segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Roriz entra em campo para salvar a filha



Roriz entra em campo para salvar a filhaFoto: Renato Araujo e Antonio Cruz/ABr

EX-GOVERNADOR TELEFONOU, PESSOALMENTE, PARA PRESIDENTES DE PARTIDOS DURANTE O FIM DE SEMANA E ARTICULA UM RESULTADO FAVORÁVEL NO JULGAMENTO DA FILHA, A DEPUTADA FEDERAL JAQUELINE RORIZ (PMN), PREVISTO PARA AMANHÃ

29 do 08 de 2011 às 17:39
Priscila Mesquita_Brasília247 – Diferente do que faz na maioria dos fins de semana, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) ficou em Brasília no sábado e no domingo. Aliás, ninguém da família foi para a fazenda do clã, em Luziânia (GO). Ficaram todos reunidos na residência do Park Way, trabalhando pela absolvição de Jaqueline Roriz. A deputada federal será submetida ao julgamento de seus pares amanhã, no plenário da Câmara dos Deputados. A participação de Roriz foi incisiva: ele ligou para os presidentes de partidos para argumentar em favor da filha.
À medida que falava com os políticos, o ex-governador contabilizava, com a ajuda dos assessores, os votos favoráveis. O principal argumento, a cada ligação, era o de que Jaqueline não era parlamentar à época em que foi buscar dinheiro na sala de Durval Barbosa, delator do Mensalão do DEM. Caso o placar seja pela cassação, a jurisprudência aberta, dizia Roriz, será perigosa para todos os deputados.
O ex-governador adotou a tática de ligar para os presidentes dos partidos por uma questão prática. Falar com 513 deputados seria impossível. Falar com os líderes dos partidos na Casa era uma opção, mas ele avaliou que uma decisão de partido terá mais peso e força do que uma decisão de bancada. O retorno dos interlocutores foi, em sua maioria, positivo, de declaração de apoio. Por isso, ao fim da maratona, veio o otimismo. Pelas contas feitas no Park Way, Jaqueline será salva da cassação.
Há, obviamente, fatores a ser considerados na contabilidade que podem mudar o quadro e trazer surpresas. A influência de Tadeu Filippelli – vice-governador e ex-aliado da família – na bancada do PMDB é uma delas. Presidente da legenda no DF, ele tem poder de articulação junto aos parlamentares, também por ter sido deputado federal durante muitos anos.
Os que acreditam na cassação avaliam que o peso das imagens será decisivo contra Jaqueline. Afinal, a Caixa de Pandora abalou o cenário político de uma forma definitiva para os que tiveram os vídeos divulgados. Na Câmara Legislativa, Leonardo Prudente e Júnior Brunelli renunciaram ao mandato. Eurides Brito foi cassada. Os outros cinco citados no Inquérito 650 – Aylton Gomes (PR), Benício Tavares (PMDB), Benedito Domingos (PP), Rôney Nemer (PMDB) e Rogério Ulysses (PSB) – não foram julgados pelos colegas e os quatro primeiros até foram reeleitos. Rogério Ulysses foi expulso do partido e não pôde concorrer em 2010.

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