Ao menos 100 estudantes passaram a madrugada desta sexta-feira no prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste de São Paulo, invadido na noite de ontem (27) após confronto com a polícia.
Zanone Fraissat /Folhapress | ||
Estudantes encapuzados montam barricada em rua de acesso ao prédio da FFLCH |
Na rua em frente ao prédio os estudantes montaram barricadas com pedras e pedaços de madeira para impedir a aproximação de veículos. Eles também montaram um barraquinha com isopores para a venda de cerveja e gelatina de vodca.
Na madrugada desta sexta-feira, o DCE-Livre (Diretório Central de Estudantes) da USP divulgou em um blog um texto em repúdio à presença da polícia na Cidade Universitária, alegando que ela não resolve o problema de segurança do campus.
Zanone Fraissat /Folhapress | ||
Venda de cerveja e gelatina de vodca no prédio da administração da FFLCH após ocupação de alunos |
CONFRONTO
Na noite de quinta, um grupo de cerca de 300 alunos entrou em confronto com policiais ao tentar impedir que estes detivessem três estudantes pegos fumando maconha dentro de um carro no campus.
Segundo Diana Assunção, do sindicato dos trabalhadores da USP, a repressão foi violenta, com cassetetes, gás pimenta, além das bombas de efeito moral. Ela disse que alguns alunos se feriram.
A PM afirma que conteve a manifestação sem violência e que só houve confronto porque os estudantes atacaram um carro em que estava um delegado. Segundo a corporação, três policiais ficaram feridos e cinco viaturas foram danificadas.
Luiza Sigulem/Folhapress | ||
Estudante sobe em carro da polícia após prisão de alunos no campus da USP |
Após o tumulto, os três jovens pegos com a maconha foram levados para a delegacia. Eles assinariam um termo circunstanciado e foram liberados no início da madrugada, já que a droga era para uso pessoal.
Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há 50 dias.
As rondas diárias começaram após a assinatura de um convênio entre a corporação e a USP para tentar reduzir a criminalidade na Cidade Universitária. Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, morreu vítima de um tiro numa tentativa de roubo.
Fonte: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é importante!