terça-feira, 27 de setembro de 2011

Força-tarefa para pagar professores

Força-tarefa para pagar professores
Foto: Andressa Anholete / 247

REMANEJAMENTO DE VERBA PARA GARANTIR SALÁRIOS LEVA SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO, EDSON NASCIMENTO, E JOSÉ WILLEMANN, COORDENADOR DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS, A ARTICULAR APROVAÇÃO ATÉ QUINTA-FEIRA

Priscila Mesquita_Brasília247 – O pagamento do salário dos professores e demais profissionais da área da Educação depende dos deputados distritais. Foi lido na tarde desta terça-feira o projeto de crédito orçamentário no valor de R$ 500 milhões para esse fim. Se aprovado até quinta-feira, vai assegurar o pagamento de setembro e de outubro.

Para sensibilizar a base aliada sobre a importância da matéria, o próprio secretário de Planejamento, Edson Nascimento, esteve na Câmara Legislativa acompanhando o início da tramitação. Nascimento explicou que o crédito retira verba da reserva de contingenciamento e que já estava previsto desde que o governo do Distrito Federal (GDF) concedeu reajuste à categoria, no primeiro semestre. "A reserva de contingenciamento é uma espécie de poupança, usada em situações como essa", explicou. "O aumento da receita não foi suficiente para cobrir o reajuste."
Para assegurar o pagamento de novembro e dezembro, os técnicos da Secretaria de Planejamento vão acompanhar o aumento da receita. Se for necessário, farão outro projeto de crédito suplementar. A matéria deve ser aprovada, já que os deputados não votarão contra um projeto que beneficia servidores.
Encontro com Agnelo
O café da manhã que o governador Agnelo Queiroz teve com os deputados do bloco PT/PRB na manhã desta terça-feira, na residência oficial de Águas Claras, abriu o diálogo com distritais em guerra com o Executivo há várias semanas. A sinalização do governador surtiu efeito: quatro projetos do Executivo foram aprovados. Um crédito de R$ 145 milhões para a Terracap, dois créditos para a Secretaria de Obras e outro para terceirização do Fundo de Saúde.
O presidente da Câmara, Patrício (PT), comandou as votações, que contaram com a presença dos 24 deputados, fato raro na Casa. "Pelo menos, foi reaberto o diálogo", avaliou Patrício, sobre a conversa com Agnelo. Wasny de Roure, líder do governo, cobrou o cumprimento de acordos e agendas. "O governador está completamente absorvido com a preparação de Brasília para a Copa", afirmou. Rejane Pitanga pediu que a conversa seja habitual. "Não existe relação de submissão ou de tutela, mas sim de diálogo", disse. Chico Vigilante, líder do bloco, acha que os problemas estão superados: "Temos todos a certeza de que precisamos estar unidos".

A partir de quinta-feira, quando retorna de compromissos em Manaus, Agnelo se reunirá com os demais blocos. Depois, será agendada uma reunião entre todos os deputados da base de apoio, o governador e o vice, Tadeu Filippelli, presidente do PMDB.

A preocupação de alguns petistas é começar logo a reafirmar a aliança entre PT e PMDB, já com vistas a 2014, antes que outros projetos políticos comecem a ter destaque. A eleição de 2014 foi tema da conversa entre os petistas hoje com Agnelo. Eles falaram, principalmente, sobre os índices baixos de aprovação do governo, retratados nas últimas pesquisas.

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