sábado, 23 de julho de 2011

Risomar Carvalho promove mais uma Ação Comunitária

A primeira Ação Comunitária Samambaia/DF foi realizada pela Administração Regional e 11ºBPM no dia 06/02/2011, na Praça da QR 207. Com essa, ocorrida em 23/07/2011, na Escola Classe 831, são cinco. Em cada uma, centenas de atendimentos às necessidades sociais de saúde, beleza, educação, lazer, segurança, justiça, infraestrutura urbana... Mas, especialmente, muito diálogo da comunidade com agentes dos órgãos públicos atuantes na cidade.
Para o administrador Risomar Carvalho, “é prazeroso realizar essa ação. Os órgãos aderem satisfeitos. Temos aqui representantes das Regionais de Ensino e Saúde, OAB Samambaia, Comissão dos Direitos Humanos, Conselhos, Justiça Comunitária, Polícias, Empresas e Organizações da própria comunidade, numa integração valiosa”.

“A Ação Comunitária Samambaia foi idealizada a partir de operações repressivas da Polícia Militar no combates ao tráfico e uso de drogas em Samambaia. Precisamos atuar mais de modo preventivo, intensificando o diálogo com a sociedade a fim de promover a paz”, explica o Tenente Coronel Lima Filho, comandante do 11º BPM/DF. A 6ª Ação Comunitária Samambaia ocorre no final de agosto próximo, na quadra 510.

O imortal Chico Buarque

Arthur Nestrovski - O Estado de S.Paulo
Não tenha pressa. A arte é longa e a vida é breve, essas canções vão durar pra sempre e nosso tempo é curto (como diz o narrador-personagem da faixa 3), mas por isso mesmo não pode haver meia hora melhor gasta do que essa, ouvindo cada história, cada pequeno romance, cada poema cantado, com a devida atenção.
Marcos de Paula/AE
Marcos de Paula/AE
Ouvir com atenção, por sinal, é o que as canções mais pedem; e era disso mesmo que falava Chico numa notória entrevista de 2004, sobre "o fim da canção". Na sequência, em 2006, o próprio Chico lançou o CD Carioca, que já bastaria para reforçar a aposta na canção como forma de arte brasileira.
Cinco anos e um romance (Leite Derramado) depois, Chico chega ao Chico; e dizer que ele chega a si não seria nada justo, depois de o Chico ser o Chico há tanto tempo. Mas o depuramento e ao mesmo tempo o virtuosismo, o controle e o puro prazer de escrever letra e música, e de cantar canções, chega aqui a um ponto que faz por merecer a simplicidade definitiva do próprio nome - um dos nomes mais comuns no Brasil, mas que há muito tempo, dito assim, solto, todo mundo sabe que só pode ser o Chico Buarque.
Ninguém como ele mesmo percebe melhor a diferença entre esse Chico público, um espírito da música e da poesia que hoje virou patrimônio coletivo, e o homem íntimo, que se confronta com o papel em branco a cada vez que vai escrever uma letra. O tema da duplicidade, somado à comédia ou farsa da celebrização, já era o grande assunto do romance Budapeste; e ganha agora outra versão em Rubato, parceria com o baixista Jorge Helder.
Rubato (italiano para roubado) é um termo técnico, uma indicação para tocar fora do pulso metronômico exato. A ironia já começa aí, porque nessa canção a melodia de mil ângulos imita ritmos imprevisíveis da fala, e só quem estiver bem a tempo será capaz de não perder o rumo expressivo do canto. Que o poeta também tenha sido capaz de achar uma sílaba precisa para cada nota constitui outra façanha. Mas a maior ironia se vai ver mesmo na letra.
Na primeira estrofe, o poeta diz à sua Aurora para vir depressa ouvir, antes que "um outro compositor... roube e toque e troque as notas no songbook", estragando tudo e expondo o seu amor na televisão. Isso só para na segunda estrofe o mesmo apelo para ouvir "nossa música" já vir da parte de quem está "roubando de outro compositor". A essa altura, Aurora virou Amora, que vai virar Teodora na terceira estrofe, composta, quem sabe, por um segundo ladrão, que terá seus cem anos de perdão, à medida em que as canções forem se transformando umas nas outras, como afinal se transformam todas as canções.
No extremo oposto do CD, a própria canção se recria, ou se rouba, agora em forma de irresistível samba, Barafunda: "Era Aurora/ Não, era Aurélia/ Ou era Ariela/ Não me lembro agora..." E quem será que está ali cantando, nessa canção em que mulheres apaixonantes do passado - incluindo, impossivelmente, a Ariela de Benjamin - vão se confundindo com grandes craques de futebol, em lembranças mal desfiadas que também abrem espaço para fulgurações da História e exultações de carnaval?
Alguém tem dúvida? Só pode ser aquele campeão do esquecimento seletivo, o inesquecível ancião Eulálio, de Leite Derramado, cujo monólogo vê-se agora roubado e transformado em samba-do-crioulo-doido, em que se cruzam paixão, futebol e política. Mas este é um Eulálio feliz, reencarnado em Elza Soares (já que a canção cita diretamente Dura na Queda, escrita para Elza) e com direito até a uma aparição da musa Maristela.
Em retrospecto, a forma do disco se desenha assim, em espelho. São oito canções de amor, de Rubato (que alude a Budapeste) a Barafunda (que evoca Leite Derramado). Cada uma num gênero:
Faixa 2: marchinha - marchinha de vanguarda, mas marchinha, com banda de coreto e tudo.
Faixa 3: blues, introduzindo outro grande tema do disco: a paixão do homem mais velho pela menina moça. Em Garota de Ipanema, como em Bolero Blues, essa era uma paixão sonhada, frustrada. Agora, vivida e assumida, sem se levar a sério demais, com uma leveza e uma graça que dão encantamento a quase tudo no disco.
Faixa 4: baião de vanguarda, modulando cromaticamente por meio-tom, mas baião. Uma canção meio sem gênero, quase recitativo, que vai sonhando com um baião até que consegue virar o próprio.
Faixa 5: misto de choro-canção e chanson francesa, narrador e narrada cantando afinal juntos, namorando em tom maior, cromatismos e curvas, delícia. Participação mais que especial da cantora Thais Gulin.
Faixa 6: adágio jobiniano, o nome fala por si: Sem Você 2, melodia plangente e harmonias que vão caindo, caindo, caindo.
Faixa 7: Samba de gafieira, parceria com Ivan Lins, aqui com a participação vocal do impagável Wilson das Neves.
Faixa 8: valsa russa, em que Chico incorpora o Google Maps ao acervo da nossa lírica (assim como já introduzira o orelhão, em Bye, Bye Brasil e a secretária telefônica em Anos Dourados, sucessivos avanços na tecnologia do recado amoroso).
Os arranjos, sempre na mão de Luiz Cláudio Ramos, sutilizam o mundo sonoro dos últimos três discos, de modo ainda mais concentrado e discreto. As canções, quase todas, não são cantadas mais do que uma única vez, do começo ao fim e pronto. Cada uma é como um poema num livro, que se pode ler quantas vezes quiser, mas nem por isso precisa ser grafado de novo.
Essas oito canções, passando de uma a outra como contos de Sheherazade, ficam emolduradas pela primeira e última do disco. Tanta delícia de compor e cantar, tamanho gosto de vida, espalhados entre as faixas 2 e 9, ficam postos em devida perspectiva com essas outras duas, que vêm antes e depois.
O disco abre com uma toada, Querido Diário, entoada por um personagem que entra de cara para o acervo das grandes criações do Chico, captando disfunções sociais do Brasil com uma antena que só ele tem. Ganha voz agora o miserável que vai pelas ruas, recebendo "fica com Deus", traçando seus descaminhos pela cidade, acompanhado de um cachorro, pensando em "ter religião" e amar uma mulher "sem orifício", amando obscura e violentamente uma companheira de carne e osso, afinal castigado a porretes pelo "inimigo", mas resistindo a tudo, "macio".
Nesse ponto, cabe um comentário musical. Cada uma das cinco estrofes começa em dó maior, vai traçando um percurso cromático, primeiro para cima e depois para baixo, e termina em dó menor (na palavra "sozinho", por exemplo, final da primeira estrofe; ou "pedaço", no final da segunda). Tonalidades maiores tendem a soar mais abertas, luminosas, positivas; tonalidades menores são o contrário. E no arco do disco o que se escuta na última faixa, um afro-samba em parceria com João Bosco, fará a versão espelhada dessas modulações.
As harmonias, nesses casos, precisam ser compreendidas junto com as letras, que elas ao mesmo tempo refletem e nutrem. O disco começa por um fim, por onde estamos agora: a miséria escancarada, em cada esquina. Na alegoria musical encenada por esses dó maior e dó menor, a aparente "cordialidade" das circunstâncias - aqui cantadas em dó maior - pede para ser compreendida naquele contexto identificado desde a década de 1930 pelo pai do Chico, um contexto caracteristicamente brasileiro, marcado pelo recalque de suas próprias violências - ressoando em dó menor. Algo se esconde nas alegrias reais ou assumidas do dó maior: são as dores do dó menor, e o balanço entre uma e outra tonalidade parece ali realizar em termos puramente musicais uma oscilação de fundo na nossa formação.
O disco termina por onde tudo começa: na trama da escravidão, núcleo recalcado de violências que vão se repondo, sem fim, na história do país. A cena é chocante: quem canta é um negro preso ao tronco, prestes a ser açoitado e cegado pelo senhor de engenho, depois de ter visto (ou não visto) sua "sinhá" nua no açude.
Leite Derramado já explorava obsessivamente as formas como a herança da escravidão se dispersa e se recalca, e continua por aí, em mil nuances, reconhecidas ou não. Continua inclusive aqui, no "cantor atormentado" que surge na última estrofe e revela o segredo inconfessável da história: é ele mesmo o "herdeiro sarará/ do nome e do renome/ de um feroz senhor de engenho" e, bem lá na origem escondida de tudo, herdeiro "das mandingas de um escravo/ que no engenho enfeitiçou Sinhá".
Só um compositor tão ciente de seus meios, seja na música seja na poesia, arma suas invenções assim. Tudo está posto: o Brasil se entende, afinal, nessas canções. Que elas sejam também criadas sobre uma simples alternância entre tom maior e menor, dá a dimensão do Chico compositor, do incrível criador de canções, em que poesia e música estão indissoluvelmente ligadas.
Haveria muito mais para ser dito. Valeria a pena chamar a atenção para os vários momentos em que as canções como que deixam de ser canções cantadas, retornam ao ritmo natural da fala, só para voltar depois, gloriosamente à música. Valeria também a pena falar das rimas ( "sobra/ abóbora", "pinta a boca e sai/ take your time") e das palavras e expressões preciosas ("Cazaquistão", "a mó de me quebrar"). Valeria muito a pena estudar as artes do cantor Chico Buarque. Quase ninguém escande musicalmente uma letra como ele. Ampliando uma sílaba aqui e encurtando outra ali, acentuando ou amaciando palavras, Chico nesse disco dá uma verdadeira aula.
Mas o tempo, como disse o cantor da faixa 3, é curto, a vida breve e a arte é longa. Dizer que neste Chico o Chico chega a si seria injusto. Mas dá para ver o disco como um renovado resumo dos principais temas e principais recursos musicais e literários do compositor, escritor, poeta e cantor Chico Buarque ao longo dessas últimas duas décadas, marcadas pela publicação de quatro romances intercalados com três discos. Quem acompanhou essa produção sabe o que representa, como expressão de nós mesmos e estímulo para pensar e viver o Brasil.
Quem não guardou essas canções e romances para si, quem não fez do que o Chico fez um acervo pessoal e precioso? Cada um de nós se tornou, com ele, o ghost-compositor de canções que não são mais só dele, são de todos nós e de nenhum de nós. Este novo Chico nos confere mais uma vez o privilégio de ser, por meia hora e eternamente, Chico Buarque. Cada um de nós, por meia hora, será Chico Buarque cantando tormentos e glórias, festejando o que pode ser festejado e cuidando do que pede atenção. A penúltima palavra fica com o velho cantor: "salve este samba/ antes que o esquecimento/ baixe seu manto/ seu manto cinzento". E a última palavra, e o último dó, nos leva de novo até o começo, para repetir o trânsito por este disco sem fim.
ARTHUR NESTROVSKI É DIRETOR ARTÍSTICO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO (OSESP). COMPOSITOR E VIOLONISTA, LANÇOU, ENTRE OUTROS, OS DISCOS JOBIM VIOLÃO E CHICO VIOLÃO (BISCOITO FINO) E OS LIVROS NOTAS MUSICAIS E OUTRAS NOTAS MUSICAIS (PUBLIFOLHA)

Acesso a medicamentos para hipertensos e diabéticos quadruplica no DF


Publicação: 23/07/2011 Correioweb

O acesso a medicamentos para diabéticos e hipertensos quadruplicou no Distrito Federal de janeiro a junho deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o crescimento ocorreu após a gratuidade dos remédios nas farmácias populares para essas doenças crônicas. Antes de fevereiro, os produtos eram oferecidos com até 90% de desconto.
Remédios gratuitos podem ser resgatados nas unidades da Farmácia Popular, como a de Sobradinho (Edilson Rodrigues/CB/D.A Press)
Remédios gratuitos podem ser resgatados nas unidades da Farmácia Popular, como a de Sobradinho

Em janeiro de 2011 — quando a portaria referente aos remédios sem custo ainda não tinha sido publicada —, 2,3 mil diabéticos pegaram medicamentos na rede pública do DF. Em junho, o número subiu para 9,4 mil. A mesma situação ocorreu com os hipertensos. A quantidade de beneficiados saltou de 4,2 mil para 18,9 mil no período analisado.

De acordo com o estudo de Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, cerca de 88 mil pessoas na capital federal têm diabetes. Com a gratuidade integral, pelo menos 10,7% já pegam nas farmácias da rede pública o medicamento sem custos. Entre os hipertensos, o número de pacientes que procuram remédios grátis é mais tímido: apenas 4% dos 462 mil usam o benefício. O quadro de hipertensos do DF é composto por 18,1% de mulheres e 28,8% de homens.

Credenciadas
A capital federal conta com 46 farmácias privadas credenciadas ao programa do governo federal Aqui Tem Farmácia Popular e uma unidade própria em Sobradinho. Nelas, 24 tipos de medicamentos para hipertensão e diabetes são oferecidos sem custos. Eles são identificados pelo princípio ativo ou pelo nome genérico. Os pacientes interessados em conseguir o remédio devem procurar as unidades registradas portando CPF, documento com foto e receita médica.

Em todo o país, mais de 2,2 milhões de brasileiros usam a medicação gratuita distribuída pelas farmácias populares. O crescimento do acesso de janeiro a junho foi de 168%. A hipertensão atinge 23,3% dos brasileiros e a diabetes, 6,3%.


Destaque em tratamento
O Setor de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) atende, em média, 1.400 pacientes por mês. Há 22 anos, é destaque no atendimento a pacientes com neuropatias que afetam pés e pernas. No Ambulatório do Pé Diabético, eles são acompanhados e recebem curativos e orientações, evitando a amputação. O hospital se destaca também por ser o primeiro do Brasil a possuir ambulatório de sistema de infusão contínua de insulina. Desde a inauguração do espaço em 2008, 58 pacientes colocaram a bomba de infusão. O sistema fica ligado ao corpo 24 horas por meio de catéter e ajusta a dose de insulina conforme a necessidade, acabando com os picos de glicemia no sangue. A próxima meta do hospital é a implantação do ambulatório para diagnóstico precoce da neuropatia autônoma cardíaca, que atinge de 25% a 30% dos diabéticos e que, se não for diagnosticada, pode levar ao infarto.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como a vida das mulheres está mudando no Brasil

No Brasil, a luta política pelos direitos das mulheres e pela igualdade nas relações de gênero impulsionou a adoção de políticas públicas e leis em campos como saúde sexual e reprodutiva, trabalho, direitos políticos e civis e violência sexista. Os direitos de cidadania das mulheres e as condições para seu exercício são questões centrais da democracia, e não apenas questões das mulheres. Há avanços significativos na construção dos direitos civis e políticos das mulheres brasileiras. 

O papel dos movimentos feministas foi fundamental nesse percurso. Com sua articulação e mobilização, eles foram decisivos para a elaboração de leis e políticas públicas voltadas a eliminar as desigualdades entre homens e mulheres, no espaço público e privado.Os primeiros governos eleitos no Brasil após a ditadura e as diretrizes neoliberais impostas nacionalmente atingiram de forma drástica a vida das mulheres brasileiras: desemprego com níveis alarmantes, violência doméstica sem ação governamental, políticas de privatização de serviços que prejudicaram especialmente as mulheres (creches, sistemas de água e luz, saúde).

Em 2003, o presidente Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres para desenvolver ações conjuntas com todos os Ministérios e Secretarias Especiais, tendo como desafio a incorporação das especificidades das mulheres nas políticas públicas e o estabelecimento das condições necessárias para a sua plena cidadania. O governo federal se empenhou para promover mais autonomia e mais cidadania para as brasileiras, transformando demandas históricas dos movimentos feministas e de mulheres em políticas públicas, e para mudar o vergonhoso panorama da violência sexista em nosso país.

Uma das mais importantes ações foi o destaque dado à promoção da igualdade de gênero, raça e etnia no Plano Plurianual 2008-2011, através do enunciado do seu quarto objetivo estratégico: “Fortalecer a democracia, com igualdade de gênero, raça e etnia, e a cidadania com transparência, diálogo social e garantia dos direitos humanos”.

Implementar políticas que se chocam, cotidianamente, com a cultura dominante não é tarefa fácil e muito menos para ser enfrentada de maneira exclusiva por qualquer das esferas governamentais e de poder. É necessária participação articulada e permanente de todos os atores sociais envolvidos. 

O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que se encontra em sua segunda versão, é um poderoso instrumento no processo de incorporação da agenda de gênero no âmbito das políticas públicas do governo federal. Através dele, ações relativas ao avanço dos direitos das mulheres foram incorporadas nas políticas e programas desenvolvidos nos diferentes ministérios.Em 2004, através de um processo inédito de diálogo entre governo e sociedade civil, realizou-se a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. As suas etapas municipais e estaduais envolveram diretamente mais de 120 mil mulheres em todas as regiões do país. Em 2007, envolvendo 200 mil mulheres em todo o Brasil, realizou-se a II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres é hoje um instrumento orientador para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres no Brasil.

A diversidade que caracteriza as mulheres brasileiras demanda intervenções que considerem as especificidades e necessidades de cada grupo social. Historicamente, a intersecção de características como sexo, raça/etnia, região de origem, orientação sexual, entre outras, contribui para criar situações de maior ou menor vulnerabilidade no acesso aos serviços ofertados pelo Estado e no usufruto dos direitos constitucionalmente assegurados.

Oito anos de mudanças e conquistas para as brasileiras

- Desigualdade de renda entre mulheres e homens começa a ficar menor no Brasil. Entre 2004 e 2008 houve crescimento de 14,5% nos rendimentos reais femininos e de 12,4% dos masculinos. Mudança decorre principalmente de dois fatores: a política de valorização do salário mínimo e as políticas sociais de transferência de renda.
- Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda para combate à miséria e à pobreza no país tem 53% de mulheres entre os atendidos e 93% das responsáveis preferenciais pelo recebimento do benefício. Mais poder de decisão na hora de comprar reforça a segurança alimentar das famílias e também a autoestima das mulheres.
- Pedreiras, ceramistas, pintoras, encanadoras, azulejistas, eletricistas são algumas das formações obtidas nos cursos de capacitação do Programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil. Desenvolvido pela SPM em parceria com governos municipais e estaduais, tem como meta inicial a formação de 2.670 mulheres em quatro estados (BA, RS, SP e RJ) até 2011. As atividades já começaram. Em junho de 2009, no Rio de Janeiro, 150 mulheres das comunidades do Morro da Formiga, Vila Paciência e Kelson se inscreveram para participar da iniciativa.
- Investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura realizados no país nos últimos anos tem impacto direto na melhoria da vida de toda a população do país e beneficia, em particular, as mulheres, que passam a dispor de melhores condições para o desempenho de suas tarefas cotidianas e de mais tempo para cuidar de si mesmas. Na avaliação da SPM, destacam-se neste aspecto os programas de eletrificação, construção de cisternas e de habitação.
- Outras iniciativas com impacto na inclusão social e também na melhoria da qualidade de vida das brasileiras são o Programa Minha Casa, Minha Vida e a expansão do crédito para pessoas que nunca tiveram conta bancária ou acesso aos caixas eletrônicos. Hoje, mais de um terço dos financiamentos habitacionais são destinados às mulheres e elas passam a ser também signatárias de 40% dos contratos de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal.
- O programa Brasil Alfabetizado tem entre seus inscritos, desde 2005, 57% de mulheres. Outra ação importante foi a sanção do Programa Empresa Cidadã, que amplia a licença maternidade para seis meses. Benefício implantado para todas as servidoras federais.- A violência contra a mulher foi enfrentado pelo governo Lula e encarado como problema de Estado: aprovação da Lei Maria da Penha (13.340/2006), criação do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e implantação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Neste ano, o investimento será de mais de um bilhão de reais na Rede Nacional de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência.
- Mais de um milhão de documentos emitidos, em 2.091 mutirões de documentação realizados até 2009. Com documentos, mais de 550 mil mulheres do meio rural passaram a ter acesso às políticas públicas do governo.
- 35.697 contratos de financiamento, representando mais de R$ 247 milhões para mulheres agricultoras de unidades familiares (Pronaf Mulher), entre 2003 e 2008. Avanço de 24,1% para 55,8% no índice de mulheres titulares de lotes da reforma agrária, entre 2003 e 2007. Aumento de 13,6% em 2003 para 23% em 2007 do total de mulheres chefes de família em relação ao total de beneficiários da reforma agrária.
Um governo bom é aquele que se volta para os principais interesses de sua população, globalmente. No caso das mulheres será fundamental manter a continuidade da evolução das conquistas que alcançamos com o governo Lula. E ainda podemos ter o gostinho delicioso de superação do preconceito elegendo uma mulher, Dilma Rousseff, como nossa presidenta.

Fonte: Carta Capital

Risomar Carvalho, inaugura mais uma obra

Samambaia ganha mais iluminação
Por: Clébia Rosa e Elda Holanda
Nesta quinta feira (21), o administrador de Samambaia, Risomar Carvalho, foi recebido por diversos  moradores, na ocasião ele inaugurou mais uma obra na cidade, dessa vez foi a iluminação pública nas quadras 201, 202, 203, próximo à estação do metrô. “Isso contribui para a segurança e qualidade de vida da nossa cidade e dos moradores”, disse ele.
Foram instalados 04 braços e 08 postes curvos de aço, totalizando 1.750 watts de potência. O investimento foi proposto pelo secretário de governo Paulo Tadeu que, em visita ao local, havia verificado o quanto estava escuro e perigoso.
Agora, quando os usuários do metrô desembarcarem e seguirem para suas residências, poderão confirmar o conforto e segurança, proporcionado por esse investimento.

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira

Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Dnit libera verba de estradas para fazer casas
O Globo
Portos inaugurados há dois anos afundam na Amazônia
Valor Econômico
Aditivos param trechos de obras no São Francisco
Correio Braziliense
Três vidas soterradas pelo descaso
Estado de Minas
Impasse na mesa de bar
Zero Hora
Inundação
Brasil Econômico
Governo vai usar Plano Nacional de Banda Larga em projetos sociais
*
Jornais internacionais
Le Figaro (França)
Europa salva Grécia e reforça o euro
El País (Espanha)
UE salva a Grécia e o euro
Clarín (Argentina)
Europa aprova novo resgate para Grécia e faz bolsas subirem

Kassab vai ao Recife discutir aliança com Eduardo Campos

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, reuniu-se ontem com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), no Recife, para tratar das possíveis alianças entre os dois partidos nas eleições municipais de 2012.

O ex-deputado federal André de Paula, que deixou o DEM para coordenar o PSD no Estado, também participou da conversa.

PSD e PSB devem se revezar na cabeça de chapa em várias cidades pernambucanas, mas o acerto não se estenderá a Recife, onde o compromisso de Campos é apoiar a reeleição de João da Costa (PT), restando ao PSD a possibilidade de compor a chapa.

Na capital paulista, Kassab articula a candidatura à sua sucessão de Eduardo Jorge (PV), secretário de Meio Ambiente. Espera trazer o PSB consigo, já que a sigla ficou desprovida de nomes de peso para a disputa, depois das saídas do deputado Gabriel Chalita e do candidato derrotado ao governo paulista, Paulo Skaf, que foram para o PMDB.

A sigla arquitetada por Kassab corre contra o tempo para se viabilizar para as próximas eleições. Após a aprovação, no Senado, de projeto de lei que pune o parlamentar que trocar a sigla pela qual se elegeu por um partido recém-criado --o PSD precisa estar de pé antes que o projeto passe pela Câmara dos Deputados--, Kassab ainda enfrenta toda sorte de acusações de fraude nas listas de apoio para a criação do PSD.

Na mais recente, um perito atestou à Folha que várias das assinaturas coletadas foram feitas pela mesma pessoa. "Nesse processo tem brincadeiras, sabotagens e o partido não tem condições de checar tudo. Esse é o papel da Justiça Eleitoral", disse o prefeito.

Fonte: Folha.com

Luiz Pitiman entrega carta de demissão

Pitiman entregou ontem a carta de demissão ao governador Agnelo Queiroz, que segundo sua assessoria confirmou a carta de demissão, mas disse que o governador ainda não tomou uma decisão sobre o pedido.


Vamos esperar para ver o que vai dar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Último dia para entrar no CIL

Os alunos contemplados com vagas nos Centros de Línguas da rede pública de ensino têm até esta sexta-feira (22) para realizarem a matrícula. Quem não confirmar a matrícula perde o direito à vaga. Pais e estudantes podem conferir a lista na escola ou no site da Secretaria de Educação - www.se.df.gov.br, clicandono banner Matrícula Escolar 2011.
O aluno também precisa se dirigir ao CIL com os seguintes documentos:
- Original e cópia da Certidão de Nascimento, ou do Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF);
- 2 (duas) fotos 3X4;
- Comprovante de residência; 
- Declaração de Escolaridade atual da escola pública onde o aluno estuda;
- RG e CPF dos pais.

Convite: Ação comunitária

Risomar Carvalho, inaugura mais uma obra em Samambaia

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Em viagem pelo Nordeste, Lula revive rotina típica da Presidência

Na primeira escala da turnê política que realiza pela região Nordeste nesta semana, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se deslocou em helicóptero oficial e recebeu “blindagem” característica dos dias de Planalto.
Lula chegou à Bahia ontem. Desde o início da visita, passou por Santo Amaro da Purificação, a 109 km de Salvador, para visitar dona Canô, a matriarca da família Velloso. Abordado pela imprensa, evitou temas espinhosos – como a crise no Ministério dos Transportes – com chistes sobre a seleção brasileira de futebol e comentários sobre saúde da mãe de Caetano e Bethânia.
O clima de visita presidencial se manteve na segunda parada, em Feira de Santana, a 117 km de Salvador, onde Lula visitou um hospital erguido com verbas federais durante sua gestão (2003-2010). Como nos tempos de presidente, fez comentários genéricos sobre suspeitas de corrupção no governo federal. “Se as pessoas cometerem erros, pagam pelos erros que cometeram.”

Foto: AE
Como nos tempos da Presidência, visita de Lula à Bahia teve direito a assédio da imprensa, discursos e estrutura de chefe de Estado para deslocamentos
De volta a Salvador no helicóptero do governador da Bahia, Jaques Wagner, Lula manteve encontro fechado com petistas em um hotel. Na saída, disse apenas que “em evento onde tem governador ex-presidente não fala”. Segundo Wagner, o ex-presidente defendeu a necessidade de defesa do “projeto nacional” durante as eleições municipais de 2012. Depois jantou com o governador no Palácio de Ondina, residência oficial.
Ao participar na manhã desta quinta-feira de mais um evento oficial do governo baiano - o lançamento do plano de agricultura e pecuária do Estado para a safra 2011/12 - Lula foi homenageado e chamado diversas vezes de “presidente” por dirigentes rurais. E teve direito a um discurso de exaltação de seu governo.
Como fazia nos palanques da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010, defendeu a distribuição de renda no País. E disse já ter viajado “mais de 20 países de janeiro até agora falando o que aconteceu no Brasil”. “É importante que a gente tenha clareza: quanto mais dinheiro a gente fizer chegar à mão dos pequenos, mais vai crescer a economia brasileira”, disse.


Portal ig



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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Erika Kokay apresenta projeto para dar mais garantias aos trabalhadores terceirizados


Erika Kokay apresentou o PL 1783/2011, para dispor sobre a garantia nas contratações de serviços terceirizados. A proposta determina a exigência de garantia nas contratações dos serviços terceirizados, em valor correspondente a três meses de pagamentos.
A deputada apresentou a seguinte justificativa para o projeto:
Em busca da redução de custos, a administração pública tem optado sistematicamente pela terceirização de serviços auxiliares. Tanto que o Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 1997, recomenda a execução indireta das atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações.
Ocorre que, independentemente do zelo no momento de contratação e na fiscalização da execução dos contratos, tornaram-se comuns os casos em que as firmas contratadas encerram suas atividades sem quitar as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. Essa situação causa enormes prejuízos para os trabalhadores e para a administração, de modo que se faz necessário o aperfeiçoamento da legislação que disciplina a licitação e a contratação de serviços terceirizados.
Nesse escopo, sugerimos alterar a Lei das Licitações e Contratos para determinar a exigência de garantia nas contratações dos serviços terceirizados, em valor correspondente a três meses de pagamentos. A contratada poderia optar por uma das modalidades atualmente previstas (caução, seguro-garantia ou fiança bancária), ou por fundo garantidor específico, a ser formado mediante depósito de um sexto do valor dos dezoito primeiros pagamentos mensais. O saldo desse fundo seria restituído ao contratado nas mesmas hipóteses das demais modalidades de garantia, porém remunerado com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC.
Convencida de que nossa proposta prevenirá a repetição de situações socialmente dramáticas para os trabalhadores terceirizados, conto com o apoio de nossos pares para a aprovação do projeto de lei que ora apresento.
Link do projeto: