quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Coordenadoria da Juventude da Secretaria de Governo faz balanço do mês da juventude



175 mil jovens pobres ou extremamente pobres que já são atendidos em programas sociais 

no DF poderão contar também com o apoio de políticas públicas específicas para eles.

O Mês da Juventude do DF, que ocorreu de 12 de agosto a 11 de setembro, contabilizou, segundo os organizadores, avanços em todas as frentes. Como resultado de um calendário que contou com shows, atividades culturais, debates transmitidos ao vivo, audiência pública na CLDF, o lançamento do “Perfil dos Jovens do DF”, pela CODEPLAN e ações organizadas em conjunto com entidades e organizações juvenis, a Coordenadoria de Juventude considera que o Mês cumpriu seu objetivo. “A ideia era fazer com que o tema dos direitos dos jovens voltasse a freqüentar a pauta das ações de Governo e estabelecer um novo processo de diálogo com as organizações. Agora temos um longo caminho pela frente, com a mobilização para criação do Conselho Distrital e a implantação dos Centros de Juventude. O Mês da Juventude ajudou a pavimentar esse caminho”, afirma o coordenador, Carlos Odas. 
Perfil dos Jovens do DF.

São jovens no DF (entre 15 e 29 anos) 734 mil cidadãos, segundo o Censo 2010; desses, 97 mil estão em famílias com renda média mensal de até R$ 70 por pessoa; e outros 78 mil, em famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 140 (dados do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal). Por não se tratar de dado estatístico, mas de informações de cadastro, pode-se dizer que essa população já é alcançada por alguma ação de política social, seja de transferência de renda, como o Programa Bolsa Família, ou outro tipo de benefício. Agora, além disso, segundo Walder Rodrigo, Coordenador Adjunto e também um dos organizadores do Mês da Juventude, “esse público será atendido por uma política social integrada e com foco na construção de autonomia social, econômica, cultural e intelectual de nossos jovens”.

Já Clébia Rosa, Diretora de Participação da Coordenadoria, enfatiza que “o novo desafio é criar conselhos de juventude nas cidades do DF, para não deixar morrer o espírito do Mês da Juventude”. Segundo ela, ainda em setembro será lançada a jornada de formação dos novos conselhos.

Política Distrital de Juventude

A Coordenadoria de Juventude da Secretaria de Governo foi criada com a missão de articular as ações governamentais em torno da temática e, além disso, propor novas ações para atendimento dos jovens. O plano de trabalho da Coordenadoria se estrutura sobre quatro linhas de ação; são elas: aumentar a participação social dos jovens por meio dos conselhos de juventude; integrar ofertas de serviços e atendimentos no nível dos territórios por meio dos Centros de Juventude; prestar assistência aos jovens carentes por meio de um novo programa que integrará assistência para permanecer na escola com programas de formação profissional e ação comunitária e; implantar ações de afirmação e promoção dos direitos dos jovens.

Encontra-se em fase final de elaboração o projeto dos Centros de Juventude, equipamentos públicos dedicados aos jovens, com integração de serviços como inclusão digital, convivência, qualificação profissional e ação comunitária. Já o Conselho de Juventude do Distrito Federal, CONJUVE-DF, será um espaço institucional de participação dos jovens e por meio do qual eles exercerão o controle social das políticas de juventude. A Coordenadoria também coordena esforços para a implantação de um programa integrado de atenção aos jovens do DF. Esse programa será uma política intersetorial de apoio aos jovens pobres e extremamente pobres para permanência no Ensino Médio, vinculando ainda essa permanência à oferta de qualificação profissional e de ação comunitária em sua localidade.

Em um contingente de mais de 700 mil pessoas que são jovens, não se pode falar em uma juventude, mas em juventudes, no plural, pela diversidade de identidades e condições de vida aí percebidas. E essas condições de vida são recortadas por um conceito chave para entender qualquer processo de emancipação do indivíduo: a oportunidade. Oportunidade de estudar, de formar-se para o trabalho, de fruir do tempo livre a cultura e o lazer, de fazer cultura, de locomover-se pela cidade, de acessar os espaços públicos sem barreiras ou constrangimentos impróprios; é esse o direito (à oportunidade) que deve ser garantido a todos os jovens. Segundo seus organizadores, o Mês da Juventude foi um passo importante nesse longo caminho.

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