quarta-feira, 13 de junho de 2012

Agnelo coloca sigilos à disposição da CPI


Numa postura diferente da adotada na terça pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que disse à CPI que não via justificativa para a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), decidiu, voluntariamente, nesta quarta-feira (13) colocar à disposição da comissão os seus sigilos. "Ouvi uma vez de um homem do povo que quem não deve, não teme", afirmou o governador em depoimento à CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (13). Ao anunciar a sua decisão, partidários do petista o aplaudiram efusivamente.
Na tarde desta quarta, Perillo voltou atrás e procurou o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), e colocou à disposição da CPI do Cachoeira seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Araújo disse que a forma como ele foi questionado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), o colocava como investigado e, por isso, não foi possível chegar a esse acordo para fazer a quebra de sigilos do governador goiano. Segundo Araújo, “não há nada a esconder, e o PSDB tem confiança na idoneidade do governador Perillo”.
“Meu patrimônio hoje é bem modesto para um médico com mais de 30 anos de trabalho”, disse. A autorização foi concedida após o governador ter mencionado que está sendo acusado de enriquecimento ilícito. Um dos principais questionamentos da comissão está relacionado à casa que Agnelo e sua mulher adquiriram em 2007.
Após Agnelo oferecer a quebra de sigilo, um requerimento assinado por 16 parlamentares foi entregue à secretaria da CPI. O requerimento deve ser votado amanhã.

O requerimento pede quebra de sigilo dos dois governadores -- Agnelo Queiroz e Marconi Perillo -- nos últimos cinco anos. "Quem for contrário à quebra do sigilo do Perillo e do Agnelo tem que votar amanhã. Agnelo não precisava, porque já colocou à disposição da comissão voluntariamente. Mas, se alguém entender que seja [quebrado] por dez anos, não temos nenhum problema com isso", disse o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos signatários do requerimento.
Falando por cerca de uma hora aos parlamentares, Agnelo disse sofrer perseguição política, criticou a imprensa por divulgar informações que seriam falsas e exaltou feitos do seu governo.

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