sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como a vida das mulheres está mudando no Brasil

No Brasil, a luta política pelos direitos das mulheres e pela igualdade nas relações de gênero impulsionou a adoção de políticas públicas e leis em campos como saúde sexual e reprodutiva, trabalho, direitos políticos e civis e violência sexista. Os direitos de cidadania das mulheres e as condições para seu exercício são questões centrais da democracia, e não apenas questões das mulheres. Há avanços significativos na construção dos direitos civis e políticos das mulheres brasileiras. 

O papel dos movimentos feministas foi fundamental nesse percurso. Com sua articulação e mobilização, eles foram decisivos para a elaboração de leis e políticas públicas voltadas a eliminar as desigualdades entre homens e mulheres, no espaço público e privado.Os primeiros governos eleitos no Brasil após a ditadura e as diretrizes neoliberais impostas nacionalmente atingiram de forma drástica a vida das mulheres brasileiras: desemprego com níveis alarmantes, violência doméstica sem ação governamental, políticas de privatização de serviços que prejudicaram especialmente as mulheres (creches, sistemas de água e luz, saúde).

Em 2003, o presidente Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres para desenvolver ações conjuntas com todos os Ministérios e Secretarias Especiais, tendo como desafio a incorporação das especificidades das mulheres nas políticas públicas e o estabelecimento das condições necessárias para a sua plena cidadania. O governo federal se empenhou para promover mais autonomia e mais cidadania para as brasileiras, transformando demandas históricas dos movimentos feministas e de mulheres em políticas públicas, e para mudar o vergonhoso panorama da violência sexista em nosso país.

Uma das mais importantes ações foi o destaque dado à promoção da igualdade de gênero, raça e etnia no Plano Plurianual 2008-2011, através do enunciado do seu quarto objetivo estratégico: “Fortalecer a democracia, com igualdade de gênero, raça e etnia, e a cidadania com transparência, diálogo social e garantia dos direitos humanos”.

Implementar políticas que se chocam, cotidianamente, com a cultura dominante não é tarefa fácil e muito menos para ser enfrentada de maneira exclusiva por qualquer das esferas governamentais e de poder. É necessária participação articulada e permanente de todos os atores sociais envolvidos. 

O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que se encontra em sua segunda versão, é um poderoso instrumento no processo de incorporação da agenda de gênero no âmbito das políticas públicas do governo federal. Através dele, ações relativas ao avanço dos direitos das mulheres foram incorporadas nas políticas e programas desenvolvidos nos diferentes ministérios.Em 2004, através de um processo inédito de diálogo entre governo e sociedade civil, realizou-se a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. As suas etapas municipais e estaduais envolveram diretamente mais de 120 mil mulheres em todas as regiões do país. Em 2007, envolvendo 200 mil mulheres em todo o Brasil, realizou-se a II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres é hoje um instrumento orientador para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres no Brasil.

A diversidade que caracteriza as mulheres brasileiras demanda intervenções que considerem as especificidades e necessidades de cada grupo social. Historicamente, a intersecção de características como sexo, raça/etnia, região de origem, orientação sexual, entre outras, contribui para criar situações de maior ou menor vulnerabilidade no acesso aos serviços ofertados pelo Estado e no usufruto dos direitos constitucionalmente assegurados.

Oito anos de mudanças e conquistas para as brasileiras

- Desigualdade de renda entre mulheres e homens começa a ficar menor no Brasil. Entre 2004 e 2008 houve crescimento de 14,5% nos rendimentos reais femininos e de 12,4% dos masculinos. Mudança decorre principalmente de dois fatores: a política de valorização do salário mínimo e as políticas sociais de transferência de renda.
- Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda para combate à miséria e à pobreza no país tem 53% de mulheres entre os atendidos e 93% das responsáveis preferenciais pelo recebimento do benefício. Mais poder de decisão na hora de comprar reforça a segurança alimentar das famílias e também a autoestima das mulheres.
- Pedreiras, ceramistas, pintoras, encanadoras, azulejistas, eletricistas são algumas das formações obtidas nos cursos de capacitação do Programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil. Desenvolvido pela SPM em parceria com governos municipais e estaduais, tem como meta inicial a formação de 2.670 mulheres em quatro estados (BA, RS, SP e RJ) até 2011. As atividades já começaram. Em junho de 2009, no Rio de Janeiro, 150 mulheres das comunidades do Morro da Formiga, Vila Paciência e Kelson se inscreveram para participar da iniciativa.
- Investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura realizados no país nos últimos anos tem impacto direto na melhoria da vida de toda a população do país e beneficia, em particular, as mulheres, que passam a dispor de melhores condições para o desempenho de suas tarefas cotidianas e de mais tempo para cuidar de si mesmas. Na avaliação da SPM, destacam-se neste aspecto os programas de eletrificação, construção de cisternas e de habitação.
- Outras iniciativas com impacto na inclusão social e também na melhoria da qualidade de vida das brasileiras são o Programa Minha Casa, Minha Vida e a expansão do crédito para pessoas que nunca tiveram conta bancária ou acesso aos caixas eletrônicos. Hoje, mais de um terço dos financiamentos habitacionais são destinados às mulheres e elas passam a ser também signatárias de 40% dos contratos de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal.
- O programa Brasil Alfabetizado tem entre seus inscritos, desde 2005, 57% de mulheres. Outra ação importante foi a sanção do Programa Empresa Cidadã, que amplia a licença maternidade para seis meses. Benefício implantado para todas as servidoras federais.- A violência contra a mulher foi enfrentado pelo governo Lula e encarado como problema de Estado: aprovação da Lei Maria da Penha (13.340/2006), criação do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e implantação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Neste ano, o investimento será de mais de um bilhão de reais na Rede Nacional de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência.
- Mais de um milhão de documentos emitidos, em 2.091 mutirões de documentação realizados até 2009. Com documentos, mais de 550 mil mulheres do meio rural passaram a ter acesso às políticas públicas do governo.
- 35.697 contratos de financiamento, representando mais de R$ 247 milhões para mulheres agricultoras de unidades familiares (Pronaf Mulher), entre 2003 e 2008. Avanço de 24,1% para 55,8% no índice de mulheres titulares de lotes da reforma agrária, entre 2003 e 2007. Aumento de 13,6% em 2003 para 23% em 2007 do total de mulheres chefes de família em relação ao total de beneficiários da reforma agrária.
Um governo bom é aquele que se volta para os principais interesses de sua população, globalmente. No caso das mulheres será fundamental manter a continuidade da evolução das conquistas que alcançamos com o governo Lula. E ainda podemos ter o gostinho delicioso de superação do preconceito elegendo uma mulher, Dilma Rousseff, como nossa presidenta.

Fonte: Carta Capital

Risomar Carvalho, inaugura mais uma obra

Samambaia ganha mais iluminação
Por: Clébia Rosa e Elda Holanda
Nesta quinta feira (21), o administrador de Samambaia, Risomar Carvalho, foi recebido por diversos  moradores, na ocasião ele inaugurou mais uma obra na cidade, dessa vez foi a iluminação pública nas quadras 201, 202, 203, próximo à estação do metrô. “Isso contribui para a segurança e qualidade de vida da nossa cidade e dos moradores”, disse ele.
Foram instalados 04 braços e 08 postes curvos de aço, totalizando 1.750 watts de potência. O investimento foi proposto pelo secretário de governo Paulo Tadeu que, em visita ao local, havia verificado o quanto estava escuro e perigoso.
Agora, quando os usuários do metrô desembarcarem e seguirem para suas residências, poderão confirmar o conforto e segurança, proporcionado por esse investimento.

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira

Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Dnit libera verba de estradas para fazer casas
O Globo
Portos inaugurados há dois anos afundam na Amazônia
Valor Econômico
Aditivos param trechos de obras no São Francisco
Correio Braziliense
Três vidas soterradas pelo descaso
Estado de Minas
Impasse na mesa de bar
Zero Hora
Inundação
Brasil Econômico
Governo vai usar Plano Nacional de Banda Larga em projetos sociais
*
Jornais internacionais
Le Figaro (França)
Europa salva Grécia e reforça o euro
El País (Espanha)
UE salva a Grécia e o euro
Clarín (Argentina)
Europa aprova novo resgate para Grécia e faz bolsas subirem

Kassab vai ao Recife discutir aliança com Eduardo Campos

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, reuniu-se ontem com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), no Recife, para tratar das possíveis alianças entre os dois partidos nas eleições municipais de 2012.

O ex-deputado federal André de Paula, que deixou o DEM para coordenar o PSD no Estado, também participou da conversa.

PSD e PSB devem se revezar na cabeça de chapa em várias cidades pernambucanas, mas o acerto não se estenderá a Recife, onde o compromisso de Campos é apoiar a reeleição de João da Costa (PT), restando ao PSD a possibilidade de compor a chapa.

Na capital paulista, Kassab articula a candidatura à sua sucessão de Eduardo Jorge (PV), secretário de Meio Ambiente. Espera trazer o PSB consigo, já que a sigla ficou desprovida de nomes de peso para a disputa, depois das saídas do deputado Gabriel Chalita e do candidato derrotado ao governo paulista, Paulo Skaf, que foram para o PMDB.

A sigla arquitetada por Kassab corre contra o tempo para se viabilizar para as próximas eleições. Após a aprovação, no Senado, de projeto de lei que pune o parlamentar que trocar a sigla pela qual se elegeu por um partido recém-criado --o PSD precisa estar de pé antes que o projeto passe pela Câmara dos Deputados--, Kassab ainda enfrenta toda sorte de acusações de fraude nas listas de apoio para a criação do PSD.

Na mais recente, um perito atestou à Folha que várias das assinaturas coletadas foram feitas pela mesma pessoa. "Nesse processo tem brincadeiras, sabotagens e o partido não tem condições de checar tudo. Esse é o papel da Justiça Eleitoral", disse o prefeito.

Fonte: Folha.com

Luiz Pitiman entrega carta de demissão

Pitiman entregou ontem a carta de demissão ao governador Agnelo Queiroz, que segundo sua assessoria confirmou a carta de demissão, mas disse que o governador ainda não tomou uma decisão sobre o pedido.


Vamos esperar para ver o que vai dar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Último dia para entrar no CIL

Os alunos contemplados com vagas nos Centros de Línguas da rede pública de ensino têm até esta sexta-feira (22) para realizarem a matrícula. Quem não confirmar a matrícula perde o direito à vaga. Pais e estudantes podem conferir a lista na escola ou no site da Secretaria de Educação - www.se.df.gov.br, clicandono banner Matrícula Escolar 2011.
O aluno também precisa se dirigir ao CIL com os seguintes documentos:
- Original e cópia da Certidão de Nascimento, ou do Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF);
- 2 (duas) fotos 3X4;
- Comprovante de residência; 
- Declaração de Escolaridade atual da escola pública onde o aluno estuda;
- RG e CPF dos pais.

Convite: Ação comunitária

Risomar Carvalho, inaugura mais uma obra em Samambaia

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Em viagem pelo Nordeste, Lula revive rotina típica da Presidência

Na primeira escala da turnê política que realiza pela região Nordeste nesta semana, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se deslocou em helicóptero oficial e recebeu “blindagem” característica dos dias de Planalto.
Lula chegou à Bahia ontem. Desde o início da visita, passou por Santo Amaro da Purificação, a 109 km de Salvador, para visitar dona Canô, a matriarca da família Velloso. Abordado pela imprensa, evitou temas espinhosos – como a crise no Ministério dos Transportes – com chistes sobre a seleção brasileira de futebol e comentários sobre saúde da mãe de Caetano e Bethânia.
O clima de visita presidencial se manteve na segunda parada, em Feira de Santana, a 117 km de Salvador, onde Lula visitou um hospital erguido com verbas federais durante sua gestão (2003-2010). Como nos tempos de presidente, fez comentários genéricos sobre suspeitas de corrupção no governo federal. “Se as pessoas cometerem erros, pagam pelos erros que cometeram.”

Foto: AE
Como nos tempos da Presidência, visita de Lula à Bahia teve direito a assédio da imprensa, discursos e estrutura de chefe de Estado para deslocamentos
De volta a Salvador no helicóptero do governador da Bahia, Jaques Wagner, Lula manteve encontro fechado com petistas em um hotel. Na saída, disse apenas que “em evento onde tem governador ex-presidente não fala”. Segundo Wagner, o ex-presidente defendeu a necessidade de defesa do “projeto nacional” durante as eleições municipais de 2012. Depois jantou com o governador no Palácio de Ondina, residência oficial.
Ao participar na manhã desta quinta-feira de mais um evento oficial do governo baiano - o lançamento do plano de agricultura e pecuária do Estado para a safra 2011/12 - Lula foi homenageado e chamado diversas vezes de “presidente” por dirigentes rurais. E teve direito a um discurso de exaltação de seu governo.
Como fazia nos palanques da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010, defendeu a distribuição de renda no País. E disse já ter viajado “mais de 20 países de janeiro até agora falando o que aconteceu no Brasil”. “É importante que a gente tenha clareza: quanto mais dinheiro a gente fizer chegar à mão dos pequenos, mais vai crescer a economia brasileira”, disse.


Portal ig



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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Erika Kokay apresenta projeto para dar mais garantias aos trabalhadores terceirizados


Erika Kokay apresentou o PL 1783/2011, para dispor sobre a garantia nas contratações de serviços terceirizados. A proposta determina a exigência de garantia nas contratações dos serviços terceirizados, em valor correspondente a três meses de pagamentos.
A deputada apresentou a seguinte justificativa para o projeto:
Em busca da redução de custos, a administração pública tem optado sistematicamente pela terceirização de serviços auxiliares. Tanto que o Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 1997, recomenda a execução indireta das atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações.
Ocorre que, independentemente do zelo no momento de contratação e na fiscalização da execução dos contratos, tornaram-se comuns os casos em que as firmas contratadas encerram suas atividades sem quitar as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. Essa situação causa enormes prejuízos para os trabalhadores e para a administração, de modo que se faz necessário o aperfeiçoamento da legislação que disciplina a licitação e a contratação de serviços terceirizados.
Nesse escopo, sugerimos alterar a Lei das Licitações e Contratos para determinar a exigência de garantia nas contratações dos serviços terceirizados, em valor correspondente a três meses de pagamentos. A contratada poderia optar por uma das modalidades atualmente previstas (caução, seguro-garantia ou fiança bancária), ou por fundo garantidor específico, a ser formado mediante depósito de um sexto do valor dos dezoito primeiros pagamentos mensais. O saldo desse fundo seria restituído ao contratado nas mesmas hipóteses das demais modalidades de garantia, porém remunerado com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC.
Convencida de que nossa proposta prevenirá a repetição de situações socialmente dramáticas para os trabalhadores terceirizados, conto com o apoio de nossos pares para a aprovação do projeto de lei que ora apresento.
Link do projeto:

Sarney anuncia que deixará a política em 2014

Presidente do Senado fez a declaração em lançamento de sua biografia. Sua filha, governadora do Maranhão, também deixará carreira
O presidente do Senado e ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP) encerrará a carreira política em 2014. A informação foi dada pelo próprio político, durante evento de lançamento de sua biografia, em São Luís (MA). As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
Sarney anunciou ontem que não concorrerá novamente a cargos eletivos depois de concluir o atual mandato, que vai até 2014. A filha do ex-presidente e atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney, confirmou a decisão."Não foi uma declaração intempestiva, apenas perguntaram e ele respondeu.

 Ele quer se dedicar mais à literatura. Já está muito dividido, mas é um político nato, faz parte da história do país", disse Roseana.  A governadora também anunciou ao jornal que não concorrerá mais a cargos políticos. Em outras ocasiões, ela havia dito que não continuaria após concluir o atual mandato.

Risomar Carvalho, recebe Quiosqueiros, Trailers e Similares de Samambaia que buscam regularização

Risomar Carvalho  com os quiosqueiros e o gerente de serviços públicos.JPG
Em 19/07/2011 Fátima Oliveira e Ildeci Souza, dirigentes da Associação de Quiosques, Trailers e Similares de Samambaia – AQSAM procuraram o administrador Risomar Carvalho para tratar da regularização dos 361 pequenos empreendedores cadastrados na associação. Falou-se do plano de ocupação, padrão arquitetônico e taxas.
Atualmente o segmento se baseia em duas leis: a 4257, de dezembro de 2008, que regulariza quiosques, trailers e similares no Distrito Federal; a 4420, de outubro de 2009, que anistiou débitos desses pequenos empreendedores, anteriores à lei. Hoje em Samambaia vigoram 112 permissões emitidas pela Coordenadoria das Cidades, 12 delas entregues em maio de 2011 pelo governador Agnelo Queiroz.
Na reunião ficou decidido que a Diretoria de Serviços da Administração Regional de Samambaia irá a campo para conferir o cadastro da AQSAM, analisando cada caso em conformidade com a lei. Para ajudar no processo os quiosqueiros devem procurar a associação, fones 9682.8634 (Fátima) e 8494.1094 (Ildeci) e atualizar seus cadastros.
“Queremos organizar o segmento gerando renda para os quiosqueiros e deixando a cidade bonita, confortável e com boas opções de lazer para os próprios moradores, bem como pronta para atrair turistas que visitam o Distrito Federal, especialmente em 2014, quando teremos aqui importantes jogos da Copa do Mundo”, disse Risomar Carvalho.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Joaquim Roriz articula candidatura à prefeitura de Luziânia

Afastado da disputa ao Executivo local no ano passado em virtude do debate sobre a Lei da Ficha Limpa, o ex-governador articula candidatura à prefeitura de Luziânia. Para tanto, costura parcerias e estuda mudança de partido


Publicação: 19/07/2011 Correioweb

O governador de Goiás, Marconi Perillo, é um dos incetivadores da migração de Joaquim Roriz para o PSDB (Iano Andrade/CB/D.A Press - 4/2/06)
O governador de Goiás, Marconi Perillo, é um dos incetivadores da migração de Joaquim Roriz para o PSDB

Governador do Distrito Federal por quatro mandatos, mas obrigado a interromper a carreira pública por força da Lei da Ficha Limpa, Joaquim Roriz (PSC) se prepara para voltar à ativa comendo pelas beiradas. Roriz está inclinado a se candidatar à prefeitura de Luziânia (GO), cidade do Entorno do DF onde nasceu e foi eleito pela primeira vez para o cargo de vereador. Desgastado pela sucessão de derrotas políticas que sofreu desde a renúncia ao mandato de senador, em 2007, o ex-governador não desistiu das urnas. Pretende, no entanto, ensaiar seu retorno em um reduto mais modesto, de 100 mil eleitores.


Como há eleições para prefeito em 2012, ele terá de resolver sua situação eleitoral e partidária nos próximos dois meses. Para ser candidato em Luziânia, município goiano a 66 quilômetros de Brasília, o ex-governador do DF terá de mudar seu domicílio eleitoral a, no máximo, um ano do pleito municipal, ou seja, até o primeiro domingo de outubro. Esse também é o prazo limite para que ele defina uma eventual troca de partido. Roriz discute com aliados a possibilidade de migrar para o PSDB do governador de Goiás, Marconi Perillo.No mês passado, os dois estiveram juntos na casa de Roriz. Perillo ofereceu ao ex-governador do DF apoio para disputar qualquer prefeitura do Entorno, com a promessa de que daria ao político sinal verde para tratar das questões da região adjacente ao DF. 

A possibilidade de parceria entre Roriz e Perillo em 2012 foi um dos assuntos bastante comentados na festa da Romaria, em Trindade, em 3 de julho. Na ocasião, políticos de Goiás trocaram ideias com figuras públicas do DF sobre as tratativas para a candidatura de Roriz em território goiano.Na esteira da conversa entre Roriz e Perillo, o atual prefeito de Luziânia, Célio Silveira (PSDB), e o vice-prefeito, Eliseu Melo (PMDB), também se reuniram com o ex-governador do DF. Caso Roriz se confirme candidato à prefeitura de Luziânia, o grupo que hoje comanda a cidade abrirá mão de fazer o sucessor. Como Célio está no segundo mandato, o nome trabalhado na base é o do vice, que aceitaria disputar de novo o segundo posto numa chapa liderada por Roriz. Célio confirmou ao Correio o encontro e o teor da reunião ocorrida há alguns dias. “Temos muita simpatia pela ideia da candidatura de Roriz. Ele ajudou muito o município e, se quiser disputar a eleição, terá o apoio do nosso grupo, com 13 partidos”, disse o prefeito.

Respaldo

Seja no DF ou em Goiás, Roriz terá antes de conseguir o respaldo da Justiça para sua candidatura, considerada ficha suja pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2010. Os ministros do TSE definiram que políticos condenados por decisão colegiada ou aqueles que renunciaram ao mandato para escapar de cassação ficariam impedidos de se candidatar. Mas, em seguida, o Supremo Tribunal Federal acabou decidindo que as novas regras não valeriam para o pleito daquele ano. A essa altura, Roriz já havia desistido de concorrer ao Governo do DF e orientado a mulher, Weslian Roriz, a disputar em seu nome.Assim como a de vários outros políticos enrolados com a Justiça, a situação de Roriz não é estável (leia Para saber mais). 

Pessoas próximas ao ex-governador contaram que ele consultou os advogados recentemente para saber suas chances legais de participar das eleições municipais. Na avaliação de alguns aliados, ele não deve concorrer sob o risco de sofrer mais desgastes com um eventual impedimento em 2012.Ao decidir que a Lei da Ficha Limpa não valeria em 2010, mas as regras seriam observadas a partir das próximas eleições, o STF não se posicionou sobre a questão da retroatividade. 

Esse é um ponto fundamental para a situação política de Roriz e que deve ser tratado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 30 ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em maio deste ano. Em 2007, Roriz renunciou ao mandato de senador para escapar de um processo iminente de cassação de mandato motivado pelo escândalo da Bezerra de ouro. Segundo entendimento do TSE, ele estaria impedido pelos próximos oito anos de concorrer a mandatos eletivos. Mas esse é um debate que em breve será reaberto pelos ministros do Supremo.

Região integrada

É composto por 22 cidades que integram a chamada Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. Abrange uma área de 55,4 mil quilômetros quadrados, cuja população estimada pelo IBGE em 2010 chega a 3,7 milhões de pessoas. 

41 anos de carreira

Joaquim Roriz começou a fazer política em Luziânia na década de 1970, quando se tornou vereador de seu município natal e, em seguida, foi eleito deputado estadual por Goiás. Disputou e venceu a eleições para deputado federal, vice-governador e chegou à prefeitura de Goiânia em 1987,como interventor. Um ano depois, iniciou a carreira em Brasília, quando foi indicado pelo ex-presidente da República José Sarney para governar o Distrito Federal. Em 1990, Roriz disputou e venceu seu primeiro pleito na capital da República. Por uma década e meia, ele manteve um grupo político forte no DF, dando um breve intervalo durante o governo de Cristovam Buarque. O declínio de Roriz começou com a renúncia dele ao Senado.