quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PSD tem novo alvo em Brasília

PSD tem novo alvo em Brasília
Foto: Marcello Casal Jr / ABr

O EX-GOVERNADOR ROGÉRIO ROSSO, PRESIDENTE DA FUTURA LEGENDA, INICIA NEGOCIAÇÃO COM A DISTRITAL CELINA LEÃO

Priscila Mesquita_Brasília247 – Apesar dos problemas que está enfrentando com a justiça eleitoral, os dirigentes do Partido Social Democrático (PSD) continuam as articulações para conquistar adesões. Em Brasília, o presidente regional, ex-governador Rogério Rosso, tenta agora atrair a deputada distrital Celina Leão (PMN) para o novo partido.
Parlamentar de primeiro mandato, Celina foi eleita com 7.771 votos, ficando em último lugar entre os 24 que assumiram cadeira na Câmara Legislativa. Essa foi sua primeira campanha, mas a experiência com a política vem de longa data e é herança de família. Celina foi chefe de gabinete da então deputada distrital Jaqueline Roriz, participou da campanha de Joaquim Roriz e foi secretária de Juventude na gestão dele.
Muito ligada ao clã rorizista, ela começou a ter problemas com a família durante a eleição. O desgaste aumentou este ano, principalmente depois que veio a público o vídeo de Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de Durval Barbosa. A família Roriz considerou ingratas as declarações de Celina sobre o episódio.
Jaqueline é a presidente do PMN no DF. Elas não se falam há muito tempo. A relação com a colega de plenário Liliane também está péssima. Piorou depois da viagem oficial que elas fizeram ao Canadá.
Deixar o partido sem perder o mandato – o que é permitido ao deputado se ele ingressar em um novo partido – seria uma saída para Celina. Mas ela tem ponderado muito, pois se sente livre no PMN. E tem excelente relação, inclusive pessoal, com a presidente nacional, Telma Ribeiro.
O PMN perdeu muito com a criação do PSD. O governador do Amazonas, Omar Aziz, o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, e o deputado federal Fábio Faria, também do Rio Grande do Norte, são alguns que deixaram a legenda. "O Fábio Faria já tinha conversado sobre isso comigo, estou analisando, mas na política não podemos fechar portas", afirma Celina.
A personalidade de Rosso atrai a deputada. Ela se identifica com ele por ser um político jovem, que estaria em busca de um projeto alternativo. A confirmação de que a deputada Eliana Pedrosa irá para o PSD também tem peso favorável na ponderação de Celina.
O que pode atrapalhar é o posicionamento do distrital Raad Massouh (DEM), que já está em estágio mais avançado nas negociações com Rosso. Ele e Celina devem disputar uma vaga de deputado distrital em 2014 e a competição pode ser ruim para eles e para o PSD.
Pendências jurídicas
Para concorrer nas eleições do ano que vem, o PSD precisa conseguir o registro até 7 de outubro. O prazo é considerado curto por alguns ministros do Tribunal Superior Eleitoral, como Marco Aurélio Mello. A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, emitiu parecer nesta terça-feira considerando que as assinaturas mínimas para alcançar o registro do partido não foram atingidas. Para ela, são válidas apenas 220,3 mil assinaturas, quando o mínimo necessário são 490 mil.
As assinaturas coletadas por Rosso no DF foram desconsideradas por Sandra, assim como as de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, Roraima e Paraíba. Segundo o parecer da vice-procuradora, os tribunais regionais eleitorais desses estados não conferiram devidamente os nomes.
Outra pendência em Brasília é o registro local do partido, ainda não conseguido por Rosso. Na semana passada ele protocolou a criação das zonais, como exigiu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 5 de setembro. O ex-governador aguarda o julgamento.

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