terça-feira, 10 de abril de 2012

Líder do PT quer começar coleta de assinaturas para abertura de CPI sobre Carlos Cachoeira

O líder do PT no Senado, senador Walter Pinheiro (BA), anunciou que a bancada do partido vai começar na tarde desta terça-feira (10) a coleta de assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as relações de parlamentares, como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso na operação Monte Castelo da Polícia Federal. 
Walter Pinheiro informou ainda que está em negociação com a Câmara dos Deputados a possibilidade de ser instalada uma CPI mista com integrantes das duas casas legislativas.
– Preferimos uma CPI mista, mas não queremos atrapalhar o trabalho da Câmara, que já começou a recolher as assinaturas. No fim da tarde, devemos chegar a um entendimento sobre o assunto. Se não for possível uma comissão mista, teremos uma CPI no Senado e outra na Câmara – explicou o líder petista.
Objeto
O senador adiantou que o objeto da CPI a ser instalada não é o jogo ilegal, que já foi tema de outra comissão parlamentar de inquérito no próprio Senado.
– Hoje à tarde vamos fechar o texto do objeto central de apuração da CPI e vamos passar aos partidos para que cada um analise. PMDB, PTB, PR, PSB, PDT e outras legendas vão se reunir na tarde desta terça também. É certo que a CPI não deve ficar restrita ao senador Demóstenes Torres. Caso contrário, apenas o Conselho de Ética faria a apuração restrita ao senador – explicou.
Fonte: Senado Federal

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TV Record melou o mensalão- CPI tem que ouvir o Ernani

O programa Domingo Espetacular exibiu uma entrevista que este ansioso blogueiro fez com o ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula.

Ernani fez importantes revelações:

- Foi Carlinhos Cachoeira quem mandou filmar o ato de suborno nos Correios que deu origem à crise do “mensalão” (que, segundo Mino Carta, ainda está por provar-se);

- Que quem contou isso a Ernani foi o Carlinhos, que chegou a descrever o tipo de câmera usou na operação clandestina;

- Carlinhos mandou gravar para vingar Demóstenes, porque José Dirceu, chefe da Casa Civil do Governo Lula, impediu que Demóstenes assumisse o cargo de Secretário Nacional de Justiça, o que equivale a vice-Ministro da Justiça;

- Que, como Demóstenes, ele, Ernani, tinha um rádio Nextel para receber mensagens seguras;

- Que viu um repórter da Veja na empresa de genéricos de Cachoeira em Anápolis;

- Que o vídeo de Valdomiro Diniz com Cachoeira tinha o mesmo objetivo: incriminar Dirceu, chefe da Casa Civil.

- Cachoeira entregou o vídeo à Veja dois anos depois, quando Diniz trabalhava com Dirceu.



A reportagem do Domingo Espetacular, difundida em rede nacional de tevê aberta – a segunda rede de maior audiência do país – foi o ponto de partida de um post aqui neste ansioso blog já divulgado, em mais detalhes:

Documentos revelam que Honestino Guimarães foi espionado até a morte

Honestino acabou expulso da UnB em 1968, mesmo ano em que policiais civis o prenderam porque 'promove e orienta a ação subversiva' (Arquivo CB/D.A Press)

Se estivesse vivo, Honestino Guimarães teria completado 65 anos no dia último dia 28. Mas, em 10 de outubro de 1973, homens do Centro de Informação da Marinha encontraram o então estudante vivendo na clandestinidade, no Rio de Janeiro. Depois disso, não se sabe mais nada a respeito do ex-aluno da Universidade de Brasília (UnB). Virou um desaparecido político, dado oficialmente como morto em 1994, mesmo sem o corpo. Quase 40 anos depois, o Correio localizou documentos nos arquivos da ditadura que mostram como os órgãos de repressão seguiram os passos do líder estudantil no período em que morou no Distrito Federal. Em pouco tempo, os militares o transformaram no principal alvo.

Honestino cursou o antigo científico no Centro de Ensino Médio (Elefante Branco) e no Centro Integrado de Ensino Médio (Ciem), para onde se transferiu em 1964, ano do golpe militar. Nessa época, integrava a Ação Popular (AP), organização política clandestina. Em 1965, antes de completar 18 anos, ele foi aprovado em primeiro lugar no vestibular para geologia da UnB. Logo tornou-se uma das principais lideranças contra a ditadura. Em função disso, acabou preso várias vezes. A primeira, em 28 de janeiro de 1966, graças à ação dos espiões do Serviço Nacional de Informações (SNI). A detenção de Honestino e de três colegas é relatada em dossiê com o carimbo “Secreto”: “(…) Presos enquanto distribuíam manifestos subversivos de ataque à Ditadura”.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Nota à imprensa da Secretaria de Publicidade do GDF

Em relação à matéria “Algoz da corrupção, Patrício mira três amigos de Agnelo”, publicada em 4 de abril de 2012, pelo siteNotibras, a Secretaria de Estado de Publicidade Institucional do DF esclarece que:

Pela primeira vez no Governo do Distrito Federal os gastos com publicidade são de conhecimento público, divulgados trimestralmente no Diário Oficial do DF. A Secretaria de Estado de Publicidade Institucional do DF trabalha em total transparência, dentro da ética e dos princípios legais e, assim continuará, tornando público os gastos com publicações em veículos de comunicação.

O Secretário de Publicidade, Abimael Nunes de Carvalho, está disponível para quaisquer esclarecimentos da pasta e sempre que for chamado estará aberto ao diálogo com o intuito de informar e explicar à população o andamento dos trabalhos desenvolvidos pela secretaria.

 

 

Secretaria de Estado de Publicidade Institucional

Sedhab divulga lista dos 2 mil beneficiados no programa de habitação do GDF

A Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) convocarão os 2 mil primeiros inscritos na Relação de Inscrições Individuais do Novo Cadastro da Habitação para comprovação de dados e formalização de processo com vistas à habilitação e manifestação de interesse aos projetos em oferta do Programa Morar Bem, que tem por objetivo fornecer moradia com infraestrutura completa para as famílias com renda mensal de zero a R$ 7.464,00.
A partir da convocação, os classificados deverão comprovar que atendem aos critérios da política habitacional do DF, listados na Lei nº 3.877/2006, como residir aqui há pelo menos cinco anos e nunca ter possuído imóvel. Demais dados, como quantidade de filhos e existência de pessoas com deficiência na família, também serão averiguados. Além disso, na ocasião, os candidatos poderão optar por até três empreendimentos ou projetos, observada a compatibilidade do perfil socioeconômico, bem como o preço dos imóveis ofertados.
Foram lançados editais para construção de mais de 20 mil unidades habitacionais em Sobradinho, Gama, Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo II. “Criamos, em 2011, o Novo Cadastro da Habitação. E pela primeira vez com absoluta transparência com a divulgação da relação dos inscritos por ordem de classificação”, disse o secretário Geraldo Magela.
Ele informou, ainda, que a partir de agora os processos só serão abertos quando o candidato apresentar todos os documentos ao mesmo tempo. A medida visa evitar que processos fiquem parados por falta de documentação.
Para isso, com o objetivo de dar agilidade ao processo, os candidatos receberão uma carta para que compareçam ao Núcleo de Atendimento da Codhab, que fica no SCS, Quadra 6, Bloco A, das 9h às 16h, com todos os documentos em mãos.

Confira aqui a relação completa dos 2 mil convocados.

Grampo da PF indica que apartamento de Demóstenes foi usado pela 'máfia do jogo', diz jornal

Novos grampos da Polícia Federal indicam que os envolvidos no esquema de jogos do empresário Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, se reuniram no apartamento funcional do senador Demóstenes Torres, em Brasília. As informação são do jornal "O Estado de S.Paulo".

Os Blocos C e G, onde mora Demóstenes, são conjugados e possuem estacionamento comum.Nas gravações, feitas pela Operação Monte Carlos, que investiga a exploração de jogos ilegais, o sargento Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado como um dos operadores de Cachoeira, relata uma reunião de integrantes do esquema no prédio localizado no Bloco C, na Asa Sul, conhecido como "bloco dos senadores".

De acordo com a transcrição dos diálogos, em uma ligação do dia 21 de dezembro de 2010, Dadá diz a Lenine Araújo de Souza, administrador contábil do grupo segundo a PF, que está no local, na Quadra 309.
Além dos dois, estiveram na reunião o próprio Cachoeira, Cláudio Dias de Abreu, citado no inquérito da operação como sócio do empresário, e Wladimir Henrique, que seria seu braço direito para obter facilidades na polícia de Goiás.
Segundo o jornal, Demóstenes estava em Brasília no dia da reunião e discursou no Senado. O advogado do senador não comentou o conteúdo das gravações.
Durante as últimas duas semanas, quando foram levantadas as acusações de envolvimento do senador no esquema de jogos, Demóstenes admitiu sua "amizade" com Cachoeira, mas negou seu envolvimento em negócios turvos, apesar da direção do DEM ter considerado que ele violou o "compromisso ético" do partido e estava disposta a discutir sua expulsão.
Nesta terça-feira (3), Demóstenes deixou ao DEM, pouco depois do partido decidir abrir processo de expulsão contra ele por envolvimento com Cachoeria, preso pela PF em fevereiro.
Após sua renúncia ao DEM, ele manterá sua cadeira de senador, agora como independente, mas pode ser objeto de um processo com fins de cassação que já foi solicitado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
O pedido foi formulado perante o Conselho de Ética do Senado, que decidirá sobre o assunto depois do dia 10, quando sua equipe será renovada. 
Fonte: Uol

Chefe de gabinete do governador de GO pede exoneração

A chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pediu exoneração do cargo na noite dessa terça-feira, 3. Eliane Pinheiro teve o nome citado nas investigações da Polícia Federal sobre as atividades do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


Relatório elaborado pela PF revelou que Eliane teria recebido informações sigilosas do empresário e, a exemplo do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), teria um telefone para conversar com Cachoeira, preso em fevereiro acusado de chefiar esquema de jogos de azar. Ao jornal Folha de S.Paulo, a ex-chefe de gabinete negou envolvimento com Cachoeira e que se tratava de outra pessoa nos telefonemas gravados pela polícia.
Segundo a assessoria de imprensa do governo de Goiás, Eliane entregou o pedido de demissão na noite de terça, depois de o órgão ser procurado por veículos de comunicação para comentar o conteúdo das investigações.
Cachoeira. O envolvimento de Carlinhos Cachoeira com políticos foi denunciado pela Operação Monte Carlo, da PF. Gravações de conversas telefônicas feitas com autorização judicial, revelaram diálogos em que parlamentares tratavam de trocas de favores e forneciam informações sigilosas para o empresário. O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para apurar as denúncias.
Em razão da repercussão, o senador Demóstenes Torres pediu desligamento do DEM, nessa terça-feira, 3, e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), avalia instalar uma CPI para investigar o envolvimento dos deputados mencionados no relatório da PF. Há pedidos de processo contra  Sandes Junior (PP) e Carlos Alberto Leréia (PSDB), todos de Goiás. O deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) também admitiu ligações com Cachoeira, mas não há pedido de processo contra ele até o momento.
Fonte: Estadão

Programação completa da Bienal do Livro

14 de abril - SÁBADO
9h00
às
22h00

EXPOSIÇÕES:
• Zeróis - Ziraldo na Tela Grande
• A anatomia da escrita: Exposição de Kryographia

 / The book of wonderings, the book i am
_Local: Museu Nacional

• Noções de Coisas - Ziraldo ilustra Darcy Ribeiro
_Local: Espaço Bienal
9h00
• Abertura Oficial
 com entrega do Prêmio Brasília de
Literatura
e entrega simbólica do Cartão do Professor com a
 presença de autoridades distritais,
federais, comunidade diplomática e patrocinadores.
_Local: Espaço Bienal - Auditório Nelson Rodrigues
10h30
• Encontro com o autor
 – Alessandra Roscoe (DF)
_Local: Espaço Bienal – Arena Infantil Monteiro Lobato


• Intervenção litero-perfomática com Sombras
Literárias (UnB)
_Local: Espaço Bienal
13h30
• Lançamento da Série
 "Impressões do Brasil" -
TV Brasil
_Local: Espaço Bienal - Café Literário
14h00
• Seminário – Os Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Livro e Leitura: construções e desafios
Abertura do Seminário com Presidente da FBN,
Diretora da DLL e Presidente da Câmara do Livro do
 DF.
Mesa-redonda "A democratização da leitura e as
bibliotecas" com representantes dos Sistema
Nacional de Bibliotecas Públicas/FBN, Conselho
Federal de Biblioteconomia e Diretoria de Formulação
 de Conteúdos Educacionais
Realização: Plano Nacional do Livro e da Leitura
(PNLL), Ministério da Educação, Ministério
da Cultura e Fundação Biblioteca Nacional.
_Local: Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília

• Vídeo da Série "Impressões do Brasil" - Zuenir
Ventura
_Local: Espaço Bienal - Café Literário
14h30
• Palestra "1968/2012 – Os jovens buscam o 
protagonismo histórico" com Zuenir Ventura (RJ)
_Local: Espaço Bienal - Café Literário
15h00
• Palestra "As ligações do Rock com a Literatura"
e lançamento livro "O som da revolução"
com Rodrigo Merheb (DF)
_Local: Espaço Bienal – Auditório Jorge Amado

• Teatro Infantil "A pipa e a flor"
 com o Teatro do
Grande Urso Navegante (SP)
_Local: Espaço Bienal – Arena Infantil Monteiro
Lobato
16h00
• Opereta
"Ervas do Cerrado"
 com a Casa de Cultura Cavaleiro
 de Jorge (GO).
Com participação de Doroty Marques (GO) e Dércio
Marques (BA)
_Local: Espaço Bienal – Arena Jovem Cecília
Meireles
16h30
• Intervenção litero-perfomática
 com Sombras
Literárias (UnB)
_Local: Espaço Bienal
17h00
• Seminário – Os Planos Nacional, Estaduais e 

Municipais de Livro e Leitura: construções e 
desafios
Mesa-redonda "A mediação da leitura" com
representantes do PROLER/FBN, Programa Mais
 Educação- Agentes de Leitura/MEC e Programa
Arca das Letras/MDA
Realização: Plano Nacional do Livro e da Leitura
(PNLL), Ministério da Educação, Ministério
da Cultura e Fundação Biblioteca Nacional.
_Local: Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília

• Mostra "A Literatura Latino-americana no Cinema"
Filme Plata Quemada - Adaptação da obra de
Ricardo Piglia e Direção de Marcelo Piñeyro
(Drama / 2000 / Argentina,Uruguai, França e
Espanha / 125min)
_Local: Espaço Bienal - Auditório Jorge Amado
17h30
• Vídeo da Série "Impressões do Brasil"
 -
Affonso Romano de Sant'anna
_Local: Espaço Bienal - Café Literário
18h00
• Palestra "Formas de Ler o Mundo"
 com
Affonso Romano de Sant'anna (RJ)
_Local: Espaço Bienal - Café Literário

• Jornada Literária da América Hispânica
"Leitura e Diálogo com o Público" com Juan Gelman
(Argentina). Mediação: Eric Nepomuceno (RJ)
_Local: Espaço Bienal - Auditório Nelson Rodrigues
20h00
• Vídeo da Série - Cristovam Buarque

_Local: Espaço Bienal - Café Literário

• Viagem pela América Latina – recital de canto lírico
Realização: Universidade de Brasília (UnB)
_Local: Espaço Bienal - Auditório Nelson Rodrigues
20h30
• Ato solene
 em homenagem ao prêmio Nobel de
literatura Wole Soyinka (Nigéria)
_Local: Auditório do Museu Nacional

• Intervenção litero-perfomática com Sombras
Literárias (UnB)
_Local: Espaço Bienal
21h00
• Palestra com Wole Soyinka (Nigéria)
_Local: Auditório do Museu Nacional
15 de abril - DOMINGO
09h00
às
22h00

EXPOSIÇÕES:
• Zeróis - Ziraldo na Tela Grande
• A anatomia da escrita: Exposição de Kryographia / 

The book of wonderings, the book i am
_Local: Museu Nacional

• Noções de Coisas - Ziraldo ilustra Darcy Ribeiro
_Local: Espaço Bienal

Aprovação de Dilma sobe e alcança 77%, diz CNI/Ibope

A pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira (4), mostra que a presidente Dilma Rousseff obteve aprovação pessoal de 77% dos brasileiros no mês de março, ante a 72% obtidos em dezembro. Do total de entrevistados, 19% desaprovaram a presidente e 5% não responderam ou não sabiam. A soma dos percentuais ultrapassa 100% por motivo de arredondamento.
O percentual de aprovação é o mais alto desde que ela assumiu o cargo e superior aos alcançados pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva em igual período de seus governos. No início do segundo ano do primeiro mandato, Lula tinha 54% de aprovação pessoal e FHC, 60%.
O percentual de pessoas que afirmaram confiar em Dilma subiu de 68% para 72%, no mesmo período. Já a parcela da população que considera o governo ótimo ou bom manteve-se estável em 56%.
As áreas que foram pior avaliadas no governo Dilma foram: impostos (65% desaprovam), saúde (63%) e segurança pública (61%). Além disso, 60% dos entrevistados consideram o governo Dilma igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o levantamento, os assuntos mais lembrados espontaneamente pelos entrevistados foram os "programas sociais voltados para mulheres" e as "viagens da presidente Dilma". A pesquisa apontou ainda que as ações e políticas para o meio ambiente apresentaram maior crescimento na aprovação em relação a dezembro: de 48% para 53%.
Segundo o gerente executivo de Políticas Econômicas da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flavio Castelo Branco, a sensação de firmeza e de maior controle na troca de ministros que apresentaram envolvimento em suspeitas de corrupção foram alguns dos fatores que explicam o aumento na aprovação pessoal de Dilma.  
“Os fatos relacionados à sua postura, em relação à substituição de ministros e a movimentação na base aliada mostraram uma firmeza em relação à figura da presidente, que se transmitiu de forma positiva [nos índices de aprovação], embora não tenha afetado a avaliação [geral de seu governo]”, afirmou Branco.
O novo levantamento, que é trimestral, foi feito na última semana de março em 142 municípios. A pesquisa é feita pelo Ibope por encomenda pela CNI e foi divulga um dia após o governo divulgar um pacote de estímulo para a indústria nacional. Ao todo, foram ouvidas 2.002 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança, de 95%. (Com Agência Brasil)

Administrador de Samambaia quer solução definitiva para o esgoto doméstico do Setor Residencial Oeste


 

Neste início de abril o administrador de Samambaia, Risomar Carvalho, acompanhado da presidente do PMDB regional, Delzuita Farias, esteve com o presidente da CAESB, Célio Biavati Filho, para cobrar agilidade na implantação do sistema de esgoto doméstico no Setor Residencial Oeste, Expansão de Samambaia. O investimento foi anunciado pelo governador Agnelo Queiroz, em 04/02/2012, por ocasião da troca de geladeiras nessa comunidade.

Moram ali aproximadamente 10 mil pessoas que ainda utilizam sistema de fossas sépticas em suas residências, devido à dificuldade e alto custo para implantação do sistema adequado no local. Essa parte da cidade está num nível do terreno abaixo da Estação de Tratamento Melchior, o que requer a instalação de uma elevatória com bombeamento dos rejeitos líquidos à estação de tratamento.

“A obra já foi licitada duas vezes, mas não houve empresas interessadas na execução pelo valor oferecido. A CAESB refez o orçamento e abrirá nova licitação ainda em abril. Caso de novo não haja interessados na execução, o governador Agnelo ordenará à Novacap que execute como obra direta do GDF, dispensando licitação”, informa Risomar Carvalho.


No dia 19/03/2012 a CAESB solicitou à Secretaria de Obras R$ 2.837.908,04 para esse investimento. Licitada e contratada, a obra deverá ser executada em um ano.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Demóstenes deixa seu apartamento escondido dentro de um carro


O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) acaba de sair do seu apartamento escondido dentro do seu carro aparentemente em direção à casa no Lago Sul do senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM.

O deputado Ronaldo Caiado, que estava reunido com Demóstenes, saiu antes, mas se recusou a falar com jornalistas.

Agripino e ACM Neto, líder do DEM na Câmara dos Deputados, aguardam Caiado e Demóstenes.
Na semana passada, a direção do DEM deu um prazo que se esgota amanhã para que Demóstenes se defenda das acusações que o ligam ao ex-bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Fonte: Blog do Noblat

O estranho sumiço da revista Carta Capital

“A fotocópia da matéria custa cinco reais, quer que eu reserve? Não tenho mais como tirar outra, porque a tinta da máquina acabou”, oferece, por telefone, a vendedora de uma revistaria de Goiânia. CartaCapital ligava para saber se o estabelecimento ainda tinha em estoque a edição 691, que traz em sua capa reportagem sobre os laços dos negócios ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres e o governador de Goiás, Marconi Perillo, identificados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

A revista, que teve acesso exclusivo ao relatório da operação da PF, recebe desde a manhã deste domingo 1 inúmeras mensagens em seu portal e contas nas redes sociais Twitter Facebook a alertar sobre a estranha dificuldade em encontrar a edição nas bancas da capital goiana.
Com medo de quê?
A reportagem de capa, assinada pelo jornalista Leandro Fortes, aborda documentos, gravações e perícias da Operação Monte Carlo que indicam uma sinergia total entre o esquema do bicheiro, Demóstenes e o governador de Goiás, Marconi Perillo.
Uma gravação telefônica de 5 de janeiro de 2011 entre Cachoeira e seu principal auxiliar, Lenine Araújo de Souza, vulgo Baixinho, captada por agentes federais, mostra a interferência do bicheiro no governo de Perillo.

De Miami, o empresário recebe a notícia de que um de seus indicados para o governo de Goiás, identificado apenas por Caolho, foi preterido sem maiores explicações, aparentemente sem o conhecimento do governador. “Marconi, hora que souber disso (sic) vai ficar puto”, reclama o bicheiro, no telefonema a Souza. E acrescenta, a seguir: “Já mandei avisar ele (sic)”.

A reportagem também informa que Demóstenes recebeu ordem de Souza para falar diretamente com o governador – que nega envolvimento no caso – sobre o assunto.
Esta, no entanto, não foi a única interferência do bicheiro no governo de Perillo, segundo a PF. Há registro de conversas em que Cachoeira se mostra incomodado com a atuação de um coronel em Anápolis, que poderia atrapalhar os seus negócios.
Na semana passada, CartaCapital revelou que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais (Leia mais AQUI).
Pelo Twitter, diversos usuários relataram que a edição da revista teria sido comprada em grandes lotes por indivíduos em carros sem placas, supostamente ligados ao bicheiro e a pessoas próximas dos envolvidos nas denúncias ao governador de Goiás, para evitar que a população tivesse conhecimento do caso.

Segundo relatos nas redes sociais, a edição teria sido comprada, em grande parte, logo após a abertura das bancas.
A reportagem de CartaCapital entrou em contato neste domingo, por telefone, com cerca de 30 bancas de jornal, livrarias e revistarias da capital goiana, entre as milhares que existem na cidade.

Apenas seis atenderam à ligação e confirmaram que a revista estava esgotada. Informaram também não ter vendido grande número de revistas a poucos indivíduos ou a alguém com um carro a “recolher” a publicação das bancas.
Devido a dificuldade em averiguar pessoalmente o caso neste domingo, não é possível confirmar se o mesmo ocorreu em outras bancas ou partes da cidade, ou se os próprios contatados foram instruídos a negar a venda em lotes.
Mas os relatos deste tipo de venda são inúmeros, entre eles o do deputado federal Luiz E. Greenhalgh, via Twitter. “São muitas as pessoas que testemunharam o sequestro da CartaCapital em Goiânia. Amigos me telefonaram. Fato inadmissível nos dias de hoje”, disse. (Veja imagem de alguns tweets abaixo).

Em comentários no site da revista, os internautas afirmam não haver mais revistas em diversas partes da cidade e questionam o sorrateiro desaparecimento das edições. “Antes das bancas de revista abrirem, a revista CartaCapital já estava sendo recolhida pelos jagunços do chefe da quadrilha”, relata o leitor que identifica como Sílvio.

Outro internauta, Flávio Câmara especula sobre a possibilidade de a revista estar esgotada pela ação ‘’de políticos” a agir “estrategicamente” e encobrir “o caso envolvendo Carlinhos Cachoeira e os políticos goianos”.

A leitora Sônia relata ter tentado comprar a revista pela manhã e não a encontrou. “Em uma delas, o rapaz disse que um homem passou e comprou todos os exemplares. Se isso não é manipulação política, qual será o nome disso?”, questiona.
A reportagem de CartaCapital continua a averiguar a situação, a fim de confirmar ou não as denúncias dos internautas.

Exclusivo

23.03.2012 18:04

Os 30% de Demóstenes

Por Leandro Fortes*
A Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos.
Segundo relatório da Polícia Federal, 30% é o percentual que o senador do DEM recebia do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Foto:Renato Araújo/ABr

Na época, o império do bicheiro incluía 8 mil máquinas ilegais de caça-níqueis e 1,5 mil pontos de bingos. Como somente no mês passado a jogatina foi desbaratada, na Operação Monte Carlo, as contas apresentadas pela PF demonstram que a parte do parlamentar deve ter ficado em torno de 50 milhões de reais. O dinheiro, segundo a PF, estava sendo direcionado para a futura candidatura de Demóstenes ao governo de Goiás, via caixa dois.

A informação, obtida por CartaCapital, consta de um Relatório Sigiloso de Análise da Operação Monte Carlo, sob os cuidados do Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF em Brasília. Dessa forma, sabe-se agora que Demóstenes Torres, ex-procurador, ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, mantinha uma relação direta com o bando de Cachoeira, ao mesmo tempo em que ocupava a tribuna do Senado Federal para vociferar contra a corrupção e o crime organizado no País.

O senador conseguiu manter a investigação tanto tempo em segredo por conta de um expediente tipicamente mafioso: ao invés de se defender, comprou o delegado da PF.
Deuselino Valadares foi um dos 35 presos pela Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro. Nas intercepções telefônicas feitas pela PF, com autorização da Justiça, ele é chamado de “Neguinho” pelo bicheiro. Por estar lotado na DRCOR, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado de Goiás. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha logo depois de descobrir os esquemas de Cachoeira, Demóstenes e mais três políticos goianos também citados por ele, na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).

Escutas da Operação Monte Carlo mostram que o bicheiro citou mais três políticos goianos: Rubens Otoni (PT) (à esquerda), Carlos Alberto Leréia (PSDB) (centro) e Jovair Arantes (PTB)

Ao longo da investigação, a PF descobriu que, nos últimos cinco anos, o delegado passava informações sigilosas para o bando e enriquecia a olhos vistos. Tornou-se dono de uma empresa, a Ideal Segurança Ltda, registrada em nome da mulher, Luanna Bastos Pires Valadares. A firma foi montada em sociedade com Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro. Também comprou fazendas em Tocantins, o que acabou por levantar suspeitas e resultar no afastamento dele da PF, em 2011.

O primeiro relatório do delegado Deuselino Valadares data de 7 de abril de 2006, encaminhado à Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da PF em Goiânia. Valadares investigava o escândalo da Avestruz Master, uma empresa que fraudou milhares de investidores em Goiás, quando conheceu o advogado Ruy Cruvinel. Cruvinel chamou Valadares para formar uma parceria a fim de criar “uma organização paralela” à de Carlinhos Cachoeira. O suborno, segundo o delegado, seria uma quantia inicial de 200 mil reais. Ele, ao que parece, não aceitou e decidiu denunciar o crime.

Em 26 de abril de 2006, o relatório circunstanciado parcial 001/06, assinado por Deuselino Valadares, revelou uma ação da PF para estourar o cassino de Ruy Cruvinel, no Setor Oeste de Goiânia. Preso, Cruvinel confessou que, dos 200 mil reais semanais auferidos pelo esquema (Goiás e entorno de Brasília), 50%, ou seja, 100 mil reais, iam diretamente para os cofres de Carlinhos Cachoeira.

Outros 30% eram destinados ao senador Demóstenes Torres, cuja responsabilidade era a de remunerar também o então superintende de Loterias da Agência Goiânia de Administração (Aganp), Marcelo Siqueira. Ex-procurador, Siqueira foi indicação de Demóstenes e do deputado Leréia para o cargo. Curiosamente, ao assumir a função, um ano antes, ele havia anunciado que iria “jogar duro” contra o jogo ilegal em Goiás.
Réplica do infográfico montado pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos

Em 31 de maio de 2006, de acordo com os documentos da Operação Monte Carlo, Deuselino Valadares fez o relatório derradeiro sobre o esquema, de forma bem detalhada, aí incluído um infográfico do “propinoduto” onde o bicheiro é colocado no centro de uma série de ramificações criminosas, ao lado do senador do DEM e do ex-procurador Marcelo Siqueira. Em seguida, misteriosamente, o delegado parou de investigar o caso.

“Verificado todo o arquivo físico do NIP/SR/DPF/GO não foi localizado nenhum relatório, informação ou documentos de lavra do DPF DEUSELINO dando conta de eventual continuidade de seus contatos com pessoas ligadas à exploração de jogos de azar no Estado de Goiás”, registrou o delegado Raul Alexandre Marques de Souza, em 13 de outubro de 2011, quando as investigações da Monte Carlo estavam em andamento.

A participação do senador Demóstenes Torres só foi novamente levantada pela PF em 2008, quando uma operação também voltada à repressão de jogo ilegal, batizada de “Las Vegas”, o flagrou em grampos telefônicos em tratativas com Carlinhos Cachoeira. Novamente, o parlamentar conseguiu se safar graças a uma estranha posição da Procuradoria Geral da República, que recebeu o inquérito da PF, em 2009, mas jamais deu andamento ao caso.