sábado, 16 de abril de 2011

Secretária de Educação apoia criação da Universidade Pública


A Câmara Legislativa discutiu em audiência pública, nesta sexta-feira (15), a criação da Universidade Pública do Distrito Federal. A iniciativa, do deputado Wasny de Roure (PT), teve o objetivo de mobilizar os estudantes e estimular o debate entre representantes do GDF, parlamentares e especialistas em educação sobre as diretrizes da nova instituição de ensino superior.

Wasny ressaltou que outros governos já discutiram a criação da universidade, mas, mesmo tendo amparo na Lei Orgânica do Distrito Federal, a idéia não sai do papel. O deputado acha inconcebível que, passados 50 anos da mudança da sede do governo federal para o planalto central, o DF ainda não conte com sua universidade própria.

“Precisamos criar uma verdadeira instituição universitária, preocupada em não apenas difundir conhecimento e preparar profissionais para o mercado de trabalho, mas que se envolva ativamente com as necessidades e expectativas da população, especialmente dos segmentos menos favorecidos”, defendeu Wasny. O deputado disse ainda que está tomando providências para que a área do Clube do Servidor – no SCE Norte, Lotes 1A 1B –, hoje abandonada, venha abrigar a universidade do DF.

Já a secretária de Educação, Regina Gracindo, disse que educação é obrigação do Estado, mas que é preciso discutir as formas de financiamento.  A secretária citou a possibilidade de se criar um fundo, nos moldes do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), para o ensino superior. “A estimativa é que o Brasil precise investir 10% do seu PIB para resgatar sua dívida histórica com a educação”.

O diretor da Faculdade de Ciência da Saúde (ESCS), Mourad Belaciano, apontou a necessidade de a Universidade Pública ser descentralizada. “A sede pode ser no Lago, mas com uma estrutura descentralizada nas cidades do Distrito Federal e articulada com as Secretarias de estado”.

Já o representante dos estudantes do ensino médio, Ricardo Cavalcanti, cobrou a universalização do ensino superior e o fim do vestibular. “Os alunos de escolas públicas concorrem em desvantagem. Precisamos do acesso gratuito à universidade. Para quem não pode pagar, só é garantido o estudo até o ensino médio, depois entramos num funil”.
Os deputados Olair Francisco (PTdoB), Evandro Garla (PRB), Rejane Pitanga (PT) e Celina Leão (PMN) estiveram presentes à audiência manifestaram apoio à criação da nova universidade.
Bruno Sodré de Moraes - Coordenadoria de Comunicação Social

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