domingo, 15 de julho de 2012

NOTA DA ARTICULAÇÃO UNIDADE NA LUTA




Nota de esclarecimento à militância
do Partido dos Trabalhadores
E
stá em curso um processo de dissidência na Articulação - Unidade na Luta do PT-DF. Um grupo de dirigentes petistas está organizando o abandono da nossa corrente. A notícia da saída do grupo foi expressa em um documento intitulado “Militância Viva”, divulgado na última sexta-feira.
A corrente Articulação – Unidade na Luta do DF não reconhece sua integração orgânica a este novo campo e entende que integrantes da tendência que irão formá-lo o farão na condição de dissidentes.
Assim, a Articulação – Unidade na Luta reafirma a força e os princípios que sempre nortearam a trajetória da nossa corrente na busca da unidade e na formulação e implantação das vitoriosas estratégias políticas do partido desde sua fundação no DF e no país.
Estranhamente, a intenção e as razões do grupo dissidente não foram oficial e publicamente apresentadas à militância da histórica da Articulação. O manifesto “Militância Viva” apenas relata que o objetivo do bloco é “reduzir a grande fragmentação de tendências presentes hoje no partido em Brasília”, além da defesa do projeto petista no GDF, “com o fortalecimento da liderança pessoal e política do governador Agnelo”.
Entendemos que ao abandonar a nossa corrente, esses companheiros estão, ao contrário, aumentando a divisão e, o que é mais grave, abdicando da nossa história de luta e de protagonismo na formulação e implementação de estratégias. Em vez de oxigenar a corrente Articulação - Unidade na Luta e o PT, fazendo a autocrítica, reconhecendo limitações no atual quadro político e propondo o debate para a correção de rumos, esse grupo escolheu o caminho aparentemente mais fácil, mas com uma série de equívocos e conseqüências que contrariam os supostos objetivos do bloco dissidente.
O PT enfrenta um antigo dilema em um contexto atual, aqui no DF: não pode ignorar a responsabilidade que tem com o governo que elegeu, porém não deve abrir mão da defesa dos interesses populares. Este não é, entretanto, um problema decorrente apenas da falta de unidade do PT-DF em relação aos governos Dilma e Agnelo, pois reflete a própria falta de formulação interna de diretrizes partidárias sobre apoio, composição e modo de participação nos governos liderados pelo Partido. Convém lembrar sobre a forma desorganizada como o PT participou da eleição para o GDF, da transição, da formação de governo e da discussão de prioridades.
Impossível deixar de registrar que este novo grupo não apresenta diretrizes do PT no que diz respeito às relações dos governos com os movimentos sociais. Aliás, muitos de seus integrantes participaram diretamente do desastre que se revelou as tratativas com a recente greve dos professores e outras campanhas de servidores públicos do GDF.
Diante dessas constatações, reafirmamos que continuamos na Articulação-Unidade na Luta. Somos os protagonistas, fundadores e herdeiros de rica e vitoriosa história dessa corrente, que se confunde com os sucessos do PT e com as estratégias da esquerda brasileira. Por isso, temos a responsabilidade de trabalhar para o crescimento e fortalecimento da corrente.
O nosso Partido precisa se reinventar, apresentando uma perspectiva interna, resgatando e revalorizando as instâncias partidárias. Precisamos desenvolver um processo para alimentar a renovação partidária, garantindo a continuidade e fortalecimento do partido que nasceu dos movimentos populares para continuar sendo o canal de mobilização, organização e expressão política dos trabalhadores.
Neste momento em que um conjunto de militantes abandona a tendência para formar um novo bloco, é criado um ponto de inflexão, que também deve conduzir a nossa corrente para um profundo debate com o intuito de aprimorar sua política e estabelecer novas diretrizes. É preciso que se resgate a discussão e formulação coletiva de diretrizes e projetos. É crucial que as instâncias partidárias sejam valorizadas nesse processo, prevalecendo sobre os projetos individuais, que agora se tornam mais evidentes.
A participação do PT nas discussões de governo não pode ocorrer apenas por intermédio dos deputados eleitos ou dirigentes partidários inseridos na administração.
A pujança do PT está na sua militância. Por isso, o PT precisa discutir com sua militância, criar canais para esse debate e expressar a posição e a vontade das bases do partido. Foi essa militância que impediu golpes contra Lula e que defendeu o governo do PT representado por Agnelo contra os ataques perpetrados pelas elites do País. E será essa militância que irá assegurar que o julgamento do suposto mensalão no STF não se torne um julgamento político feito por um tribunal de exceção.
Temos que ser capazes de envolver nos debates políticos os milhões de jovens e desempregados - da geração do neoliberalismo, individualista e despolitizada - que ingressaram no mercado de trabalho desde o início do governo Lula. Temos a obrigação de dar continuidade ao processo de organização partidária na cidade com maior concentração de militantes de esquerda por metro quadrado do mundo, a única que deu vitória ao Lula no primeiro turno em 89 e nos dois turnos em 94.
Nesse sentido, vamos realizar uma Plenária para dar voz à militância, chamar os dirigentes e os militantes da Articulação Sindical para se integrarem efetivamente à corrente Articulação Unidade na Luta, conclamar os grupos organizados nos Setoriais, Núcleos de Base e demais instâncias a se dedicarem à organização partidária e chamar os simpatizantes e ativistas dos movimentos sociais a participarem do PT. Só assim, com participação ampla, como comprovadamente sempre aconteceu, vamos fortalecer o PT e defender seus objetivos, colocando os interesses coletivos e da sociedade acima dos individuais e de grupos específicos, na construção de uma sociedade justa e solidária.

Plenária da Articulação Unidade na Luta
Dia 17 de julho, às 19h00, no Teatro dos Bancários

Assinam esta nota:
deputada federal Érika Kokay; deputado distrital Chico Vigilante; Jervalino (presidente do Sindicato dos Vigilantes), Jacy Afonso (dirigente nacional da CUT), Rodrigo Britto (presidente da CUT-DF); Jacques Penna (ex-presidente do Sindicato dos Bancários  e presidente do BRB); João Osório (presidente do Sindicato dos Rodoviários); José Luis (presidente do PT Plano Piloto); Jeová Rodrigues (presidente do PT Ceilândia - 12ª); Francisco Hollanda (presidente do PT Guará); Florismar Vilarindo (presidente do PT Santa Maria); Eduaro Araújo (presidente do Sindicato dos Bancários); Roberto Miguel (dirigente da CUT-DF); Paulo Quadros (Sindicato dos Vigilantes); Reuza (dirigente do PT-DF); Geralda Gontijo (administradora do Riacho Fundo);  Alair José (Bancário); João França (Sindser); Reinaldo Felipe (Sindsep); Antônia Ferreira (Sindprev); Tereza Cristina (Sindsep); Lucicleide (Sindesvs); Val (Sindsep); Alice  (Sindsep) ; Chiquinho  (Sindsep); Samuel Cruz (Sindivalores); Beth Saldanha (PT Samambaia); José Wilson (ex-presidente do Sindicato dos Bancários); Pádua (PT-Guará); Fred Pina (PT Gama); Ailton (CUT); Deivison (PT-Gama); Douglas (CUT); pastora Aniclair Bavaresco; Juliano (Tesoureiro da CUT-DF); Alair Vargas (PT Taguatinga); Claudinei Pirelli (Ministério da Cultura); Assis (Sindsern); João Batista Machado (Fepec); Claudinei Pimentel da Rocha Lopes (Diretor do SINDPD-DF); Sindicato dos Vigilantes: Moisés Alves da Consolação; Antonio Firmino de Moraes; Elias Carreiro Pereira; Sebastiao Pinto de Abreu; José Maria de Oliveira; Domiciano Cândido de Jesus; Regivaldo Nascimento; Rogério Ferreira Nunes; Vicente Lourenço de Oliveira; Elenilde Maria Ilorca Lopes; João Vianney Rodrigues dos Santos; Santiago Nascimento Matos; Raimundo da Fonseca Costa; Alzaina Souza Castro; Roberto Miguel de Oliveira; Sebastiana de Oliveira Santana; Manoel Pereira Batista; Lázaro Gomes Souza; Joselito Ferreira de Lima; Francisco Rodrigues de Souza; Dimas Silva; Francisco das Chagas de Carvalho; Ismael Ribeiro Andrade; Melquisedequi Marques; Geraldo Agostinho Gonçalves, Maria Aparecida Vieira; Carlos Alberto Ferreira, João Jose da Costa; João Francisco da Cruz; Gilmar Ribeiro Vassalo; Amarildo Moreira da Silva; Elton John Gonçalves dos Santos; Arnaldo Barbosa de Lima; Gilvan Ferreira dos Santos; Manoel Antônio Nery; João Gualberto Freitas Luiz; Joseny José da Silva; Maria Conceição de Oliveira Marinho; Oriedi Brilhante de Arantes; João Batista de Holanda Cavalcante; Edmilson Rodrigues Silva; Carlos Alberto de Oliveira; Washington (Fetracom-DF); Natanael (Sindiapoio); Rodrigo (Bancários); Antonio de Sá (Siame); Mauro (Sindifub); Luciana (Sindicato Material Construção); Assis (Cartórios); Mario (Sindividro); Douglas (Sindecof); José Claudio (Sindelurbe); Raimundo (Sindgaragens); Nei e Sales (Sindbebidas); Vicente (Hoteleiros); Raimundo (Sindnações); Carlos Yassuo Sudo (PT Gama); Luis Roberto (Serpro); OBS.: Os demais companheiros assinarão o manifesto por ocasião da Plenária; Nilson Rodrigues (Cultura PT Taguatinga); Juventude: Iara Cordeiro (Direçao nacional da JPT); Yuri Gomes (UNE); Juliana Oliver (JPT-DF); Douglas Almeida (CUT-DF); Jáder (presidente DCE do IESB); Andre Araruna (presidente DCE da Uneb); Pedro Henrichs (Coord. Nac. JART) PT Plano Piloto: Alexandre Félix; Caridade; Paulo de Lion, Leopoldo; Fernando Muro;  Gustavo Chauvet;  Abadá (Núcleo de Base dos Eletricitários); Celene; Mirian Fochi; Teófilo; PT Brazlândia: Pedro Evangelista de Oliveira; Rui Barbosa da Silva; Márcia Abreu Lopes da Rocha; Ronaldo Abreu de Sá; Raimundo Alves dos Santos Silva; Jefferson Ferreira de Barros; Maria Cristina da Silva Evangelista; Ana Gláucia Sampaio de Araújo; Alicia Pereira Lima; PT Planaltina: Alaide Oliveira do Nascimento; Odivânia Miranda Sales; Kellen de Souza Pereira; Camila Paiva; Elvira de Souza; Selma Silva; José Soares.

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