Eu fiquei emocionado esses dias quando o pessoal da Fetraf [Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar] veio trazer uma pauta para a gente, o discurso da Elisângela [Elisângela Araújo, presidenta da Fetraf], companheira que hoje representa a Fetraf, que é um dos movimentos do campo de maior expressão. É um discurso que deixa emocionado de ver a maturidade. Eles não vieram reivindicar apenas terra, conforto nos assentamentos. São pautas muito mais amplas que dizem respeito, por exemplo, ao direito da mulher, à questão da criança, dizem respeito fortemente à questão ambiental. Enfim, a cidadania foi apropriada em grande parte, de forma muito intensa pelo movimento social. Isso é o resultado desse novo processo que a gente vive no Brasil, de amadurecimento dos movimentos. Acho isso muito bom. Isso facilita o diálogo. Eles passam a compreender também melhor.
ABr – Em que outros momentos o senhor conseguiu enxergar esse amadurecimento?
Carvalho - A conversa que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve com a presidenta foi extraordinária. Eles vieram discutir como podem ajudar no programa de alfabetização e no programa de reflorestamento do país, coisa que há 20 anos a gente, que é de movimento [social], sabe que não era assim.
ABr- O senhor diria que os movimentos se tornaram, por excelência, fóruns importantes de discussão dos mais variados assuntos ligados à cidadania?
Carvalho – Os movimentos fizeram uma coisa que os partidos não fazem. Eles qualificaram e seguem qualificando seus quadros. O MST tem uma escola que já funciona há muito tempo. Eles tomaram esse cuidado. A própria militância é um grande ensino. O velho método do bom Paulo Freire diz que se reflete a prática. Cada luta que se trava, se amadurece na cabeça. Os movimentos se tornaram verdadeiras escolas de cidadania. Ao se falar hoje em consciência ambiental, por exemplo, podemos considerar que, se Juscelino fosse construir Brasília hoje, não construiria, porque o pessoal não iria deixar passar máquina nesse Cerrado. É um amadurecimento benéfico do conjunto da sociedade.
ABr – O senhor comparou os movimentos sociais com os partidos. Fale um pouco mais sobre isso.
Carvalho – O que eu acho em relação aos partidos é que eles não cuidaram da formação de seus quadros da mesma forma que os movimentos fizeram. Isso é grave, mais do que grave, é gravíssimo. Nós temos uma estrutura política e eleitoral que é quase uma indução à perda de teor ideológico e político. Ela é uma indução, eu diria, até à corrupção, se nós falarmos da eleição. Qualquer cidadão hoje para ser candidato precisa de recursos para ser eleito. Onde é que ele busca esses recursos? Eu fui candidato em 1986 e ganhava três salários mínimos. Naquele tempo, a gente mantinha esquema de que dá para ser candidato com festinha, com lista entre amigos, com bingo, deitava e rolava de se trabalhar nessas coisas e se conseguia. Hoje, não, a campanha ficou cara. Eu fico pensando que às vezes se joga a pessoa nesse meio sem que haja uma preparação.
ABr – Era diferente em outros tempos?
Carvalho – Eu tenho a impressão de que o enfrentamento à ditadura e aos governos neoliberais nos deram teor ideológico e nos fizeram mais resistentes a essas chamadas, entre aspas, tentações. Acho muito perigoso pegar um jovem hoje e colocá-lo em um partido, sem que haja uma preparação, o risco de ser cooptado por essa mentalidade é enorme. Não adianta a gente, hipocritamente, ficar condenando uma pessoa dessa, se a gente não a preparou.

ABr – O senhor acha, então. que os movimentos conseguem compreender melhor as demandas do país que os partidos?
Carvalho – Não quero fazer aqui uma dicotomia simplista. Tem muita gente nos partidos que tem essa visão generosa. Graças a Deus, temos ótimas referências. Mas, em termos de tendência, é exatamente isso. Os militantes dos movimentos são levados a uma visão mais generosa, porque é uma visão mais coletiva nos movimentos. Não se é induzido a uma carreira mais pessoal. A questão do poder não é visualizada de uma maneira tão pessoal. Nesse sentido, sim, dá para dizer que hoje os movimentos são laboratórios de gente de maior generosidade, de maior ação cidadã, no sentido mais amplo, do que nos partidos. Dadas as regras atuais.
ABr – O que é preciso fazer para mudar isso?
Carvalho – Pode ser diferente. Se, por exemplo, na reforma política a gente fizer um processo de eleição por lista e com financiamento público, vai se fazer uma indução ao contrário, uma indução ao coletivo. O sujeito, para ser candidato, terá que ter militância em partidos sérios. Em partidos picaretas, haverá pessoas que vão comprar lugar na lista também, não vamos ser anjos aqui, mas pelo menos, permite aos partidos que são sérios trabalhar internamente de tal maneira que o sujeito, para ter o lugar dele na lista, vai ter que trabalhar na militância, vai ter que ter base. Na regra atual, cada vez mais, se vai induzindo para serem eleitos os que têm mais alcance de mobilização financeira, o que é muito grave.
ABr – O senhor acredita que o financiamento público de campanha seria o antídoto contra práticas como o caixa 2?
Carvalho – É o antídoto. Não vamos ser ingênuos, pois sempre pode se ter abuso, mas pode também se ter uma fiscalização muito mais fácil. Primeiro, a pessoa não vai fazer campanha para ele e sim para a chapa dele. Isso já muda completamente a lógica. Se o teu partido tiver mais votos, você terá mais chances de ser eleito, portanto você vai fazer campanha pelo seu partido e o financiamento será coletivo também e não individualizado. Eu acho isso muito importante para dar um choque na atual mentalidade.
*Publicado originalmente na Agência Brasil.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Real Sociedade Espanhola deixa administração do Hospital de Santa Maria


Site CB Publicação: 21/04/2011 20:12 Atualização: 21/04/2011 20:15

A Real Sociedade Espanhola, empresa contratada para gerenciar o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), entregou, nesta quinta-feira (21/4), a administração para a Secretaria de Saúde. O contrato foi adiado pela última vez no dia 21 de janeiro, quando ficou decidido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que a empresa teria de deixar a gerência do estabelecimento.

O contrato firmado entre e Real e o GDF era de dois anos, com vencimento no dia 21 de janeiro. No entanto, segundo a decisão do TJDFT, o atendimento dos pacientes já estava prejudicado por conta da demora da definição jurídica, por isso, a 8ª Vara de Fazenda Pública do DF decidiu, em caráter excepcional, prorrogar o contrato por 90 dias.

Durante esse período, a prestadora de serviços ao HRSM ficou obrigada a manter os serviços considerados imprescindíveis, com direito aos repasses necessários de recursos nos moldes do antigo acordo firmado em janeiro de 2009.

domingo, 17 de abril de 2011

Parceria entre o MEC e o GDF prevê a construção de 15 escolas técnicas

Expectativa é que as aulas comecem já no próximo ano. Verba destinada somará R$ 250 milhões

Publicação: 17/04/2011 06:00 Atualização: 17/04/2011 04:29 Correioweb

O Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou negociações com o Ministério da Educação (MEC) para a construção de pelo menos 15 escolas técnicas e centros de ensino médio integrados, que, além do ensino regular, oferecerão a educação profissional para a rede distrital. Na última quinta-feira, o governador Agnelo Queiroz reuniu-se com a secretária de Educação do DF, Regina Vinhaes, para tratar desse assunto. Parte das escolas vai integrar o Instituto Federal de Brasília (IFB), no qual serão construídos oito polos, incluindo prédios para cinco dessas escolas que estão em funcionamento em unidades provisórias. 

Segundo a secretária, o acordo de cooperação com o MEC será assinado na próxima terça-feira, no Palácio do Buriti. Apesar de confirmar o encontro entre o governador do DF e o ministro da Educação, Fernando Haddad, para a data, a assessoria do MEC não informou se o tema está na pauta. 

O governador, que já havia procurado Haddad, pretende expandir a rede distrital de ensino profissional, que hoje se concentra na Escola Técnica de Brasília, e colaborar nas demandas da rede federal com a doação de terrenos, como já ocorre em outros estados. A ideia é que as obras recebam investimento de R$ 250 milhões, como resultado da parceria entre GDF e MEC. Parte desse recurso (R$ 200 milhões) seria destinada às obras e R$ 50 milhões à compra de equipamentos. O MEC entraria com a maior parcela desse montante, mas as porcentagens ainda não estariam definidas. O ministério, entretanto, ainda não oficializou nenhum valor para financiar a rede da Secretaria de Educação. “Só falta formalizar. Os centros de ensino médio vão ser feitos no Itapoã, na Estrutural e no Condomínio Sol Nascente, ou seja, em regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). As escolas técnicas vão para Paranoá, Brazlândia e Cidade Digital”, detalha a secretária Regina Vinhaes. Ela afirma ainda que espera que as aulas possam começar no próximo ano.

No caso do IFB, presente no Distrito Federal desde 2009, apenas Planaltina tem prédio próprio, mas este, construído em 1959, entra na conta das obras, pois precisa de reformas complexas. Há também câmpus em Taguatinga, em Samambaia, no Gama e no Plano Piloto que funcionam atualmente em prédios alugados ou emprestados. O IFB deve chegar ainda ao Riacho Fundo e a São Sebastião. No Plano Piloto, as obras estão avançadas, assim como em Taguatinga, que terá dois prédios. A expectativa é que sejam entregues ainda no primeiro semestre deste ano. No Gama e em Samambaia, a previsão é de que os prédios fiquem prontos até o fim deste ano. O restante ainda não começou a ser construído. 

Ampliação
“Estamos discutindo algumas extensões para atingir ainda mais pessoas. Se conseguirmos chegar a Sobradinho, Ceilândia e Santa Maria, vamos totalizar 11 escolas. Vamos tentar viabilizar os terrenos para as obras. Não queremos nada ilegal, mas precisamos de celeridade nas obras, caso contrário não tem nem como pedir dinheiro para o governo federal”, diz o reitor do IFB, Wilson Conciani, sobre as reuniões desta semana. O IFB tinha, em 2009, 350 alunos. Já neste ano, o reitor espera alcançar 5 mil. Segundo ele, com as 11 escolas em pleno funcionamento, o instituto pode chegar a 12 mil alunos por ano. “Não é possível ter desenvolvimento sustentável se não houver educação de qualidade nos diversos níveis. Ampliando a educação técnica e profissional, toda a sociedade ganha até na qualidade dos serviços prestados.” 

Colaborou Rayanne Portugal


Oportunidades de aperfeiçoamento
Os institutos federais (IFs)foram concebidos com o objetivo de ir além no ensino técnico, oferecendo cursos superiores na área de tecnologia e licenciaturas em diversas áreas, sobretudo para garantir a formação de novos professores. O ingresso é aberto a alunos de qualquer estado. Isso porque, hoje, 37 dos 38 IFs aproveitam o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção. Na última edição do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), 16 instituições destinaram 100% das vagas a alunos que fizeram o Enem.

sábado, 16 de abril de 2011

Secretária de Educação apoia criação da Universidade Pública


A Câmara Legislativa discutiu em audiência pública, nesta sexta-feira (15), a criação da Universidade Pública do Distrito Federal. A iniciativa, do deputado Wasny de Roure (PT), teve o objetivo de mobilizar os estudantes e estimular o debate entre representantes do GDF, parlamentares e especialistas em educação sobre as diretrizes da nova instituição de ensino superior.

Wasny ressaltou que outros governos já discutiram a criação da universidade, mas, mesmo tendo amparo na Lei Orgânica do Distrito Federal, a idéia não sai do papel. O deputado acha inconcebível que, passados 50 anos da mudança da sede do governo federal para o planalto central, o DF ainda não conte com sua universidade própria.

“Precisamos criar uma verdadeira instituição universitária, preocupada em não apenas difundir conhecimento e preparar profissionais para o mercado de trabalho, mas que se envolva ativamente com as necessidades e expectativas da população, especialmente dos segmentos menos favorecidos”, defendeu Wasny. O deputado disse ainda que está tomando providências para que a área do Clube do Servidor – no SCE Norte, Lotes 1A 1B –, hoje abandonada, venha abrigar a universidade do DF.

Já a secretária de Educação, Regina Gracindo, disse que educação é obrigação do Estado, mas que é preciso discutir as formas de financiamento.  A secretária citou a possibilidade de se criar um fundo, nos moldes do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), para o ensino superior. “A estimativa é que o Brasil precise investir 10% do seu PIB para resgatar sua dívida histórica com a educação”.

O diretor da Faculdade de Ciência da Saúde (ESCS), Mourad Belaciano, apontou a necessidade de a Universidade Pública ser descentralizada. “A sede pode ser no Lago, mas com uma estrutura descentralizada nas cidades do Distrito Federal e articulada com as Secretarias de estado”.

Já o representante dos estudantes do ensino médio, Ricardo Cavalcanti, cobrou a universalização do ensino superior e o fim do vestibular. “Os alunos de escolas públicas concorrem em desvantagem. Precisamos do acesso gratuito à universidade. Para quem não pode pagar, só é garantido o estudo até o ensino médio, depois entramos num funil”.
Os deputados Olair Francisco (PTdoB), Evandro Garla (PRB), Rejane Pitanga (PT) e Celina Leão (PMN) estiveram presentes à audiência manifestaram apoio à criação da nova universidade.
Bruno Sodré de Moraes - Coordenadoria de Comunicação Social

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Centro Cultural da Juventude é inaugurado em Carajás

Por João Márcio
Da Página do MST

O centro cultural da juventude, batizado como o nome do comandante Che Guevara, foi inaugurado na tarde de quarta-feira, no Assentamento 17 de Abril, onde acontece o 6ª Acampamento da Juventude do MST Oziel Alves Pereira e as atividades da Semana da Luta Camponesa e Reforma Agrária no Pará.
No ato de inauguração, cerca dos 300 jovens, que estão acampados, saíram em marcha pelo assentamento entoando cantos sobre a importância do papel da juventude no processo de transformação do país.
Para Ayala Ferreira, dirigente estadual, trata-se de um espaço "importante para os jovens na perspectiva de uma formação social, político e cultural”.
O primeiro trabalho artístico já realizado no recém inaugurado centro, uma réplica das castanheiras da “curva do S”, em memória aos trabalhadores rurais Sem Terra assassinados, foi construída na parte central do espaço.
No término do ato, músicas latino-americanas, lembraram o papel de Guevara no contexto de lutas sociais continentais. Foi entregue à juventude do MST no Pará mais um espaço “antes de domínio do latifúndio da região, que agora servirá a maioria”, ressaltou Ayala.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hebert Vianna não teve culpa em acidente

Estadão

O músico Hebert Vianna não teve culpa no acidente de ultraleve que o deixou paraplégico e matou sua mulher Lucy Needham Vianna em 4 de fevereiro de 2001. Essa foi a resolução do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio.
A sentença proferida na última quarta-feira, 6, aponta a fabricante de ultraleves W.D. Flugzeugleichtbau como a responsável pelo acidente.
“Pouco importa o valor. O que ele queria era a declaração de responsabilidade” da empresa, declarou o advogado de Herbert, Ronaldo Cramer Veiga por telefone. “Ele não teve culpa nenhuma. O acidente ocorreu por defeito na fabricação. Ele quer mostrar para os filhos esse processo. É a prova que ele não teve nenhuma culpa”, reforçou Veiga. A indenização é de R$ 400 mil.
A defesa conta que conseguiu até mostrar que a empresa fabricante do ultraleve fez um recall logo após o acidente. A perícia detalhada durou dois anos e foi feita pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). “Em temperaturas acima de 40 graus, o material que reveste a cauda acaba se rompendo”, conta o advogado. Herbert sofreu o acidente durante as altas temperaturas do verão do Rio de Janeiro.
Carolina Spillari

sábado, 2 de abril de 2011

Estudantes buscam ampliação do uso do passe livre

01/04/2011 17:44

Estudantes buscam ampliação do uso do passe livre
Estudantes lotaram auditório (Foto: Carlos Gandra/CLDF)











Ampliação irrestrita do uso do passe livre estudantil, para que os jovens tenham direito também a acesso gratuito a atividades culturais e de lazer, inclusive nos finais de semana. Essa foi uma das principais reivindicações defendidas pelos estudantes que lotaram o auditório da Câmara Legislativa nesta sexta-feira (1º) para participar da audiência pública promovida pelos deputados petistas Wasny de Roure e Rejane Pitanga, para discutir eventuais mudanças na lei que institui o sistema de passe livre estudantil no DF.
Durante o debate, que atraiu líderes estudantis, secretários do GDF e parlamentares, os estudantes puderam comemorar mais uma conquista. Eles terão direito, em breve, a recarregar seus cartões nas próprias escolas, que atestarão suas frequências. O anúncio foi feito diretor-geral do DFtrans, Marco Antonio Campanella, e pelo secretário de Educação em exercício, Erasto Fortes.
Ao manifestar seu apoio às mudanças propostas pelos estudantes, o líder do governo, deputado Wasny de Roure (PT), disse que o governador Agnelo Queiroz "está determinado a valorizar ainda mais a conquista do passe livre". E comentou que neste mês já atendeu a uma das reivindicações do movimento estudantil que foi a determinação de o DFtrans assumir a gestão do sistema, que era controlado pela empresa Fácil. O prazo para a implementação da medida foi de 90 dias.
Wasny afirmou à plateia, composta em sua maioria por alunos do colégio Elefante Branco, que outra medida que vai beneficiar os deslocamentos dos estudantes será a aprovação do Plano Diretor de Transportes Urbanos e Mobilidade do DF e Entorno, que já está sendo discutido na Câmara Legislativa.
O representante do Diretório Central dos Estudantes da Católica, Flávio da Nóbrega, foi o primeiro participante da audiência pública a pregar a ampliação do benefício. "Precisamos também a garantia de acesso ao lazer e a outras formas de cultura".
"Tarifa zero" - A gratuidade das passagens, "com roleta livre para todos", foi defendida pelo líder do Movimento Passe Livre, Paíque Duques. Ele disse que o Estado deveria oferecer transporte público "de verdade", garantindo recursos para que todas as pessoas pudessem se deslocar livremente pela cidade. "Hoje os barões das empresas de ônibus é que lucram com o sistema", criticou.
O secretário de Educação interino, Erasto Fortes, assegurou que é favorável à "utilização plena" do passe livre, também nos finais de semana. "A educação não está apenas no trajeto de casa para a escola, como também nas atividades sociais desenvolvidas pelos estudantes". O secretário aproveitou para anunciar que, em convênio com o Ministério da Educação, o GDF deverá distribuir bicicletas, gratuitas, para que todos os alunos tenham acesso às escolas.
 A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) parabenizou a luta dos estudantes para a conquista do direito ao passe livre, enfatizando que aquele movimento começou na época da ditadura militar e ainda demonstra força. Ela criticou a qualidade do transporte coletivo oferecido na  cidade e manifestou apoio  à proposta de tarifa zero, para todos os usuários. 
Vários deputados distritais, que não puderam participar da audiência pública de hoje, enviaram manifestações de solidariedade aos estudantes. Como por exemplo, a deputada Rejane Pitanga (PT), Olair Francisco (PT do B) e Eliana Pedrosa (DEM).
Zildenor Ferreira Dourado - Coordenadoria de Comunicação Social