A situação nacional do maior partido da direita brasileira, o PSDB, fica ainda mais complicada diante do lançamento de A Privataria Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior. Disponível nas livrarias desde a noite passada, a obra reúne, em 343 páginas, todo o processo de privatização realizado ao longo do governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90, que dilapidou patrimônios públicos como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. O livro revela, ainda, documentos inéditos sobre a transferência de bilhões de reais para esquemas de lavagem de dinheiro e pagamentos de propina aos altos escalões da República. O ex-governador de São Paulo, José Serra, que também é do PSDB, assim como o então presidente Fernando Henrique Cardoso são citados como cúmplices no ciclo de corrupção.
A presidente Dilma Rousseff (PT) negou nesta segunda-feira que vá eliminar ou aglutinar a Secretaria de Políticas para as Mulheres a outro ministério.
“Muitas vezes vocês veem nos jornais ser anunciado que a Secretaria de Política para as Mulheres iria desaparecer ou se unir a outro. Não há a menor veracidade”, disse a presidente. “E não há a menor verdade porque, como eu disse, nós vamos continuar avançando e não vamos avançar sozinhas. Nós vamos avançar com essa secretaria que defende os direitos da mulher e da igualdade de gênero”, acrescentou Dilma.
Essa é a primeira vez que a presidente se pronuncia sobre a reforma ministerial. O tema é tratado com absoluta discrição e a presidente “proibiu” os ministros de falarem a respeito. A fala da presidente foi direcionada a uma plateia feminina reunida para a abertura da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Para o evento, são esperadas 3 mil pessoas, dentre elas a ex-presidente chilena e atual diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet. Dilma assegurou que o ministério é “fundamental” para o seu governo.
Em seu discurso, a presidente também citou medidas adotadas por seu governo no atendimento à mulher, como planos para a prevenção do câncer de mama e de útero e a instalação de uma ampla rede de creches públicas em nível nacional. Dilma também pediu às mulheres que participem ativamente na luta política, a fim de alcançar as cotas de participação que lhes correspondem como representantes de “mais da metade da população brasileira”.
Com uma maior presença na vida política, a presidente frisou que as brasileiras “farão uma verdadeira revolução pacífica para a construção de uma sociedade de iguais, na qual cada uma possa sonhar e realizar seus sonhos, inclusive o de ser um dia presidente da República.”
Com informações da EFE