sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Definido: Haddad é o candidato do PT a Prefeitura de SP

Roney Domingos Do G1 SP

O ministro da Educação, Fernando Haddad, em encontro na sede nacional do PT que confirmou sua candidatura à Prefeitura de São Paulo (Foto: Roney Domingos / G1) 
Anunciado nesta sexta-feira (11) como candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, elogiou seu concorrente Gabriel Chalita (PMDB) na disputa pela sucessão municipal em 2012 e disse que vai buscar partidos aliados do PT no plano federal para tentar repetir a alianças em São Paulo.
"Nós temos uma base sólida de sustentação em Brasília e isso não terá uma tradução automática para São Paulo porque os partidos têm perspectivas diferentes, mas são os nossos interlocutores primeiros. É com eles que vamos estabelecer um diálogo imediato para pensar o que pode ser feito em termos de composição. (...) A nossa orientação, já definida pelo diretório, é buscar interlocução com os partidos da base de sustentação da Presidência da República", disse Haddad.

Conforme o ministro, é "prematuro neste momento dizer o que será dessa composição de forças" sobre o candidato a vice na chapa.

O ministro Haddad afirmou ainda que se encontrou com Gabriel Chalita duas vezes e que respeitará a decisão do PMDB caso o partido aliado insista na candidatura própria.
"Eu estive duas vezes com Gabriel Chalita em encontro entre amigos. Eu sempre disse que quando ele era secretário estadual da educação nós pudemos construir a quatro mãos programas importantes como o Fundeb. Elogiei e elogio a postura construtiva que ele teve na eleição do ano passado, de maneira que mantenho com ele bom relacionamento. Se for decisão dele e do PMDB a manutenção de sua candidatura, vai ter todo o meu respeito", completou Fernando Haddad.

Nesta sexta, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que o PMDB não abrirá mão de candidatura própria à prefeitura de São Paulo. Durante encontro municipal do partido, Temer reafirmou que Gabriel Chalita disputará a eleição.

Aliança com Kassab
 
O pré-candidato petista descartou de pronto a possibilidade de aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab. "O sentimento da militância do PT, já expresso no congresso, é de mudança e não de continuidade. O sentimento expresso pelos militantes de nosso partido é que as coisas precisam mudar em São Paulo."

Segundo Haddad, o objetivo de sua gestão e promover uma aliança estratégica entre a cidade e o governo federal para fazer chegar ao município os principais programas do governo federal nas áreas de habitação e transporte, "programas caros ao PT, como Bilhete Único e Centros de Educação Unificados."

Lula
 
Questionado sobre o peso do ex-presidente Lula em sua indicação pelo partido e em sua futura campanha, Haddad afirmou que será "Inestimável".
"O presidente Lula tem autoridade conhecida no Brasil e no mundo. Presidiu o país por dois mandatos. Não é uma liderança que se encontra em qualquer momento e em qualquer lugar. Mas não posso deixar de reconhecer o trabalho de outros companheiros que atuaram nessa direção. A opinião dele sobressai, mas as demais foram tão importantes quanto a dele", afirmou.

Governo
 
Haddad afirmou nesta sexta que ainda vai conversar com a presidente Dilma sobre o melhor momento para deixar o Ministério da Educação.
"Sobre a questão do ministério, eu tenho que ter neste momento a responsabilidade de ouvir a presidente Dilma que vai determinar até um prazo legal o momento adequado. Estou subordinado a uma determinação da presidente e vou seguir religiosamente o momento adequado para o governo federal."

O ministro disse ter falado nesta sexta com a presidente e que eles agendaram um conversa. Afirmou que "em primeiro lugar vem os interesses do Ministério da Educação".

Enem
 
Haddad disse acreditar que seu trabalho no ministério terá impacto positivo na campanha. "Tenho certeza de que vai nos ajudar. Antes do governo Lula o paulistano tinha 10 mil vagas públicas, das quais, 75% eram preenchidas por alunos de escolas particulares. A partir da expansão das federais, do Prouni e do Enem, o paulistano tem 300 mil bolsas de estudo, 150 mil vagas em universidades federais em todo o Brasil fazendo o exame perto de sua casa, no final de semana."

Questionado sobre o impacto negativo dos vazamentos no Enem, o ministro afirmou: "No que se refere aos crimes, foram dois crimes. Em um o criminoso foi condenado a cinco anos e três meses de cadeia e eu espero que o criminosos deste ano seja condenado por um mesmo período."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é importante!