quinta-feira, 22 de setembro de 2011

22 de setembro de 1897 - Guerra de Canudos: Chega ao fim a saga de Antonio Conselheiro

"Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer e se tiver sede, dá-lhe de beber, porque se isto fizeres, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem"(Antonio Conselheiro).

O Nordeste brasileiro no final do século XIX , estava à mercê da seca e da fome, a população carente vivia em total abandono por parte das autoridades. Foi nesse quadro social, que entrou em cena o beato Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro. Disposto a lutar pela justiça social, contra o governo da Bahia, ele conseguiu em suas fileiras mais de 30 mil pessoas.

Sem a habilidade necessária para contornar a situação, o governo da Bahia passou a repreender as práticas do grupo com a força policial. Eclodiram inúmeros, e cada vez mais violentos, conflitos, fazendo com que, exaurido, o governo baiano pedisse a interferência da República em 1896. Essa também encontrou dificuldade para conter os lutadores(as). No início de 1897, foi necessário aliar às investidas do Exército um cerco militar que impedisse o grupo de sair em busca de alimento. Com a debilidade da comunidade, o massacre de Canudos passou a ser questão de tempo.

E no dia 22 de setembro acabava a saga de Antônio Conselheiro. Fragilizado fisicamente, morreu, segundo estudiosos, por estilhaços de uma granada. Considerado por renomados intelectuais da época como um desajustado mental, Antônio Conselheiro foi decapitado, depois de morto. E sua cabeça foi utilizada em estudos científicos.

Sem a égide de seu líder, em poucos dias, a comunidade de Canudos foi dizimada. O massacre foi tamanho que não foram poupados nem idosos, nem mulheres e nem crianças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é importante!