domingo, 15 de julho de 2012

Policarpo Júnior da Veja cada vez mais enrolado


Polícia abre inquérito sobre o caso Naoum

Polícia abre inquérito sobre o caso NaoumFoto: Montagem/247

REVELAÇÃO ESTÁ NA CARTA CAPITAL DESTE FIM DE SEMANA; INVESTIGAÇÃO VAI APURAR COMO SE DEU O ROUBO, NO HOTEL NAOUM, DE IMAGENS QUE ESTAMPARAM CAPA DA REVISTA VEJA, EM AGOSTO DO ANO PASSADO, SOBRE A INFLUÊNCIA DE JOSÉ DIRCEU NO GOVERNO FEDERAL; CACHOEIRA TRATA POLICARPO JÚNIOR COMO “CANETA”

247 – Um novo inquérito, aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal na quarta-feira 11, deverá lançar luzes sobre a parceria editorial entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. A investigação visa apurar como se deu o roubo de imagens das câmeras internas do Hotel Naoum, em Brasília, que estamparam a reportagem “O Poderoso Chefão”, sobre a influência de José Dirceu no governo federal, publicada em agosto do ano passado.
A reportagem, que revelava apenas que Dirceu mantinha contatos com quadros do PT, como José Sergio Gabrielli e Fernando Pimentel, se transformou em escândalo menos pelo seu conteúdo – e mais pela forma de atuação de Veja. O repórter Gustavo Ribeiro, da revista, tentou invadir o quarto do ex-ministro da Casa Civil, mas foi impedido pela camareira do hotel. Dirceu pediu uma investigação sobre invasão de domicílio, mas ela foi arquivada diante do fato de que Ribeiro não teve êxito em sua tentativa.
Agora, um novo grampo da Operação Monte Carlo, obtido por Carta Capital, mostra uma conversa entre o araponga Jairo Martins, fonte habitual de Policarpo Júnior, e o bicheiro Carlos Cachoeira. Na conversa, ambos tratam da obtenção das imagens do circuito interno do Hotel Naoum. Jairo vinha tratando disso com funcionários do hotel, mas Cachoeira pedia que o crédito fosse dado a ele. “É, mas pro caneta você tem que falar que fui eu, viu?” Caneta era o apelido de Policarpo Júnior.
Em outras conversas captadas pela PF, já havia ficado claro que Cachoeira esteve por trás da denúncia. Com Demóstenes Torres, ele falou sobre o assunto dias antes, como se a capa de Veja fosse capaz de incendiar a República. No fim, acabou sendo um tiro no pé, que agora poderá ser esclarecido pela Polícia do Distrito Federal.

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