quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Miguel Lucena pede demissão ao Governador Agnelo

Miguel Lucena tira time de campo
Foto: Thyago Arruda e Roberto Rodrigues / Agência Brasília

POLICIAL CIVIL PEDIU DEMISSÃO DO GOVERNO. PARA O LUGAR DELE DEVE IR A EX-VICE-GOVERNADORA IVELISE LONGHI

Priscila Mesquita e Luísa Medeiros_Brasília247 – A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) terá novo presidente. O atual, delegado Miguel Lucena, entregou carta de demissão ao governador Agnelo Queiroz, em caráter irrevogável. Quem deve assumir o lugar dele é a ex-vice-governadora Ivelise Longhi, filiada ao PMDB. Desde que deixou o cargo de vice-governadora, em 31 de dezembro, Ivelise não ocupou cargo público. Hoje ela está em viagem pela Europa, a passeio.
Lucena se diz desestimulado com a função há muito tempo. Ficou de licença médica durante um mês e foi contra a nomeação do ex-governador Wilson Lima para uma das diretorias da Codeplan. A pessoas próximas, Lucena tem dito que não quer mais saber de política. Amigo de Agnelo, ele apoiou a candidatura dele desde o início, antes mesmo do PT optar pelo nome do ex-ministro do Esporte, e trabalhou intensamente na campanha. A conversa definitiva que teve com o governador foi dia 14, no Palácio do Buriti. Lucena entregou a carta e disse que não iria de submeter ao que considera jogo político sujo. Relembrou que é servidor concursado e que não tem nenhuma pretensão política.
Lucena quer voltar para a Polícia Civil. "Não vou ficar no meio dessa intriga política", resumiu ao Brasília 247. Ele avalia que os obstáculos são resultado de algumas medidas que tomou à frente da Codeplan, como o cancelamento das Parcerias Público Privadas (PPPs) para a construção de um estacionamento subterrâneo e de uma usina de tratamento de lixo. Ambas tinham sido iniciadas no governo de Rogério Rosso – de quem Ivelise era vice.
Substituto
Assim que foi divulgado o pedido de demissão, começaram as articulações para substituir Lucena. O PMDB entrou em campo e, antes do embarque do vice-governador Tadeu Filippelli para o Sudão, na sexta-feira, o partido escolheu Ivelise.
Ela sonha em ser indicada para o Tribunal de Contas do DF pelo governador Agnelo, mas a vaga só deve ser aberta no fim do ano que vem. Até lá, estar próxima ao governador seria uma chance de mostrar merecimento para o cargo, tão desejado entre os políticos pela estabilidade, pelo alto salário e pelo prestígio. Ser conselheiro é ter cargo vitalício, com remuneração de R$ 24 mil e poder de interferir diretamente nas ações do governo. Para alguns, tem sido também rendoso.

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