quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cuba: 50 verdades que Yoani ocultará

Do Opera Mundi - A famosa opositora está realizando uma turnê mundial de 80 dias em cerca de doze países do mundo para falar sobre Cuba. Mas não dirá tudo...

1. O artigo 1705 da Lei Torricelli, de 1992, adotada pelo Congresso norte-americano, estipula que: “Os Estados Unidos fornecerão apoio a organizações não-governamentais apropriadas, para apoiar indivíduos e organizações que promovam uma mudança democrática não-violenta em Cuba”.

2. O artigo 109 da Lei Helms-Burton, de 1993, aprovada pelo Congresso, confirma essa política: “O Presidente [dos EUA] está autorizado a proporcionar assistência e oferecer todo tipo de apoio a indivíduos e organizações não-governamentais independentes para apoiar os esforços com vistas a construir a democracia em Cuba”.

3. A agência espanhola EFE fala de “opositores pagos pelos EUA” em Cuba.

4. Segundo a agência britânica Reuters, “o governo norte-americano proporciona abertamente apoio financeiro federal para as atividades dos dissidentes”.

5. A agência de notícias norte-americana The Associated Press reconhece que a política de financiar a dissidência interna em Cuba não é nova: “Há muitos anos, o governo dos EUA vem gastando milhões de dólares para apoiar a oposição cubana”.

6. Jonathan D. Farrar, ex-chefe da Seção de Interesses Norte-americanos em Havana (SINA), revelou que alguns aliados dos EUA, como o Canadá, não compartilham da política de Washington: “Nossos colegas canadenses nos perguntaram o seguinte: Por acaso alguém que aceita dinheiro dos EUA deve ser considerado um preso político?”

7. Para Farrar, “Nenhum dissidente tem uma visão política que poderia ser aplicada em um futuro governo. Ainda que os dissidentes não admitam, são muito pouco conhecidos em Cuba fora do corpo diplomático e midiático estrangeiro […]. É pouco provável que desempenhem um papel significativo em um governo que sucederia ao dos irmãos Castro”.

8. Farrar afirmou que “os representantes da União Europeia desqualificaram os dissidentes nos mesmos termos que os do governo de Cuba, insistindo no fato de que não representam a ninguém”.

9. Cuba dispõe da taxa de mortalidade infantil (4,6 por mil) mais baixa do continente americano – incluindo Canadá e EUA – e do terceiro mundo.

10. A American Association for World Health, cujo presidente de honra é Jimmy Carter, aponta que o sistema de saúde de Cuba é “considerado de modo uniforme como o modelo preeminente para o terceiro mundo”.

11. A American Association for World Health aponta que “não há barreiras raciais que impeçam o acesso à saúde” e ressalta “o exemplo oferecido por Cuba, o exemplo de um país com a vontade política de fornecer uma boa atenção médica a todos os cidadãos”.

12. Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total), Cuba é, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a nação melhor dotada do mundo neste setor.

13. Segundo a New England Journal of Medicine, a mais prestigiada revista médica do mundo, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito […]. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA.

14. Segundo o Escritório de Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que se encontra entre as dez primeiras nações do mundo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano sobre três critérios, expectativa de vida, educação e nível de vida durante a última década.

15. Segundo a Unesco, Cuba dispõe da taxa de analfabetismo mais baixa e da taxa de escolarização mais alta da América Latina.

16. Segundo a Unesco, um aluno cubano tem o dobro de conhecimentos do que uma criança latino-americana. O organismo enfatiza que “Cuba, ainda que seja um dos países mais pobres da América Latina, dispõe dos melhores resultados quanto à educação básica”.

17. Um informe da Unesco sobre a educação em 13 países da América Latina classifica Cuba como a primeira em todos os aspectos.

18. Segundo a Unesco, Cuba ocupa o décimo sexto lugar do mundo – o primeiro do continente americano – no Índice de Desenvolvimento da Educação para todos (IDE), que avalia o ensino primário universal, a alfabetização dos adultos, a paridade e a igualdade dos sexos, assim como a qualidade da educação. A título de comparação, EUA está classificado em 25° lugar.

19. Segundo a Unesco, Cuba é a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional à educação, com cerca de 13% do PIB.

20. A Escola Latino-americana de Medicina de Havana é uma das mais prestigiadas do continente americano e já formou dezenas de milhares de profissionais da saúde de mais de 123 países do mundo.

21. O Unicef enfatiza que “Cuba é um exemplo na proteção da infância”.

22. Segundo Juan José Ortiz, representante da Unicef em Havana, em Cuba “não há nenhuma criança nas ruas. Em Cuba, as crianças ainda são uma prioridade e, por isso, não sofrem as carências de milhões de crianças da América Latina, que trabalham, são exploradas ou caem nas redes de prostituição”.

23. Segundo o Unicef, Cuba é um “paraíso para a infância na América Latina”.

24. O Unicef ressalta que Cuba é o único país da América Latina e do terceiro mundo que erradicou a desnutrição infantil.

25. A organização não governamental Save the Children coloca Cuba no primeiro lugar entre os países em desenvolvimento no quesito condições de maternidade, à frente de Argentina, Israel ou Coreia do Sul.

26. A primeira vacina do mundo contra o câncer de pulmão, a Cimavax-EGF, foi elaborada por pesquisadores cubanos do Centro de Imunologia Molecular de Havana.

27. Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, cerca de 132 mil médicos cubanos e outros profissionais da saúde colaboram voluntariamente em 102 países.

28. Ao todo, os médicos cubanos atenderam mais de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas em todo o planeta.

29. Atualmente, 38.868 colaboradores sanitários cubanos, entre eles 15.407 médicos, oferecem seus serviços em 66 nações.

30. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) “um dos exemplos mais exitosos da cooperação entre cubana com o Terceiro Mundo tem sido o Programa Integral de Saúde América Central, Caribe e África”.

31. Em 2012, Cuba formou mais de 11 mil novos médicos: 5.315 são cubanos e 5.694 são de 69 países da América Latina, África, Ásia… e inclusive dos Estados Unidos.

32. Em 2005, com a tragédia causada pelo furacão Katrina em Nova Orleans, Cuba ofereceu a Washington 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente da época, George W. Bush, rejeitou a oferta.

33. Depois do terremoto que destruiu o Paquistão em novembro de 2005, 2.564 médicos cubanos atenderam as vítimas durante mais de oito meses. Foram montados 32 hospitais de campanha, entregues prontamente às autoridades do país. Mais de 1,8 milhões de pacientes foram tratados e 2.086 vidas foram salvas. Nenhuma outra nação ofereceu uma ajuda tão importante, nem sequer os EUA, principal aliado de Islamabad. Segundo o jornal britânico The Independent, a brigada médica cubana foi a primeira a chegar e a última a deixar o país.

34. Depois do terremoto no Haiti, em janeiro de 2012, a brigada médica cubana, presente desde 1998, foi a primeira a atender a população e curou mais de 40% das vítimas.

35. Segundo Paul Farmer, enviado especial da ONU, em dezembro de 2012, quando a epidemia de cólera alcançou seu ápice no Haiti com uma taxa de mortalidade sem precedentes e o mundo voltava sua atenção para outro lado, a “metade das ONG já tinham se retirado, enquanto os Cubanos ainda estavam presentes”.

36. Segundo o PNUD, a ajuda humanitária cubana representa, proporcionalmente ao PIB, uma porcentagem superior à media das 18 nações mais desenvolvidas.

37. Graças à Operação Milagre, lançada por Cuba e Venezuela em 2004, e que consiste em operar gratuitamente as populações pobres vítimas de cataratas e outras doenças oculares, mais de dois milhões de pessoas procedentes de 35 países puderam recuperar a visão.

38. O programa de alfabetização cubano "Yo, sí puedo", lançado em 2003, já permitiu que mais de cinco milhões de pessoas de 28 países diferentes, incluindo da Espanha e da Austrália, aprendessem a ler, escrever e a somar.

39. Desde a criação do Programa humanitário Tarará, em 1990, em resposta à catástrofe nuclear de Chernobil, cerca de 30 mil crianças 5 e 15 anos foram tratadas gratuitamente em Cuba.

40. Segundo Elías Carranza, diretor do Instituto Latinoamericano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente, Cuba erradicou a exclusão social graças “a grandes conquistas na redução da criminalidade”. Trata-se do “país mais seguro da região, [enquanto que] a situação em relação aos crimes e à falta de segurança em escala continental se deteriorou nas últimas três décadas com o aumento do número de mortes nas prisões e no exterior”.

41. Em relação ao sistema de Defesa Civil cubano, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador norte-americano em Cuba, aponta em um informe que “não há nenhuma dúvida quando à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 furacões mais importantes que atingiram a ilha na última década, e a propabilidade de se perder a vida em um furacão nos EUA é 15 vezes maior do que em Cuba”.

42. O informe da ONU sobre “O estado da insegurança alimentar no mundo 2012” aponta que os únicos países que erradicaram a fome na América Latina são Cuba, Chile, Venezuela e Uruguai.

43. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), “as medidas aplicadas por Cuba na atualização de seu modelo econômico com vistas a conseguir a soberania alimentar podem se converter em um exemplo para a humanidade”.

44. Segundo o Banco Mundial, “Cuba é reconhecida internacionalmente por seus êxitos no campo da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maioria dos países em vias de desenvolvimento e, em alguns setores, é comparável ao de países desenvolvidos”.

45. O Fundo das Nações Unidas para a População salienta que Cuba “adotou, há mais de meio século, programas sociais muito avançados, que permitiram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”.

45. Desde 1959, e da chegada de Fidel Castro ao poder, nenhum jornalista foi assassinado em Cuba. O último que perdeu a vida foi Carlos Bastidas Argüello, assassinado pelo regime militar de Batista em 13 de maio de 1958.

47. Segundo o informe de 2012 da Anistia Internacional, Cuba é um dos países da América que menos viola os direitos humanos.

48. Segundo a Anistia Internacional, as violações de direitos humanos são mais graves nos EUA do que em Cuba.

49. Segundo a Anistia Internacional, atualmente, não há nenhum preso político em Cuba.

50. O único país do continente americano que não mantém relações diplomáticas e comerciais normais com Cuba são os EUA.

* Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se intitula Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba, Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.

Derrotado, Barbosa fala em "alerta ao Congresso"

Por Ana Flor
28 Fev (Reuters) - A votação do Supremo Tribunal Federal que derrubou a liminar que obrigava os parlamentares a apreciar vetos do Executivo em ordem cronológica foi um "alerta ao Congresso", que não poderá mais se furtar à obrigação de avaliar vetos, disse nesta quinta o presidente do STF, Joaquim Barbosa.

Segundo a Constituição, o veto presidencial que chega ao Congresso precisa ser votado em 30 dias, ou passa a trancar a pauta --regra que não é obedecida pelos parlamentares.

Apesar de na prática a derrubada da liminar dar liberdade para o parlamento continuar com o mesmo sistema de avaliar ou não os vetos que deseja, o Supremo indicou que deve analisar ainda neste semestre a obrigatoriedade da votação dos votos em 30 dias. Nos últimos 13 anos, o Congresso deixou de votar mais de 3 mil vetos.

"A liminar (foi derrubada porque) não era o instrumento adequado", disse Barbosa. "A decisão de ontem foi preliminar, foi de alerta ao Congresso", acrescentou o presidente do Supremo em entrevista a correspondentes internacionais em Brasília.

Na quarta-feira, o plenário do STF derrubou liminar do ministro Luiz Fux que obrigava o Congresso a analisar os vetos pendentes de forma cronológica. O Supremo, no entanto, não decidiu sobre como o Congresso fará para apreciar os 3 mil vetos pendentes.

Mesmo ministros que votaram pela derrubada da liminar de Fux ressaltaram que o procedimento do Congresso de não avaliar os vetos do Executivo é inconstitucional.

Para Barbosa, o Congresso precisa retomar essa obrigação constitucional.

"Num sistema presidencial de governo sob o qual vivemos, o instituto do veto é crucial. O presidente da República exerce direito de veto, veta legislação muitas vezes inconstitucional, que não é do interesse nacional, legislação maluca votada no Congresso", disse Barbosa.

"O Congresso tem o poder de rever este veto, derrubar este veto, mas o nosso Congresso não faz isso, não faz há 13 anos", acrescentou. "O que se vê no Congresso é a incapacidade de tomar decisões que são próprias de qualquer Legislativo."

A polêmica sobre essas votações se iniciou com a decisão de parlamentares de derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff à lei que modificava a distribuição dos royalties do petróleo. Parlamentares do Rio, um dos Estados produtores e que seria prejudicado com a derrubada do veto, foram ao STF.

POLÍTICO PROFISSIONAL

Barbosa voltou a negar intenções de concorrer à Presidência da República, afirmando não ter o perfil. Perguntado sobre o porquê de a população lembrar do nome dele para comandar o país, Barbosa disse que há um cansaço com a atual política.

"A sociedade está cansada dos políticos tradicionais, dos políticos profissionais", disse.
Questionado como definiria um "político profissional", Barbosa afirmou: "é muito simples. Nós temos parlamentares aí que estão há 30, 40 anos no Congresso, ininterruptamente. E aqui ninguém jamais pensou em estabelecer 'term limit' (limitação no número de mandatos em reeleição)."

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), com quem Barbosa se encontrou há poucos dias, completou 42 anos de Casa este ano.
(Reportagem adicional de Peter Murphy)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PT-DF manifesta apoio ao governador Agnelo pelas ações de controle das empresas do Grupo Amaral

O PT-DF manifesta seu apoio às medidas corajosas adotadas pelo governador Agnelo com vistas a assumir o controle operacional das empresas de ônibus vinculados ao Grupo Amaral


O PT-DF manifesta seu apoio às medidas corajosas adotadas pelo governador Agnelo com vistas a assumir o controle operacional das empresas de ônibus vinculados ao Grupo Amaral

O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal manifesta seu apoio às medidas corajosas adotadas pelo governador Agnelo com vistas a assumir o controle operacional das empresas de ônibus vinculados ao Grupo Amaral (Rápido Brasília, Rápido Veneza e Viva Brasília).
 
Com as medidas de controle operacional, administrativo e financeiro anunciadas nesta amanhã o governo Agnelo consolida mais um passo para o objetivo de promover uma profunda mudança nos serviços de transporte público do DF. A medida também representa mais segurança aos usuários dos serviços de transporte das cidades de São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Planaltina e Sobradinho.
 
A licitação para a troca das empresas operadoras dos ônibus e a renovação da frota; a assunção do sistema de bilhetagem e da empresa Fácil; a normalização dos serviços de cadastramento e acesso ao passe estudantil; e agora o controle operacional das empresas do Grupo Amaral representa uma vontade política do nosso governo de quebrar o cartel dos tubarões do transporte e oferecer ao povo trabalhador condições mínimas de um serviço decente.
 
Cumprimentamos o governador Agnelo também pelo diálogo e pelos compromissos assumidos com os trabalhadores dessas empresas. De acordo com o GDF não haverá demissões; os encargos e as obrigações trabalhistas serão rigorosamente cumpridas; e os acordos e os benefícios salariais estão mantidos. O Sindicato dos Rodoviários do DF acompanha todo o processo que culminou na adoção das medidas de controle das empresas do Grupo e manifestou publicamente o apoio da categoria às ações empreendidas pelo governador.
 
O PT/DF orienta a sua militância para a defesa das medidas anunciadas hoje junto aos trabalhadores do DF. As mudanças no sistema de transporte coletivo do DF dependem do nosso engajamento político e da luta social dos milhares de trabalhadores e usuários dos serviços.
 
Brasília, 25 de fevereiro de 2013
Partido dos Trabalhadores do DF
Comissão Executiva Regional

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Nota da Deputada Érika Kokay

NOTA

Com relação à participação de servidor do meu gabinete nas manifestações contra a blogueira Yoani Sanchez no início da tarde de ontem (quarta-feira, 20/2), venho a esclarecer que:

1. O servidor não estava em horário de trabalho.

2. Eu, que tanto enfrentei a ditadura militar, tenho clareza sobre a importância de se assegurar a liberdade de expressão, que deve servir para todos, tanto para a blogueira cubana como para qualquer cidadão.

Segurança Pública: Ação Pela Vida em Samambaia

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Repórter: Élton Skartazini

Nesta quinta feira, 21/02/2013, agentes de segurança pública se reuniram com o administrador Risomar Carvalho e equipe, no auditório da Administração Regional de Samambaia, para discutir estratégias de enfrentamento à violência na região. Roubos, furtos, sequestros e assaltos deixam a população em situação de risco. “Melhoramos o plano de enfrentamento com base nos índices e ocorrências”, explica o major Pablo, assessor da SIOSP, Secretaria de Segurança/GDF.

Segundo o delegado da Policia Civil Adval Matos, “as organizações policiais estão unidas como se fossem parte da mesma organização, com a mesma fi8nalidade: combater o crime”. Para o major Pablo Santos, comandante da CPRO, “há uma elevação evidente nos índices de violência envolvendo menores beneficiados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso as polícias estão com defasagem operacional com a falta dos agentes que vão pra reserva”.

Tenho debatido o tema com o governador Agnelo Queiroz, com o vice Tadeu Filippelli e com vários parlamentares sensíveis às questões. Samambaia cresce a olhos vistos, gera riquezas, atrai a classe média e junto vem os marginais e a violência. Precisamos aumentar a eficiência das policias para dar segurança à população”, disse o administrador Risomar Carvalho.

A DF 180 é apontada como rota favorável à criminalidade. O excesso de postos policiais são considerados contraproducentes à segurança pública. A reprogramação da escala de serviço dos policiais pode gerar melhorias. Samambaia tem reduzido a violência investindo na Iluminação Pública e nas vias de acesso.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ninguém precisa receber dossiês para saber quem é Yaoni Sánchez, diz dirigente do PT

Valter Pomar afirma que blogueira cubana não tem relevância e busca apenas repercussão midiática.


O dirigente nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, falou ao Portal do PT sobre a visita da blogueira cubana Yoani Sánchez e as acusações de veículos da mídia na tentativa de envolver o PT em uma suposta “conspiração” contra ela.
Pomar afirma que a ativista cubana busca repercussão midiática e que ela não tem relevância que justifique a realização de atos contra a sua presença no Brasil. Para ele seria melhor a tática de insistir para que Sánchez respondesse a uma série de perguntas demolidoras que colocam em cheque as suas ações e revelam a sua real posição política. 

Confira abaixo a entrevista com o dirigente petista:
Parte da mídia tem repercutido reportagem de uma revista, na qual se afirma que o PT teria sido convidado a participar de uma reunião na Embaixada de Cuba, onde teria sido distribuído um “dossiê” contra a blogueira e se articulado uma campanha contra a presença da blogueira cubanaYoani Sánchez no Brasil. Isto é verdade? 

Não, não é verdade. O PT não foi convidado, nem participou de nenhuma reunião com este propósito. Aliás, ninguém precisa receber dossiês para saber quem é Yoani Sánchez. Basta ler o que publicou a respeito dela a revista Veja, por um lado, e o site Opera Mundi, por outro lado. Alias, recomendo ler as 40 perguntas de Lamrani Salim para Yoani Sánchez em sua turnê mundial ( http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/27260/40+perguntas+para+yoani+sanchez+em+sua+turne+mundial.shtml). É demolidor. 

De toda forma, a passagem dela pelo Brasil tem provocado vários protestos e a grande mídia insiste em citar o PT, ou militantes petistas, como parte das manifestações contrárias à presença dela em nosso País. Qual a sua posição?
Esta senhora está fazendo uma tourné mundial. O que ela mais deseja é repercussão mídiatica. Acho que ela não tem relevância que justifique fazer atos contra a presença dela. Na minha opinião, não compensa. Até porque alguns desses atos podem acabar ajudando a mídia a apresentá-la como uma frágil vítima de gente que a estaria impedindo de falar. Penso que compensa muito mais insistir que ela responda as tais 40 perguntas que já citei, todas de autoria de Lamrani Salim. Por exemplo: Quem organiza e financia sua turnê mundial? Quem se esconde atrás de seu site desdecuba.net, cujo servidor está hospedado na Alemanha pela empresa Cronos AG Regensburg, registrado sob o nome de Josef Biechele, que hospeda também sites de extrema direita?  Como pôde fazer seu registro de domínio por meio da empresa norte-americana GoDady, já que isto está formalmente proibido pela legislação sobre as sanções econômicas? Por que cerca de seus 50 mil seguidores são na verdade contas fantasmas ou inativas? Você continua pensando que “havia uma liberdade de imprensa plural e aberta, programas de rádio de toda tendência política” sob a ditadura de Fulgencio Batista entre 1952 e 1958? 

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) tem participado de atividades com a presença da blogueira. Como vê essa participação?
O senador é maior de idade e vacinado, logo penso que ele não corre perigo. Como dirigente petista, acho um erro. E como seu eleitor, é claro que lamento profundamente que ele empreste sua credibilidade para uma pessoa como Yoani Sanchez. Espero, contudo, que Suplicy use suas táticas Columbo e consiga dela as respostas para perguntas tão simples como as que fez Lamrani Salim. Espero, especialmente, que Suplicy pegunte para Yoani se ela condena a imposição de sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba? Se ela está a favor da extradição de Luis Posada Carriles, exilado cubano e ex-agente da CIA, responsável por mais de uma centena de assassinatos, que reconheceu publicamente seus crimes e que vive livremente em Miami graças à proteção de Washington? Se ela está a favor da devolução da base naval de Guantánamo que os Estados Unidos ocupam? Se ela é favorável à libertação dos cinco presos políticos cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998 por se infiltrarem em organizações terroristas do exílio cubano na Florida? Quem sabe Suplicy não consegue dela as respostas para isto. Seria um grande favor que ele prestaria a verdade e, por tabela, a Cuba. Claro que, neste caso, a revista Veja acusaria o PT de ter conspirado contra a presença de Yoani, destacando Suplicy para acompanhá-la.
(Geraldo Ferreira - Portal do PT)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A entrevista de Leonardo Boff sobre Bento XVI que a Folha não publicou



18/02/2013

Leonardo Boff,

Dei generosamente uma entrevista à Folha de São Paulo que quase não aproveitou nada do que disse e escrevi. Então, publico a entrevista inteira a seguir para reflexão e discussão entre os interessados pelas coisas da Igreja Católica. As perguntas foram reordenadas.

1. Como o Sr. recebeu a renúncia de Bento XVI?
Eu, desde o principio, sentia muita pena dele, pois pelo que o conhecia, especialmente em sua timidez, imaginava o esforço que devia fazer para saudar o povo, abraçar pessoas, beijar crianças. Eu tinha certeza de que um dia ele aproveitaria alguma ocasião sensata, como os limites físicos de sua saúde e o menor vigor mental, para renunciar. Embora mostrou-se um Papa autoritário, não era apegado ao cargo de Papa. Eu fiquei aliviado, porque a Igreja está sem liderança espiritual que suscite esperança e ânimo. Precisamos de um outro perfil de Papa mais pastor que professor, não um homem da instituição-Igreja, mas um representante de Jesus que disse: “se alguém vem a mim eu não mandarei embora” (Evangelho de João 6,37), podia ser um homoafetivo, uma prostituta, um transexual.

2. Como é a personalidade de Bento XVI já que o Sr. privou de certa amizade com ele?
Conheci Bento XVI nos meus anos de estudo na Alemanha entre 1965-1970. Ouvi muitas conferências dele, mas não fui aluno dele. Ele leu minha tese doutoral: "O lugar da Igreja no mudo secularizado” e gostou muito a ponto de achar uma editora para publicá-la, um calhamaço de mais de 500 páginas. Depois trabalhamos juntos na revista internacional Concilium, cujos diretores se reuniam todos os anos na semana de Pentecostes em algum lugar na Europa. Eu a editava em português. Isso entre 1975-1980. Enquanto os outros faziam sesta, eu e ele passeávamos e conversávamos temas de teologia, sobre a fé na América Latina, especialmente sobre São Boaventura e Santo Agostinho, do quais é especialista e eu até hoje os frequento a miúde.
Depois, em 1984, nos encontramos num momento conflitivo: ele como meu julgador no processo do ex-Santo Ofício, movido contra meu livro “Igreja: carisma e poder” (Vozes 1981). Ai tive que sentar na cadeirinha onde Galileo Galilei e Giordano Bruno, entre outros, sentaram. Submeteu-me a um tempo de “silêncio obsequioso”; tive que deixar a cátedra e fui proibido de publicar qualquer coisa. Depois disso nunca mais nos encontramos. Como pessoa é finíssimo, tímido e extremamente inteligente.

3. Ele como Cardeal foi o seu Inquisidor depois de ter sido seu amigo: como viu esta situação?
Quando foi nomeado Presidente da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Inquisição) fiquei sumamente feliz. Pensava com meus botões: finalmente teremos um teólogo à frente de uma instituição com a pior fama que se possa imaginar. Quinze dias após me respondeu, agradecendo e disse: vejo que há várias pendências suas aqui na Congregação e temos que resolvê-las logo. É que praticamente a cada livro que publicava vinham de Roma perguntas de esclarecimento que eu demorava em responder. Nada vem de Roma sem antes de ter sido enviado a Roma.
Havia aqui bispos conservadores e perseguidores de teólogos da libertação que enviavam as queixas de sua ignorância teológica a Roma a pretexto de que minha teologia poderia fazer mal aos fiéis. Ai eu me dei conta: ele já foi contaminado pelo bacilo romano que faz com que todos os que ai trabalham no Vaticano rapidamente encontrem mil razões para serem moderados e até conservadores. Então, sim, fiquei mais que surpreso, verdadeiramente decepcionado.

4. Como o Sr. recebeu a punição do “silêncio obsequioso”?
Após o interrogatório e a leitura de minha defesa escrita, que está como adendo da nova edição de “Igreja: carisma e poder” (Record 2008), são 13 cardeais que opinam e decidem. Ratzinger é um apenas entre eles. Depois submetem a decisão ao Papa. Creio que ele foi voto vencido, porque conhecia outros livros meus de teologia, traduzidos para alemão, e me havia dito que tinha gostado deles, até, uma vez, diante do Papa numa audiência em Roma fez uma referência elogiosa. Eu recebi o “silêncio obsequioso” como um cristão ligado à Igreja o faria: calmamente o acolhi. Lembro que disse: “é melhor caminhar com a Igreja que sozinho com minha teologia”. Para mim foi relativamente fácil aceitar a imposição, porque a Presidência da CNBB me havia sempre apoiado e dois Cardeais, Dom Aloysio Lorscheider e Dom Paulo Evaristo Arns, me acompanharam a Roma e depois participaram, numa segunda parte, do diálogo com o Cardeal Ratzinger e comigo. Ai éramos três contra um. Colocamos algumas vezes o Cardeal Ratzinger em certo constrangimento, pois os cardeais brasileiros lhe asseguravam que as críticas contra a teologia da libertação que ele fizera num documento saído recentemente eram eco dos detratores e não uma análise objetiva. E pediram um novo documento positivo; ele acolheu a ideia e realmente o fez dois anos após. E até pediram a mim e ao meu irmão teólogo Clodovis, que estava em Roma, que escrevêssemos um esquema e o entregássemos na Sagrada Congregação. E num dia e numa noite o fizemos e o entregamos.

5. O Sr deixou a Igreja em 1992. Guardou alguma mágoa de todo o affaire no Vaticano?
Eu nunca deixei a Igreja. Deixei uma função dentro dela, que é de padre. Continuei como teólogo e professor de teologia em várias cátedras aqui e fora do país. Quem entende a lógica de um sistema autoritário e fechado, que pouco se abre ao mundo, não cultiva o diálogo e a troca (os sistemas vivos vivem na medida em que se abrem e trocam), sabe que se alguém, como eu, não se alinhar totalmente a tal sistema, será vigiado, controlado e eventualmente punido. É semelhante aos regime de segurança nacional que temos conhecido na América Latina sob os regimes militares no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai. Dentro desta lógica, o então Presidente da Congregação da Doutrina da Fé (ex-Santo Oficio, ex-Inquisição), o Cardeal J. Ratzinger, condenou, silenciou, depôs de cátedra ou transferiu mais de cem teólogos. Do Brasil fomos dois: a teóloga Ivone Gebara e eu. Em razão de entender a referida lógica, e lamentá-la, sei que eles estão condenados a fazer o que fazem na maior das boas vontades. Mas como dizia Blaise Pascal: “Nunca se faz tão perfeitamente o mal como quando se faz de boa vontade”. Só que esta boa vontade não é boa, pois cria vítimas. Não guardo nenhuma mágoa ou ressentimento, pois exerci compaixão e misericórdia por aqueles que se movem dentro daquela lógica que, a meu ver, está a quilômetros luz da prática de Jesus. Aliás é coisa do século passado, já passado. E evito voltar a isso.

6. Como o Sr. avalia o pontificado de Bento XVI? Soube gerenciar as crises internas e externas da Igreja?
Bento XVI foi um eminente teólogo, mas um Papa frustrado. Não tinha o carisma de direção e de animação da comunidade, como tinha João Paulo II. Infelizmente ele será estigmatizado, de forma reducionista, como o Papa onde grassaram os pedófilos, onde os homoafetivos não tiveram reconhecimento e as mulheres foram humilhadas como nos EUA, negando o direito de cidadania a uma teologia feita a partir do gênero. E também entrará na história como o Papa que censurou pesadamente a Teologia da Libertação, interpretada à luz de seus detratores, e não à luz das práticas pastorais e libertadoras de bispos, padres, teólogos, religiosos/as e leigos que fizeram uma séria opção pelos pobres contra a pobreza e a favor da vida e da liberdade. Por esta causa justa e nobre foram incompreendidos por seus irmãos de fé, e muitos deles presos, torturados e mortos pelos órgãos de segurança do Estado militar. Entre eles estavam bispos como Dom Angelelli, da Argentina, e Dom Oscar Romero, de El Salvador. Dom Helder foi o mártir que não mataram. Mas a Igreja é maior que seus papas e ela continuará, entre sombras e luzes, a prestar um serviço à humanidade, no sentido de manter viva a memória de Jesus, de oferecer uma fonte possível de sentido de vida que vai para além desta vida. Hoje sabemos pelo Vatileaks que dentro da Cúria romana se trava uma feroz disputa de poder, especialmente entre o atual Secretário de Estado Bertone e o ex-secretário Sodano, já emérito. Ambos têm seus aliados. Bertone, aproveitando as limitações do Papa, construiu praticamente um governo paralelo. Os escândalos de vazamento de documentos secretos da mesa do Papa e do Banco do Vaticano, usado pelos milionários italianos, alguns da mafia, para lavar dinheiro e mandá-lo para fora, abalaram muito o Papa. Ele foi se isolando cada vez mais. Sua renúncia se deve aos limites da idade e das enfermidades, mas foram agravadas por estas crises internas que o enfraqueceram e que ele não soube ou não pode atalhar a tempo.

7. O Papa João XXIII disse que a Igreja não pode virar um museu, mas uma casa com janelas e portas abertas. O Sr. acha que Bento XVI não tentou transformar a Igreja novamente em algo como um museu?
Bento XVI é um nostálgico da síntese medieval. Ele reintroduziu o latim na missa, escolheu vestimentas de papas renascentistas e de outros tempos passados, manteve os hábitos e os cerimoniais palacianos; para quem iria comungar, oferecia primeiro o anel papal para ser beijado e depois dava a hóstia, coisa que nunca mais se fazia. Sua visão era restauracionista e saudosista de uma síntese entre cultura e fé, que existe muito visível em sua terra natal, a Baviera, coisa que ele explicitamente comentava. Quando na Universidade, onde ele estudou e eu também, em Munique, viu um cartaz me anunciando como professor visitante para dar aulas sobre as novas fronteiras da teologia da libertação, pediu ao reitor que protelasse esse dia, o convite já acertado. Seus ídolos teológicos são Santo Agostinho e São Boaventura, que mantiveram sempre uma desconfiança de tudo o que vinha do mundo, contaminado pelo pecado e necessitado de ser resgatado pela Igreja. É uma das razões que explicam sua oposição à modernidade, que a vê sob a ótica do secularismo e do relativismo e fora do campo de influência do cristianismo que ajudou a formar a Europa.

8. A igreja vai mudar, em sua opinião, a doutrina sobre o uso de preservativos e em geral a moral sexual?
A Igreja deverá manter as suas convicções, algumas que estima irrenunciáveis como a questão do aborto e da não manipulação da vida. Mas deveria renunciar ao status de exclusividade, como se fora a única portadora da verdade. Ela deve se entender dentro do espaço democrático, no qual sua voz se faz ouvir junto com outras vozes. E as respeita e até se dispõe a aprender delas. E quando derrotada em seus pontos de vista, deveria oferecer sua experiência e tradição para melhorar onde puder melhorar e tornar mais leve o peso da existência. No fundo, ela precisa ser mais humana, humilde e ter mais fé, no sentido de não ter medo. O que se opõe à fé não é o ateísmo, mas o medo. O medo paralisa e isola as pessoas das outras pessoas. A Igreja precisa caminhar junto com a humanidade, porque a humanidade é o verdadeiro Povo de Deus. Ela o mostra mais conscientemente, mas não se apropria com exclusividade desta realidade.

9. O que um futuro Papa deveria fazer para evitar a emigração de tantos fiéis para outras igrejas, e especialmente pentecostais?
Bento XVI freou a renovação da Igreja incentivada pelo Concílio Vaticano II. Ele não aceita que na Igreja haja rupturas. Assim que preferiu uma visão linear, reforçando a tradição. Ocorre que a tradição a partir dos séculos XVIII e XIX se opôs a todas as conquistas modernas, da democracia, da liberdade religiosa e outros direitos. Ele tentou reduzir a Igreja a uma fortaleza contra estas modernidades. E via no Vaticano II o cavalo de Troia por onde elas poderiam entrar. Não negou o Vaticano II, mas o interpretou à luz do Vaticano I, que é todo centrado na figura do Papa com poder monárquico, absolutista e infalível. Assim se produziu uma grande centralização de tudo em Roma sob a direção do Papa que, coitado, tem que dirigir uma população católica do tamanho da China. Tal opção trouxe grande conflito na Igreja até entre inteiros episcopados, como o alemão e francês, e contaminou a atmosfera interna da Igreja com suspeitas, criação de grupos, emigração de muitos católicos da comunidade e acusações de relativismo e magistério paralelo. Em outras palavras, na Igreja não se vivia mais a fraternidade franca e aberta, um lar espiritual comum a todos. O perfil do próximo Papa, no meu entender, não deveria ser o de um homem do poder e da instituição. Onde há poder, inexiste amor e desaparece a misericórdia. Deveria ser um pastor, próximo dos fiéis e de todos os seres humanos, pouco importa a sua situação moral, étnica e política. Deveria tomar como lema a frase de Jesus que já citei anteriormente: “Se alguém vem a mim, eu não o mandarei embora”, pois acolhia a todos, desde uma prostituta como Madalena até um teólogo como Nicodemos.
Não deveria ser um homem do Ocidente que já é visto como um acidente na história. Mas um homem do vasto mundo globalizado, sentindo a paixão dos sofredores e o grito da Terra devastada pela voracidade consumista. Não deveria ser um homem de certezas, mas alguém que estimulasse a todos a buscarem os melhores caminhos. Logicamente se orientaria pelo Evangelho, mas sem espírito proselitista, com a consciência de que o Espírito chega sempre antes do missionário e o Verbo ilumina a todos que vêm a este mundo, como diz o evangelista São João. Deveria ser um homem profundamente espiritual e aberto a todos os caminhos religiosos, para juntos manterem viva a chama sagrada que existe em cada pessoa: a misteriosa presença de Deus. E, por fim, um homem de profunda bondade, no estilo do Papa João XXIII, com ternura para com os humildes e com firmeza profética para denunciar quem promove a exploração e faz da violência e da guerra instrumentos de dominação dos outros e do mundo. Que nas negociações que os cardeais fazem no conclave e nas tensões das tendências, prevaleça um nome com semelhante perfil. Como age o Espírito Santo ai é mistério. Ele não tem outra voz e outra cabeça do que aquela dos cardeais. Que o Espírito não lhes falte.

Foto: Wilson Dias/ABr

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Novo tempo na Câmara Legislativa



Crédito :
Artigo de Wasny de Roure* - Há pouco mais de 20 anos, a população do Distrito Federal finalmente conquistava o direito de exercer plenamente os direitos políticos constitucionais de votar e ser votado, de ter participação político-representativa, com um Poder Legislativo próprio, autônomo e representativo do pleno exercício da cidadania.

Embora parte da população do DF ainda tenha uma visão negativa da Câmara Legislativa, não podemos esquecer que ela é fundamental para a construção da nossa cidadania e de relações político-sociais e institucionais indispensáveis à manutenção do Estado Democrático de Direito.
De nada adianta reproduzir ou estimular estigmas e estereótipos banais sobre a Câmara. Isso só atenta contra a edificação da plena cidadania. Estou certo de que o nosso Legislativo vem conseguindo superar a maior parte das críticas, de modo a construir e exercer de forma cada vez mais plena suas atribuições constitucionais.
É claro que a nossa Casa de leis tem de estar em completa sintonia com os interesses da população, que constantemente nos cobra transparência, ética, moralidade administrativa e fortalecimento de mecanismos de participação popular no processo legislativo.
Nesse sentido, é relevante lembrar os avanços alcançados nas últimas legislaturas, em especial no primeiro biênio desta, como o fortalecimento das comissões permanentes, a instauração de audiências públicas e comissões gerais, entre outros eventos importantes, além de medidas exemplares, como a extinção do 14º e do 15º salários, a exigência de ficha limpa para exercer cargos e funções na Casa e o fim do nepotismo, tanto de parentes de parlamentares como de servidores.
Já em nossa gestão, conseguimos limpar o nome da Câmara com a União em menos de 30 dias, ao quitar ou anular dívidas que se acumulavam desde 1991, permitindo ao GDF realizar operações de crédito com bancos de fomento.
A identidade da Câmara Legislativa não pode estar dissociada dos princípios balizadores da nossa democracia. Assim, ela precisa firmar-se como poder autônomo e fazer-se respeitar pela sociedade e pelos outros poderes. A nova Mesa Diretora refuta qualquer tentativa de subjugar a competência, independência e autonomia do Poder Legislativo.
Na condução dos trabalhos da Casa, queremos aperfeiçoar e fortalecer o processo legislativo, estreitar a relação com o Tribunal de Contas do DF, de modo a aperfeiçoar o processo de controle externo; fortalecer a recém-criada Comissão de Transparência e Fiscalização e promover convênios com outras Casas legislativas, em especial com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, visando otimizar a atividade legislativa, os instrumentos de controle e a comunicação social.
Nas relações da Câmara com a sociedade brasiliense, esta nova gestão vai se pautar pelo rigor e seriedade no cumprimento de contratos firmados, pela garantia de publicidade aos atos administrativos e pela adoção de condutas que privilegiem a transparência nos gastos, incluindo convênios e contratos, em especial com publicidade, propaganda e verba indenizatória.
Queremos organizar uma agenda política de debates de grandes temas que afetam mais diretamente o DF e, para isso, contamos com a participação de entidades da sociedade civil, órgãos e instituições públicas, meios de comunicação e lideranças comunitárias. Intensificaremos a realização de outros debates, seminários e audiências sobre temas de interesse social, além de fortalecer o papel da Câmara Legislativa como instrumento de disseminação da cultura local no âmbito internacional.
Vamos, com os demais poderes, promover discussões sobre as proposições legislativas, com o objetivo de aperfeiçoá-las; criar meios para a efetiva regulamentação e execução de leis de iniciativa parlamentar; estabelecer parcerias com o Poder Judiciário e o Ministério Público, no sentido de aprofundar os estudos sobre a constitucionalidade das leis elaboradas pela CLDF.
Acredito em um Poder Legislativo digno, independente, proativo e sintonizado com os anseios dos cidadãos do Distrito Federal. Nunca é demais destacar que cada um dos deputados distritais, bem como cada um dos membros da Mesa Diretora, é diretamente responsável pela credibilidade e representatividade social e institucional de nossa Casa de leis.
Tenho a convicção de que partilhamos os mesmos objetivos de realização do bem comum e da melhoria da vida da população. Sim, a Câmara Legislativa, embora ainda tenha muitos desafios, já vive um novo tempo.
Wasny de Roure
Presidente da Câmara Legislativa d
o Distrito Federal

Secretário de saúde visita unidades em Samambaia



Repórter: Élton Skartazini

Nessa sexta feira, 15/03/2013, o secretário de saúde Rafael Barbosa se encontrou com o administrador regional Risomar Carvalho e diretor regional de saúde Fontes Teles, para juntos visitarem unidades de saúde em Samambaia. A primeira foi a Clinica da Família da quadra 302, Centro Urbano, que inaugura até o final de março.

“Esta unidade atenderá entre 20 e 25 mil moradores, na atenção primária à saúde. As Clínicas da Família são servidas por equipes da Saúde da Família já existentes ou em formação, que atuavam sem essa estrutura”, explicou o secretário. Dali seguiram para visitar as obras do Centro de Atendimento Psicossocial - CAPS III, também na quadra 302, que deve ser inaugurada até o final de 2013.

“Junto com a Unidade de Acolhimento, na QR 107, estaremos melhor equipados para tratar de usuários de álcool e drogas, bem como portadores de transtornos mentais”, disse Fontes Teles. Depois visitaram a Unidade de Pronto Atendimento - UPA, que nesse dia completa dois anos de funcionamento, com uma média de 7.500 mil atendimentos/mês. Mais de 170 mil já foram atendidos ali desde a inauguração.

A Escola de Enfermagem, na quadra 301, Centro Urbano, foi a última a ser visitada. Estudam ali 270 alunos, com 75 professores. Em dezembro de 2012 se formou a primeira turma de bacharéis em enfermagem dessa escola. “O governador Agnelo está encarando de frente a saúde pública, com investimentos necessários à infraestrutura e qualificação”, disse Risomar Carvalho.

Chavez aparece em fotos, mas ainda tem um pouco de dificuldade para falar



Hugo_Chavez47_Recuperacao

O governo da Venezuela divulgou na sexta-feira, dia 15, as primeiras fotografias do presidente Hugo Chavez desde que viajou a Havana, há mais de dois meses, para se tratar de um câncer. Nas fotos, Chavez aparece deitado em uma cama ao lado das duas filhas, Maria Gabriela e Rosa Virgínia, que o acompanham desde que viajou a Cuba, no início de dezembro.

De acordo com um comunicado lido pelo ministro da Comunicação da Venezuela, Ernesto Villegas, o presidente tem dificuldades para falar e respira com a ajuda de uma traqueostomia, devido a sequelas da infecção respiratória adquirida após a cirurgia para combater o câncer.

“A infecção respiratória [...] foi controlada, mas ainda persiste um certo grau de insuficiência. Devido a essas circunstâncias, que estão sendo devidamente tratadas, o presidente Chavez respira por meio de cânula traqueal, que lhe dificulta temporariamente a fala”, disse Villegas, em pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.

O governo venezuelano informou ainda que a equipe médica cubana aplica “tratamento enérgico” para combater o câncer e que sua aplicação “não está isenta de complicações”.

Em uma das fotografias, Chavez aparece segurando o diário cubanoGranma de quinta-feira, dia 14, para mostrar a veracidade da data em que a imagem teria sido feita. A traqueostomia não é visível na foto, já que parte do pescoço de Chavez está coberta pela jaqueta esportiva que passou a usar desde que adoeceu.

Essas são as primeiras imagens do presidente desde que foi operado em 11 de dezembro para extração de um novo tumor na região pélvica, sua quarta cirurgia em um ano e meio.

O governo ressalta no comunicado que, depois de dois meses de um “complicado processo pós-operatório”, Chavez “mantém-se consciente, em completa integridade de suas funções intelectuais e em estrita comunicação com sua equipe de governo”.

Em 8 de dezembro, Chavez admitiu que a reincidência do câncer poderia afastá-lo da vida política e apontou o então vice-presidente Nicolas Maduro como seu sucessor político.

Desde então, Chavez não foi mais visto ou ouvido em público. Membros de seu gabinete, no entanto, afirmam que ele continua à frente da Presidência e que está dando ordens.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Câmara homenageia deputados da primeira legislatura



Deputados distritais Integrantes da primeira legislatura  (1991-1994) foram homenageados no plenário da Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (5). A homenagem ocorreu na sessão que marcou o início das atividades no plenário em 2013, logo após a leitura da mensagem do governador, Agnelo Queiroz, que, assim com o presidente da CLDF, Wasny de Roure (PT), esteve entre os primeiros deputados distritais eleitos pelo voto popular no Distrito Federal.
Os pioneiros do Legislativo local foram homenageados pela Mesa Diretora, que entregou diplomas de honra ao mérito aos parlamentares. Dentre os integrantes da primeira legislatura, há três ex-governadores, Agnelo Queiroz - atual titular do Governo do Distrito Federal - Maria de Lourdes Abadia e José Ornellas, além de secretários de governo e conselheiros do Tribunal de Contas do DF e outras figuras de destaque na políca do DF.
Representando os homenageados, o primeiro presidente da Câmara Legislativa, Salviano Guimarães, relembrou as dificuldades que os parlamentares enfrentaram na construção do Poder Legislativo do Distrito Federal. Guimarães ressaltou o período em que a Casa não tinha sede nem servidores próprios. "Funcionamos em espaços no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Nossos primeiros funcionários foram cedidos do Senado e do GDF. Familiares e correligionários trabalharam sem remuneração auxiliando os parlamentares", disse.
O ex-presidente observou que "em dois anos a Casa já funcionava normalmente", dotada de estrutura para exercer suas funções legislativas e fiscalizatórias. "Hoje podemos afirmar que a soma desses esforços, saberes e experiências, construiu um caminho rumo à democracia e à liberdade. Nesse processo deixamos nosso rastro, do qual temos muito orgulho", afirmou.
Wasny de Roure destacou a condição diferenciada do Poder Legislativo do Distrito Federal, que abrange competências legislativas de estados e de municípios. Lembrou também a  importância da luta da sociedade civil pela autonomia política no DF. O atual presidente da CLDF citou exemplos da contribuição individual de cada um dos homenageados. Cláudio Monteiro, por exemplo, foi lembrado pela lei que criou o Hemocentro de Brasília, e Cícero Miranda, como autor da Lei do Cinto de Segurança. "Foram momentos de dificuldades superados com muita determinação, inspirados pelo espírito democrático e com foco no interesse público", observou Wasny.
CLDF - A Câmara Legislativa do Distrito l foi criada após intensa luta pela autonomia política do DF. Em 1986, os brasilienses elegeram pela primeira vez seus representantes no Congresso Nacional e, somente em 1990, foram eleitos os primeiros deputados distritais. Esses parlamentares foram responsáveis pela elaboração da Lei Orgânica do Distrito Federal e do 1° Regimento Interno da CLDF, bem como pela estruturação administrativa e de pessoal da Câmara. Atualmente a CLDF está em sua sexta legislatura (2011-2014).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Corinthians é líder do 1º Painel de percepção de mercado

© Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Atualmente, Ivan Marques (à esquerda) é o Diretor de Marketing do Corinthians
Atualmente, Ivan Marques (à esquerda) é o Diretor de Marketing do Corinthians
Nesta quinta-feira (07), o Blog Teoria dos Jogos divulgou o 1º Painel de percepção de mercado envolvendo 12 equipes do futebol nacional. Oito especialistas brasileiros em marketing esportivo deram as suas notas para sete parâmetros. O Sport Club Corinthians Paulista conquistou a primeira posição.

Os especialistas convocados para a avaliação foram: Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva; Erich Beting, jornalista, especialista em gestão e marketing e criador da Máquina do Esporte; Fábio Kadow, publicitário, Gerente de Atletas da agência 9ine; Fernando Fleury, professor de marketing esportivo e colunista da ESPN; Marcos Blanco, executivo da Traffic e ex-diretor de marketing do Vasco da Gama; Mauro Cezar Pereira, jornalista e comentarista dos canais ESPN; Pedro Trengrouse, coordenador de Projetos, FIFA Master / FGV; e Ricardo Hinrichsen, Diretor da Golden Goal Sports Ventures e ex-vice presidente de marketing do Flamengo.
 
Os parâmetros avaliados foram: Exposição em mídia. poder de compra da torcida potencial de crescimento (Tanto em receitas quanto da torcida em si); penetração nacional, credibilidade institucional, resultados esportivos (Últimos 5 anos) e peso histórico (Tradição).
 
Confira a classificação completa do ranking*:
1º – Corinthians – média de 4.38 pontos
2º – Flamengo – 4.09
3º – São Paulo – 3.90
4º – Santos – 3.57
5º – Fluminense – 3.49
6º – Vasco – 3.22
7º – Internacional – 3.15
8º – Grêmio – 3.10
9º – Palmeiras – 3.02
10º – Botafogo – 2.75
11º – Cruzeiro – 2.66
12º – Atlético-MG – 2.48
 
*5 era a nota máxima

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ato em defesa do legado Lula




  • O ato em defesa do legado Lula: 8 anos que mudaram o Brasil, que aconteceu na noite dessa terça-feira (5), lotou o auditório da Câmara Legislativa. No evento, promovido pelo PT/DF e pela bancada do partido na CLDF, reuniu militantes, representantes do governo local e grandes nomes da política nacional. O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu palestrou sobre as transformações sociais que o Brasil passou nos últimos 10 anos, a conjuntura política e os ataques da direita conservadora ao PT e ao ex-presidente Lula.  
    Durante o discurso de abertura do evento, o líder do Bloco PT/PRB, deputado Chico Vigilante, bastante emocionado, ressaltou a trajetória política dedicado ao Partido. Como um dos fundadores do PT no Distrito Federal, Chico fez o seu discurso em defesa do governo Lula e dos companheiros que, assim como ele, lutaram pela redemocratização do país. Ele também destacou a luta do ex-presidente Lula em levar dignidade para a população mais carente. “Eu sempre ouvi do companheiro Lula e isso ele falou desde a primeira campanha, que o sonho dele era viver em um país onde todas as pessoas tivessem ao menos três refeições por dia. Chegamos aqui e provamos que somos capazes de fazer um país melhor. Nós tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza e colocamos na classe média”, lembrou.  “Portanto, tudo isso que nós fizemos não pode, em hipótese nenhuma, ser confundido com meia dúzia de pessoas que não conhecem a alma do povo brasileiro e que teimam em chamar a gente de quadrilheiros. Isso eu não aceito”, destacou.  
    Entre os vários temas defendidos pelo o ex-ministro José Dirceu, está o crescimento econômico brasileiro, os constantes ataques por parte da mídia e o julgamento no Supremo Tribunal Federal da ação penal nº 470, que ele classificou como o julgamento "político". Dirceu argumentou que o julgamento foi marcado para acontecer no ano eleitoral e as vésperas do segundo turno das eleições municipais de 2012. Para ele, o julgamento teve o principal objetivo de desconstruir o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e visou derrotar a presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
    Confira os principais pontos da palestra de Dirceu
    “É preciso levar a palavra ao povo brasileiro. Não podemos permitir que a nossa palavra seja cerceada por aqueles que detêm o monopólio dos meios de comunicação”.
    Com os constantes ataques sofridos, José Dirceu chamou a atenção dos militantes para preparar o partido para os novos tempos.  “Fortalecendo a nossa democracia, qualificando os nossos militantes e os jovens, desenvolver novos meios de comunicação, fortalecer o partido. Estamos aqui não só para defender o ex-presidente Lula, mas para defender o povo brasileiro”.
    Para ele, o PT tem a obrigação de legislar, pois tem a maior bancada na Câmara Federal e uma a participação decisiva no Senado Federal: “Somos um partido da luta populares, sindicais, de gênero e de classe. Construímos e fizemos história no Brasil. Não somos um partido de uma agenda só e entendemos que as lutas estão interligadas e não há como separar”.
    “É preciso levar a palavra ao povo brasileiro, nós não podemos permitir que a nossa palavra seja cerceada por aqueles que detêm o monopólio dos meios de comunicação, muitos menos por aqueles que usurpam  o direito de falar em nome do nação brasileira. Quem fala em nome do povo brasileiro é o Congresso Nacional e a presidenta da república, que foram eleitos pela soberania popular”.
    Julgamento da ação penal 470: “A marcação do julgamento as vésperas do segundo turno. O caráter que ganhou o julgamento não tinha objetivo de fazer justiça, mas sim de retomar a tentativa de 2005 de desconstituir o PT e o nosso governo. Portanto, não se trata da questão de uma ou outra liderança, não se trata da denuncia do chamado “mensalão”. Se trata de colocar nos bancos dos réus o PT, o governo Lula”
    Dirceu fez comparação dos oito anos em que o país foi governado por Fernando Henrique Cardoso com os oito anos em que foi governado pelo ex-presidente Lula. Entre as ações destacadas, estão a reforma política, queda na taxa de desemprego, a transformações sociais e econômicas no governo PT.“Falar do legado Lula é necessário falar em números, no governo FHC a inflação era de 100%, hoje é de 50%; o salário mínimo era de 56 dólares, hoje é de 306 dólares, os empregos formais era de 5 milhões, na era Lula é de 17 milhões”, citou.
    Ataques da mídia:“Falam da questão da energia, da Petrobras, da Ação Penal, das alianças políticas que fazemos. Tudo feito por intermédio de aparelhos culturais e ideológicos. Não são só os jornais, mas o teatro, o cinema, os livros. Atacam em todos os setores, na educação, na cultura. Dizem que nunca houve corrupção como agora, mas eu digo que nunca se combateu a corrupção como agora. Falam que não há democracia, mas nunca houve democracia como agora”.
    Entre outros, estavam presentes no encontro o senador Eduardo Suplicy, deputada Erika Kokay, os deputados Roberto Policarpo e Paulo Rocha, o deputado distrital Chico Vigilante, o presidente da CLDF, Wasny de Roure, secretários de Estado, o embaixador da Venezuela, Maximilien Sánchez Arveláiz.
    Fonte: Bloco PT-PRB

    terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

    França derruba lei que proibia mulheres de usar calças


    Foi derrubada nesta segunda-feira uma lei de criada há dois séculos que proibia as mulheres de usarem calça.

    A ministra francesa dos Direitos da Mulher, Najat Vallaud-Belkacem, disse que a lei foi cassada porque não estava linhada com os valores da França atual.

    Instaurada em 1800, logo após a Revolução Francesa, a lei exigia que mulheres que quisessem se vestir como homens pedissem permissão para a polícia.

    Na virada do século 20, foi adotada uma emenda na lei, permitindo que as mulheres usassem calças, mas apenas diante de duas situações: "se estiverem segurando um guidão de uma bicicleta ou as rédeas de um cavalo".

    As mulheres parisienses lutavam pelo direito de usar calças desde a Revolução, quando os trabalhadores passaram a usar calças compridas de algodão, em vez dos culotes de seda - calça larga na parte de cima e justa a partir do joelho -, como fazia a aristocracia.

    VESTUÁRIO POLÊMICO

    O vestuário feminino continua a despertar paixões políticas na França. Em maio, a ministra da Habitação, Cécile Duflot, foi criticada por usar uma calça jeans durante o primeiro encontro do gabinete do presidente François Hollande.

    Alguns meses depois, antes de começar um discurso na Assembleia Nacional, ela foi alvo de assobios e gracinhas por parte de muitos políticos por estar usando um vestido floral.
    "Já trabalhei em canteiro de obras e nunca vi nada assim", disse Cécile. "Isso diz muito sobre alguns dos parlamentares. Eu fico pensando nas mulheres deles...".

    Fonte: BBC Brasil

    sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

    Chico Buarque é premiado em Cuba


    Chico Buarque e Luiz Ruffato premiados em Cuba

    Domingos sem Deus, de Ruffato, foi o melhor livro brasileiro inscrito no Prêmio Casa de Las Américas; Lecha Derramada, de Chico, venceu prêmio de narrativa
    Foram anunciados nesta quinta-feira, dia 31, em Havana, os vencedores da 54.ª edição do Prêmio Casa de Las Américas. Chico Buarque ganhou o Prêmio de Narrativa José María Arguedas, criado em 2000 e que integra a premiação principal, pelo romance Leite Derramado, publicado em espanhol como Leche Derramada. Entre os vencedores deste prêmio estão ainda Ricardo Piglia (2011), Eduardo Galeano (2010) e Rubem Fonseca (2005).
    O mineiro Luiz Ruffato venceu a categoria literatura brasileira do Casa de Las Américas. Seu romance Domingos Sem Deus, o quinto e último volume da série Inferno Provisório, que retrata o proletariado, desbancou outros 157 títulos editados aqui.
    Formada por Marcelino Freire, Carola Saavedra e Suzana Vargas, a comissão julgadora desta categoria escolheu o livro de Ruffato por unanimidade e deu ainda menção honrosa ao já falecido Rodrigo de Souza Leão, por Carbono Pautado, e para Evandro Affonso Ferreira, por O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam. Os três títulos foram publicados pela Record.
    Outorgado desde 1960, o tradicional prêmio recebeu nesta última edição inscrições da Argentina, Chile, Brasil, Colômbia, Cuba, México, Bolívia, entre outros países. Concorreram, no total, 776 obras nas categorias poesia (328), romance (172), ensaio de tema histórico-social (43), literatura testemunhal (55), estudos sobre as culturas originárias da América (20) e literatura brasileira (158).