quarta-feira, 12 de outubro de 2011

15 anos da morte de Renato Russo

“Um belo dia, o público vai descobrir que o seu ídolo tem pés de barro, e é uma coisa muito dolorosa porque messias não existem” (Renato Russo)

Nesta terça-feira (11) fez 15 anos que o cantor e poeta Renato Russo morreu. No entanto, mesmo com sua ausência, suas canções se eternizaram e até hoje são lembradas.

“Tão correto e tão bonito: o infinito é realmente um dos deuses mais lindos!” E, quando ouço Renato Russo, eu me dou conta de como as bandas de rock de hoje estão chatas.

Renato Russo, sempre exaltava o cotidiano, os sentimentos e as críticas em suas canções, se analisarmos, ele foi aos poucos deixando de se ver como o filho da revolução e o futuro da nação para simplesmente perguntar: “será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?” Foi nessa mesma canção que ele me contou o que importa na vida quando chega a maturidade: “A gente quer é um lugar p’ra gente. A gente quer é de papel passado, com festa, bolo e brigadeiro. A gente quer um canto sossegado, a gente quer um canto de sossego”. E, assim, Renato Russo continua sendo a trilha sonora da minha vida, mesmo depois de quinze anos.

Quanto a carreira, a verdade é que Renato não gostava de fazer shows. Não tolerava a violência dos seguranças que agrediam os fãs. Ele também costumava dizer que, durante uma apresentação ao vivo, se sentia como estivesse fazendo amor com 10, 20, 30 mil pessoas ao mesmo tempo. E, depois, caía em depressão quando ia dormir sozinho em casa ou em um quarto de hotel. Ele sempre mencionou a questão da solidão, ele dizia "a solidão é o mal do século, cada um com sua arrogância, esperando por um pouco de afeição".


Essa banda conquistou o mundo, a Legião somou pouco mais de 12 anos de carreira. E deixou um legado imenso. Dá pena ver qualquer banda hoje em dia lançando DVDs comemorativos de 10, 15, 20 anos de carreira sem ter o que dizer. Aliás, nada a dizer...
Às vezes eu me pergunto o que Renato Russo estaria fazendo hoje se vivo fosse. Segundo o próprio, a partir dos 40 anos, faria cinema. Depois dos 60, seria escritor. Não deu tempo do cinema, nem de deixar um livro, mas deixou um legado incrivel, canções eternas e a TRILHA SONORA DA VIDA DE MILHARES DE PESSOAS!

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