segunda-feira, 30 de maio de 2011

Deputados vão visitar escolas técnicas do DF



                                                                         Foto:Geolando Gomes
A Câmara Legislativa realizou na manhã de quinta-feira (26) audiência pública para discutir a formulação de uma política de ensino técnico no Distrito Federal. O debate, proposto pelo líder do governo, deputado Wasny de Roure (PT), reuniu no auditório da Casa distritais, representantes do Executivo e do Sistema S, professores e estudantes. O próximo passo é a visita de deputados às escolas de ensino técnico.
"É importante ir até as escolas para conhecer suas principais dificuldades: a ausência de professores, as condições de infra-estrutura, como banheiros quebrados etc.", argumentou Wasny. A agenda de visitas deverá ser articulada pela Comissão de Educação e Saúde (CES) com a Secretaria de Educação.
O ensino técnico e a capacitação profissional são temas centrais para o desenvolvimento do Brasil e do DF. A questão, contudo, nem sempre foi tratada dessa forma. Ao traçar breve histórico das escolas técnicas e profissionalizantes no País, o presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Adelmir Santana, disse que o País passou quase 100 anos sem grandes investimentos no setor: "Ficamos praticamente paralisados". Ele destaca, no entanto, avanços conquistados durante o governo Lula.

                                                                        Foto:Geolando Gomes
Na opinião do secretário de Trabalho, Glauco Rojas Ivo, apesar dos avanços no âmbito federal, houve descaso com a questão no DF nos últimos oito anos. "Estamos numa encruzilhada histórica, temos à frente grandes eventos como a Copa do Mundo, e é preciso resolver agora o gargalo da capacitação", afirmou.
O deputado Prof. Israel Batista (PDT) também pediu respostas imediatas aos problemas. "Segundo o Ministério do Trabalho, vamos produzir 1,7 milhão de vagas de emprego este ano, mas não teremos trabalhadores qualificados para ocuparem todos esses postos", criticou.
"Precisamos expandir a oferta e mudar a lógica de entrada nos cursos: todos devem ter acesso, os mais velhos, os mais jovens e os mais desfavorecidos", concordou o diretor de Ensino Profissional da Secretaria de Educação, Antônio Alves de Siqueira Júnior. De acordo com ele, há 4 mil estudantes nas escolas de ensino técnico do DF.
Outro problema apontado pelo diretor foi a carga horária de alguns cursos: "Não queremos mais cursos de 20h e 30h que não formam, precisamos de formação efetiva".
Nesse sentido, o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (antigo Colégio Agrícola), Wilson Conciane, elogiou a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) pela presidente Dilma. "Ele vai ampliar a oferta por meio de parcerias com o Sistema S, e isso vai envolver formação dos professores, infra-estrutura adequada em laboratórios etc.", explicou.

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