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terça-feira, 12 de julho de 2011

Afinal, acabou a caça às bruxas?

Preparem suas tochas que a fogueira da Santa Inquisição vai ser acesa. Passaram-se quase dez séculos desde que as primeiras bruxas alimentaram o fogo da intolerância católica, mas não é difícil perceber que os inquisidores estão por toda parte. Com suas tochas acesas, prontas para queimar qualquer um, de preferência qualquer uma, que ousar levantar a voz contra aquilo que é considerado correto.

 Explicando o caso.
 Uma mulher abandonou a filha num saco de lixo no frio de São Paulo. Existe coisa mais trágica que isso? Existe cena mais degradante que essa? Uma criança encontrada no lixo por um cachorro? Se existe, são poucas que se equiparam com o horror que essa cena causa.
 Existe culpado? Sim, a mãe. Ou melhor, a “vaca maldita que só quer saber de dar por aí, que não tem coração, o monstro que pariu essa pobre criança”. Esses impropérios não foram usados diretamente nas matérias veiculadas pela Globo News, mas ficaram subentendidos em cada chamada sobre o caso. Essa pergunta já foi feita milhões de vezes, mas não custa repeti-la: cabe à mídia julgar?
Porém, se não cabe à mídia julgar, embora vejamos juízos de valores implícitos o tempo todo, ainda mais em casos extremos como esse, a quem cabe julgar essa mulher, além da justiça? Não fique espantad@ com a resposta, mas asseguro que ela é verdadeira: ninguém. Guarde seu julgamento moral para você.
Imagem: Cena do filme O processo de Joana D'arc de Robert Bresson (1962). Mulher, herege, louca aos olhos dos conservadores, Joana D'arc foi queimada na fogueira pelo Tribunal da Santa Inquisição.
A Constituição brasileira, aquele livrinho redigido em 1988, assegura que todas as pessoas têm direito de ampla defesa. Ou seja, essa mulher que ninguém conhece, mas sobre as quais recaem os piores sentimentos, tem o direito de apresentar suas motivações, ou a falta delas.
Defender o direito dessa mulher de não ser linchada publicamente não é ser conivente com o abandono de uma criança, no frio de São Paulo ou no calor da Bahia, recém nascida ou aos cinco anos de idade. Defender o direito dessa mulher de ser defendida é tentar mostrar que as mulheres estão há muito tempo pagando uma dívida que não é nossa. É de toda a sociedade. A maternidade tem uma função social e deve ser entendida como assunto de Estado também, além de assunto de homens.
Onde está o pai da criança? Em todas as críticas que recebi por ousar defender o direito dessa mulher de não ser julgada pelos valores pessoais de cada um, em nenhuma apareceu qualquer menção sobre o outro responsável direto por essa criança: o pai. Ou será que essa “vaca maldita” se reproduz por brotamento? Ela pode até ser um monstro sem coração, mas precisa de um par masculino para engravidar.
As pessoas ficam indignadas quando algo tão trágico como uma criança jogada no lixo aparece na mídia. Por outro lado, não percebo tamanha indignação e esforço para cobrar do Estado que ampare as mulheres em sua maternidade.
Não percebo essas pessoas cobrando melhores condições de vida para as mulheres, melhores empregos, salários justos, ou ampliação do número de creches, principalmente, creches 24 horas para as mães trabalhadoras e estudantes. Licença paternidade então, parece assunto proibido. Afinal pai, também tem responsabilidade sobre os filhos, ou seja, eles também precisam cuidar dos filhos, chega dessa responsabilidade ser só da mulher!



Lis Lemos

www.blogueirasfeministas.com
Aos inquisidores de plantão fica a dica: lutem por um mundo que trate homens e mulheres de forma igualitária e guardem sua moral e bons costumes para vocês mesmos.

sábado, 9 de julho de 2011

Violência contra mulher: O Estado tem que meter a colher!!!

Por:Simone Alves (http://www.genteemfoco.blogspot.com/)



A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NÃO É O MUNDO QUE A GENTE QUER!Estas foram palavras de ordem das manifestações feministas em todo o Brasil por muitos anos. Há tempos que a sociedade brasileira anseia por construir uma sociedade mais igualitária e livre do flagelo da violância doméstica.

Pesquisas recentes revelam que cerca de 33% dos entrevistados apontam a violência contra a mulher, dentro e fora de casa, como o problema que mais preocupa a brasileira atualmente.

Lei Maria da Penha entrou em vigor 22 de setembro de 2006, para tentar minimizar a situação, e prever a prisão em flagrante ou preventiva dos agressores além de não deixá-los cumprir penas alternativas, mas sim uma detenção máxima de um a três anos. A lei prever também que o agressor fique longe da mulher e dos filhos.

Em 2001, quando a Fundação Perseu Abramo realizou a primeira investigação com abrangência nacional sobre a vida das mulheres brasileiras, os números já indicavam uma situação alarmante: a cada 15 segundos uma mulher era espancada no Brasil.

Infelizmente os números ainda são muito altos e o problema atinge todas as camadas sociais, contudo, é mais evidente onde a escolaridade é mais baixa e em determinadas regiões do Brasil, como por exemplo norte e nordeste.

Um dos problemas apontados é que as vítimas demoram demais para denunciar seus agressores, seja por medo de serem assassinadas, por que ainda gostam de seus companheiros, por causa de seus filhos ou ainda por não encontrarem o apoio necessário para dar um basta nessa situação humilhante.

Tapas, socos, pontapés e tiros dentro de casa não são novidades nos lares brasileiros. Vistas como "algo natural" ou como um "direito" do homem sobre "sua" mulher, essa situação denunciada pelo movimento feminista, há décadas, começa a ser enfrentada por força de legislação e ações de fortalecimento das mulheres.

Vamos dar um basta a esta atrocidade! 

terça-feira, 22 de março de 2011

Dilma Rousseff convoca III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres


Sob a coordenação da SPM e do CNDM, a conferência será realizada de 12 a 14 de dezembro em Brasília
Sire da SEPM

Nesta terça-feira (15/3), a presidenta da República Dilma Rousseff convocou, por meio de Decreto, publicado no Diário Oficial da União, a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília, nos de 12 a 14 de dezembro. A coordenação da conferência está a cargo da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Seu objetivo é discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero para o fortalecimento econômico, social, cultural e político das mulheres e para a erradicação da pobreza extrema.

A III Conferência adotará o seguinte temário: análise da realidade nacional social, econômica, política, cultural e dos desafios para a construção da igualdade de gênero; e avaliação e aprimoramento das ações e políticas que integram o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e definição de prioridades. Ela será presidida pela ministra da SPM e presidenta do CNDM, Iriny Lopes.

A elaboração de seu regimento é o próximo passo a ser dado.