sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Brasília é capital Ibero-americana da juventude



Repórter: Élton Skartazini

Foi concedido a Brasília, nessa quinta feira, 29/11/2012, o título de Capital Ibero-americana da Juventude para o ano 2013.  O ato ocorreu no Palácio do Buriti, durante a XVI Conferência da Juventude. O documento foi assinado por Alejo Ramires, presidente da Organização Ibero-americana da Juventude - OIJ, pelo secretário nacional Severino Macedo, pelo coordenador no Distrito Federal Carlos Odas e demais dirigentes da organização.

Criada em 1992, a OIJ abrange ministros e responsáveis pela juventude de Portugal, Espanha e todos os países da América Central e do Sul. Tem como objetivo maior garantir os direitos dos jovens assegurando-lhes inclusão social, política e econômica, valorizando a diversidade de raças e culturas.
Representantes de Samambaia

“É um título importante que devemos honrá-lo. Em 2013 será instituído o Conselho da Juventude/DF e serão construídos os Centros da Juventude em Samambaia e na Estrutural”, informa Clébia Rosa, diretora de participação social da Coordenadoria da Juventude/GDF.

“É com satisfação que teremos em Samambaia o primeiro Centro da Juventude do Distrito Federal. Já temos a área designada e o projeto arquitetônico em mãos”, diz o administrador Risomar Carvalho. Samambaia foi representada na XVI Conferência da Juventude pelos integrantes do Coletivo ArteSam.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Apple supera Google no mercado de smartphones dos EUA


O iPhone 5 ajudou a Apple a superar, nos Estados Unidos, o Android, software do Google, informou o grupo de pesquisa Kantar WorldPanel nesta terça-feira. A fatia da Apple no mercado dos EUA nas 12 semanas até 31 de outubro dobrou para 48,1 por cento ante o mesmo período de 201, e ficou próxima do recorde de 49,3 por cento no início de 2012. A fatia do Android caiu de 63,3 para 46,7 por cento, de acordo com a pesquisa, mas o software continua a dominar mercados europeus importantes, com 74 por cento na Alemanha e 82 por cento na Espanha. A participação do Android nos cinco maiores mercados europeus subiu a 64 por cento, ante 51 por cento há um ano, e a da Apple cresceu em 1 ponto percentual, para 21 por cento.

Fonte: BOL Notícias

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ibaneis Rocha é eleito presidente da OAB-DF



Brasília – O advogado Ibaneis Rocha Barros Junior, encabeçando a chapa “Eu Quero Mais Ordem”, foi eleito nesta segunda-feira (26) presidente da Seccional da OAB do Distrito Federal para o mandato que vai de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2015.
Compõem a diretoria Severino de Sousa Oliveira (vice-presidente), Daniela Rodrigues Teixeira (secretária geral), Juliano Ricardo de Vasconcelos Costa Couto (secretário geral adjunto) e Antonio Alves Filho (tesoureiro).
Para o Conselho Federal foram eleitos Aldemario Araujo Castro, José Rossini Campos do Couto Correa, Marcelo Lavocat Galvão (titulares), Evandro Luis Castello Branco Pertence, Feliz Angelo Palazzo e Nilton da Silva Correia (suplentes). Para a Caixa de Assistência dos Advogados foi eleito Ricardo Alexandre Rodrigues Peres.

Artigo da Severine Macedo


Artigo: Juventude Viva: pelo direito à vida dos jovens negros (Severine Macedo)


"E a saída conjunta que estamos buscando não são toque de recolher e a criminalização da nossa juventude. Mas a ampliação de oportunidades, a garantia de direitos, em todas as horas do dia e da noite, e em todas as dimensões da vida.", diz Severine Macedo em artigo publicado na revista Carta Capital.
26.11.2012 - Artigo: Juventude Viva: pelo direito à vida dos jovens negros (Severine Macedo)
No último dia 20 de novembro, quando se comemorou o Dia da Consciência Negra, o tema da igualdade racial ganhou espaço nos principais meios de comunicação.  Ao mesmo tempo, assistimos a uma escalada de violência que vem causando dezenas de mortes, a maior parte de jovens pretos e pardos, a nossa juventude negra, como denunciam várias organizações. Por mais importante que seja lembrar e honrar nesta data e a luta de Zumbi e do povo negro,  um dia é pouco para chamar a atenção da nossa sociedade para a questão das desigualdades raciais e de um de seus lados mais cruéis, a violência contra os jovens negros. Eles são hoje as principais vítimas de homicídios no país.
Dados do Ministério da Saúde, que já trata essa questão como um problema nacional de saúde pública, mostram que  em 2010 cerca de 27 mil jovens foram mortos, sendo 75% deles negros, do sexo masculino e com idade entre  15 e 29 anos.  Esses números sinalizam que é preciso reforçar o debate sobre os direitos da juventude, sobre a questão racial e investir ainda mais em políticas públicas que atendam às especificidades do público juvenil e, em especial, dos nossos jovens negros. Quando o mais precioso direito desta juventude é violado, o direito à vida, sabemos que muitos outros, como a educação de qualidade, o trabalho decente, a moradia digna, o acesso à cultura, o direito de ir e vir também podem ter sido violados.
Trata-se de um problema grave e complexo, que exige a parceria dos governos de todas as esferas, da sociedade civil em suas diferentes expressões, dos meios de comunicação e do sistema de justiça. Estamos falando de uma situação que não ocorre de maneira isolada em um determinado estado ou região. A violência que atinge a juventude está ceifando milhares de vidas da nova geração por todo o país, fazendo sofrer milhares de famílias com a perda prematura dos seus filhos. A morte desses jovens gera também grandes perdas para o país.  Perdemos sonhos, talentos, criatividade, força produtiva e transformadora para nossa realidade, para construir o presente e o futuro do nosso Brasil.
Em um esforço coletivo para começar a vencer esse desafio, o governo federal lançou em setembro o Juventude Viva – Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, que foi construído de forma participativa, com o envolvimento de várias entidades e movimentos da agenda juvenil, negra e do movimento hip hop, além de especialistas em segurança pública e de atores governamentais, em âmbito federal, estadual e municipal.
O Juventude Viva chega inicialmente ao estado de Alagoas e será gradualmente ampliado, com programas e ações que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens em situações de violência física e simbólica, além de ampliar oportunidades de inclusão e autonomia, para que possam construir suas trajetórias de vida de forma mais saudável. O Plano também oferece equipamentos, serviços e espaços de convivência em localidades com altos índices de homicídios, além de buscar o aprimoramento da atuação do Estado para enfrentar o preconceito geracional e o racismo institucional, sensibilizando os agentes públicos que atuam com o tema.
Para ampliar os serviços e políticas nos territórios atendidos pelo Plano, foram envolvidos os principais Ministérios que atuam com a política de juventude, incluindo Justiça, Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, Cultura, Esporte, além da Secretaria de Políticas de Igualdade Racial e da Secretaria-Geral, à qual está vinculada a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), coordenadoras do Juventude Viva. Entre outras ações, pela SNJ somos responsáveis por puxar uma rede de apoio ao Plano e de promover uma Campanha para dialogar com a sociedade sobre este grave problema.
Esta e muitas outras questões ainda exigem respostas, mas não tenho dúvida de que o país, hoje, está mais preparado para superar os desafios que envolvem o público juvenil. É preciso lembrar que somente em 2005 este tema entrou na agenda das políticas públicas e, de lá para cá, registramos avanços importantes, como o aumento  expressivo do número de jovens no ensino básico, técnico e superior, a ampliação do acesso ao mercado de trabalho, retirada de milhões deles das condições de miséria e pobreza e a criação de mecanismos de participação social, a exemplo dos Conselhos e Conferências Nacionais. E destes espaços que têm vindo com força e prioridade a denúncia e o apelo pela defesa da vida da nossa juventude.
Trabalhamos e nos somamos a defensores dos direitos humanos, nos solidarizamos com as famílias das vítimas e repudiamos a violência e visão de dos jovens como suspeitos. E a saída conjunta que estamos buscando não são toque de recolher e a criminalização da nossa juventude. Mas a ampliação de oportunidades, a garantia de direitos, em todas as horas do dia e da noite, e em todas as dimensões da vida.
*Severine Macedo é Secretária Nacional de Juventude
Artigo publicado na revista Carta Capital

Andres Sanchez vai pedir demissão da CBF


Andres Sanchez, 48, deve se demitir do cargo de diretor de seleções da CBF nesta segunda-feira. O anúncio provavelmente será no início da tarde, em entrevista coletiva durante a Soccerex, feira sobre futebol que ocorre no Rio.

Antes, o cartola pretende avisar José Maria Marin, presidente da CBF, de seu pedido de demissão. Andres ficou contratariado com a demissão do técnico Mano Menezes da seleção, na sexta-feira.

Coube ao diretor de seleções informar o treinador e ainda dar uma entrevista coletiva para explicar a decisão. "Eu não concordei, fui voto vencido", disse um constrangido Andres Sanchez na sede da Federação Paulista de Futebol.
Marin e seu vice, Marco Polo Del Nero, não se manifestaram sobre a demissão de Mano.

Segundo interlocutores de Andres ouvidos pela Folha, o dirigente também estaria irritado com o fato de Marin e Del Nero terem iniciado, sem consultá-lo contatos com Luiz Felipe Scolari para substituir Mano.

O ex-técnico do Palmeiras está no Rio Grande do Sul visitando familiares. Segundo sua assessoria, não foi procurado por ninguém da CBF, e não tem nenhuma reunião marcada com dirigentes da confederação.

Ricardo Nogueira - 4.set.12/Folhapress
Andres Sanchez (esq.) conversa com Mano Menezes durante treino da seleção brasileira, em setembro
Andres Sanchez (esq.) conversa com Mano Menezes durante treino da seleção brasileira, em setembro
INCÔMODO
Andres foi contratado em dezembro do ano passado, pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para o cargo de diretor de seleções. Começou na função assim que concluiu seu segundo mandato como presidente do Corinthians.
Na prática, cabia a Andres servir como elo entre a comissão técnica e a cúpula da CBF, além de negociar amistosos, tratar da liberação de jogadores e servir como interlocutor dos clubes com a confederação.

Com a chegada de Marin e Del Nero ao comando da CBF, Andres foi aos poucos perdendo espaço. Marin agendou amistosos sem consultá-lo, levou a seleção para treinar no CT do São Paulo (clube com quem Andres passou anos brigado) e fez de tudo para deixá-lo desconfortável. O ápice ocorreu na sexta-feira.

FUTURO

Uma vez fora da CBF, é muito provável que Andres passe a fazer oposição à dupla Marin/Del Nero. A próxima eleição para a presidência da CBF está marcada para abril de 2014 --foi antecipada para evitar que maus resultados na Copa atrapalhassem o candidato da situação, que será Del Nero. Pelo estatuto da entidade, é preciso que cinco federações estaduais e pelo menos oito clubes apoiem um candidato a presidente.

Fonte: Folha.com

sábado, 24 de novembro de 2012

KAKAY SOBRE JOAQUIM BARBOSA: "UM INFELIZ"


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Comissão da Verdade acusa 11 agentes da ditadura por cinco mortes


O coordenador da Comissão da Verdade, Claudio Fonteles, divulgou ontem textos que acusam 11 agentes do Estado, militares e civis, pela morte sob tortura de cinco militantes de esquerda durante a ditadura militar (1964-1985).

Com base numa análise feita por três peritos da Polícia Civil de Brasília que colaboram com a comissão, Fonteles também afirmou que o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) foi morto sem esboçar reação ou tentar pegar sua arma, ao contrário da versão oficial.


Arquivo Público do Estado de São Paulo
Foto do prontuário de Carlos Marighella
Foto do prontuário de Carlos Marighella
Ele atribuiu a responsabilidade pela morte ao general Milton Tavares (1917-1981), ex-chefe do CIE (Centro de Informações do Exército): "De tudo, resta claro que Marighella foi eliminado por agentes públicos do Estado, sob a supervisão do general Milton".

Fonteles divulgou ontem, no site da comissão, 11 textos sobre episódios diversos da ditadura. É a primeira vez que a comissão torna públicos textos produzidos por algum de seus integrantes. Para Fonteles, a intenção é "abrir amplo espaço de diálogo, visando enriquecer essa pesquisa inicial com sugestões e críticas".

Os principais documentos citados por Fonteles já foram objeto de reportagens jornalísticas, estudos acadêmicos e livros. Mas, com seus textos, ele antecipa conclusões que a comissão poderá vir a adotar quando de seu término, previsto para 2014.

Ele afirmou que o metalúrgico Manoel Fiel Filho (1927-1976), o militante da ALN (Ação Libertadora Nacional) Joaquim Câmara Ferreira (1913-1970), o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto (1940-1969), o engenheiro Raul Amaro Nin Ferreira (1944-1971) e o sargento da Aeronáutica João Lucas Alves (1935-1969) morreram sob tortura por agentes do Estado.

Fonteles apontou que agentes e médicos legistas encobriram a morte de Aldo de Sá Brito Souza Neto (1951-1971), da ALN. Documento citado por Fonteles diz que quando a família foi reclamar o corpo, militares afirmaram que Aldo estava vivo, e mostraram o corpo de outra pessoa. Queriam ganhar tempo para achar outros militantes.
Fonteles disse ainda que houve obstrução do Ministério da Justiça na apuração da morte do padre Silva Neto.
Iano Andrade/CB/D.A Press - 16.mai.12
O coordenador da Comissão da Verdade, Claudio Fonteles
O coordenador da Comissão da Verdade, Claudio Fonteles
ARMAMENTOS
Em outro texto, Fonteles relacionou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) à produção de armas para o grupo de militares que derrubou o presidente João Goulart, em 1964. Fonteles citou relatório confidencial produzido pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), hoje sob guarda do Arquivo Nacional, que descreve a criação do GPMI (Grupo Permanente de Mobilização Industrial) no dia 31 de março de 64, data do golpe militar.

Tal órgão, segundo o documento, teve a função de "fornecimento de armas e equipamentos militares aos revolucionários paulistas".
Procurada pela Folha, a Fiesp não havia se manifestado sobre o texto até a noite de ontem.

Fonteles apontou: "Portanto, a Fiesp na data mesma da eclosão do golpe militar, que em nosso país redundou no Estado ditatorial-militar, celebrou 'a primeira tentativa de união industrial-militar', sob o fundamento de que 'não é possível existir qualquer poderio militar sem uma indústria que faça esse poderio'".

A tese não é inédita e foi abordada em estudos acadêmicos sobre as relações entre os militares golpistas e setores da sociedade civil.
Um total de 75 documentos produzidos pelo GPMI está hoje sob guarda da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Presidente da UNE organiza ato de apoio a José Dirceu




Após afirmar que a União Nacional dos Estudantes (UNE) não promoveria nenhum ato de apoio ao ex-ministro José Dirceu, o presidente da entidade, Daniel Iliescu, disse nessa quarta-feira estar “individualmente” empenhado em organizar uma grande manifestação de solidariedade ao petista, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 10 meses de prisão no julgamento do mensalão.

O evento, em dezembro, começou a ser articulado nesta terça-feira (20) em encontro com Dirceu em Brasília, do qual participaram André Tokarski, presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao PC do B, e o secretário nacional da Juventude do PT (JPT), Jefferson Lima.

Em seu blog, Dirceu postou uma foto do encontro e agradeceu o apoio. “Agradeço aos três pela visita, pelo apoio e por se colocarem à disposição neste momento”, escreveu.

Segundo Iliescu, além de prestar solidariedade ao ex-ministro e aos petistas condenados, o ato vai discutir as decisões tomadas pelo Supremo. Na avaliação do presidente da UNE, houve uma “politização do julgamento”.


Anunciado revitalização do Parque Três Meninas de Samambaia

Com a autorização do Governador Agnelo Queiroz Diretor do Ibram, Nilton Reis informou que já tem projeto pronto e os recursos para darmos inicio as obras de revitalização do Parque Três Meninas.

Essa é sem dúvida uma das melhores notícias do ano. O Parque Três Meninas é um patrimônio do DF e da cidade de Samambaia. Um lugar lindo e de preservação ambiental. Há muitos anos e anos que vários governos prometeram a revitalização e nenhum cumpriu...agora é realidade!



Fonte: Facebook Risomar Carvalho

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vale-Cultura é aprovado na Câmara


Ministra comemorou aprovação e disse que o Vale será o “bolsa-alma” do Governo Dilma

Na tarde desta quarta-feira, 21, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou , em votação simbólica, o Projeto de Lei 4682/12 que cria o Vale-Cultura, no valor de R$ 50 mensais para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Terá direito o trabalhador que receba até cinco salários mínimos.
A ministra Marta comemorou a aprovação e elogiou todos os que contribuíram para que ela acontecesse: “As colaborações do presidente da Câmara, Marco Maia, da Frente Parlamentar da Música e de cada parlamentar que votou pela aprovação foram imprescindíveis.”
Em muitos momentos a ministra comparou os efeitos do Vale-Cultura com os do Bolsa-Família: “Pelo impacto que o Bolsa Família teve no Brasil, dá para termos ideia do que o Vale-Cultura vai fazer.”
Nas palavras da ministra, “o benefício será o “bolsa-alma do Governo Dilma” por levar cultura a tantos brasileiros. Por isso, Marta vinha colocando a aprovação do Vale como uma de suas prioridades e vinha conversando constantemente com parlamentares sobre o tema. Em um dos momentos, reunida com deputados, a ministra chegou a lhes dizer: “Cada deputado vai voltar para seu estado e dizer: ‘eu ajudei a aprovar o Vale-Cultura’.”
Marta também chamou a atenção, mais de uma vez em suas falas, para a autonomia que o Vale oferece ao cidadão na hora de escolher qual produto cultural ele vai adquirir e para sua abrangência do ponto de vista econômico, uma vez que, segundo a ministra, ele vai “beneficiar tanto consumidores de cultura quanto seus produtores que passarão a ter um público maior.”.
A matéria será, agora, enviada para análise do Senado.

Cotas para negros no serviço público


A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse hoje (21) que o governo avalia a proposta de criar cotas para negros no serviço público. De acordo com a ministra, as discussões estão “em fase muito inicial” e a expectativa é de que até o final do ano seja possível finalizar uma proposta para ser apresentada à presidenta Dilma Rousseff.

Questionada se em alguma ocasião a presidenta Dilma manifestou sua posição sobre as cotas para negros no serviço público, a ministra Luiza Bairro respondeu que não, mas lembrou que a presidenta tem defendido as ações afirmativas.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Corinthians acerta com Caixa Econômica como patrocinador master até 2014


O Corinthians acabou de anunciar que acertou com a Caixa Econômica como patrocinador master até 2014. Os valores do acordo não foram informados pela nota divulgada pelo clube em seu site oficial.
O Corinthians marcou um evento para esta terça-feira às 11h no Museu de Futebol para explicar os detalhes do acordo com a Caixa Econômica.
A entrevista coletiva contará com a presença do presidente do Corinthians, Mário Gobbi Filho, do vice-presidente Luis Paulo Rosenberg e do diretor de marketing Ivan Marques. Pela Caixa Econômica Federal, estarão presentes o.vice-presidente de Atendimento e Negócios, José Henrique Cruz, e o diretor de Publicidade e Marketing, Clauir Santos. 
Durante o evento serão apresentados os novos uniformes que o Corinthians passará a usar a partir do jogo contra o Santos, no próximo sábado, no Pacaembu. Com contrato até dezembro de 2014, a Caixa estampará a camisa do Corinthians durante o Mundial de Clubes, no Japão, em dezembro.

GDF autoriza concurso para o Metrô-DF


Serão oferecidas 232 vagas em diversas especialidades. Medida atende reivindicação antiga da companhia

Foi autorizada, na edição desta segunda-feira (19) do Diário Oficial do Distrito Federal, a realização de concurso público para completar o quadro de pessoal da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). Serão oferecidas, pelo menos, 232 vagas e cadastro reserva, que será definido no edital.

A medida atende a reivindicação do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô DF) pela contratação de funcionários para suprir necessidades em diversas áreas da companhia.

PARCERIA COM BID TRARÁ MAIS R$ 1 BI PARA O GDF


sábado, 17 de novembro de 2012

Lula participa de debate com jovens sul-africanos


Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula se encontrou hoje (17) com cerca de 30 lideranças jovens e ativistas sociais sul-africanos, em um debate promovido pela Fundação Steve Biko, uma entidade dedicada a preservar a memória da luta contra o apartheid e debater assuntos políticos, sociais e econômicos da África do Sul, e a incentivar a participação da juventude no processo político.
O encontro foi mediado pelo analista político e apresentador sul-africano Eusebius Mckaiser, que abriu o debate falando sobre as similaridades entre os dois países. Ele afirmou que a grande realização de Lula foi provar que, por meio de políticas públicas, é possível tirar milhões de pessoas da pobreza.
Lula fez uma exposição da sua luta como sindicalista e político, da sua perseverança até chegar à Presidência e da experiência de governo e diálogo com a sociedade durante os oito anos em que governou o Brasil. “O político não deve ter medo da democracia”, reforçou Lula, citando o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que reúne lideranças dos mais diversos setores da sociedade, e as 76 conferências nacionais para discutir e definir políticas públicas.
Após sua fala, Lula respondeu perguntas da plateia, reconhecendo que o Brasil tirou milhões da pobreza, mas que ainda há muito a ser feito para compensar problemas acumulados por muito tempo. “Eu não tinha ilusão de resolver em oito anos os problemas de 500 anos.”
Comentou sobre sua conversa com o presidente Zuma, quando contou ao chefe de Estado sul-africano que tinha medo do segundo mandato, e que criou o PAC para ter um plano de trabalho que permitisse realizar mais do que no primeiro governo.
Sobre seus planos de colaboração com a África, Lula declarou “Nós não temos que entrar dizendo o que deve ser feito. O Brasil tem que chegar perguntando o que cada país quer que seja feito. Assim, faremos mais e melhor.”
Nkosinathi Biko, filho de Steve Biko, disse que Lula foi convidado pela entidade porque sua experiência pode dar orientações para a definição das prioridades políticas da África do Sul. “Temos problemas semelhantes. Brasil e África do Sul disputavam a liderança em desigualdade no mundo. Hoje, a África do Sul lidera sozinha. Rio de Janeiro e Cidade do Cabo disputavam qual era a cidade mais violenta. Rio, caiu para sexto, e a Cidade do Cabo agora é a primeira.”

Risomar levará à Samambaia a Carreata da Mulher

Repórter: Élton Skartazini
Entre os dias 19/11 e 07/12/2012, de segunda a sexta-feira, das 8h ás 12h e das 13h ás 17h, a Unidade Móvel de Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde/GDF, mais conhecida como Carreta da Mulher, atende no pátio da Administração Regional de Samambaia, quadra 302, Centro Urbano.
O atendimento começa com a distribuição de senhas no inicio de cada turno, para exames de mamografia, ultrassonografia com o pedido médico preventivo do câncer de colo do útero, ecografia e exame preventivo ginecológico. Desde março de 2012 foram feitos cerca de 20 mil exames em mulheres de treze regiões do Distrito Federal.
Os casos de doença detectados, por ordem de frequência, foram: mioma uterino, cisto de ovário, esteatose (acúmulo de gordura, normalmente no fígado), nódulo, cisto de tireoide, cisto e nódulo de mama, espessamento endometrial, pólipo endometrial e aumento de volume uterino.
A Carreta da Mulher, já passou pelo condomínio Pôr do Sol (Ceilândia), Núcleo Rural Taquara (Planaltina), Cidade Estrutural, Paranoá/Itapoã, Nova Colina (Sobradinho), São Sebastião, Areal (Águas Claras), Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Estância Nova (Planaltina), Sol Nascente (Ceilândia), Santa Maria e Brazlândia.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Genoino fala a Terra Magazine: “O que fiz pelo PT foi legítimo e necessário”



Um dia após ter sido condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de outubro, o ex-presidente do PT José Genoíno encontrou-se com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Após um abraço emocionado, ouviu daquele que chama de "companheiro de luta":
Genoíno e sua família

  Esse é o nosso destino. Nosso destino é lutar.
 Horas antes do encontro, Genoino havia telefonado para a presidente Dilma Rousseff e comunicado sua decisão de deixar o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa:
 - Como é que eu assino uma demissão sua, Genoino? Como? – perguntou Dilma.
 - Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes – respondeu o ex-presidente do PT.
José Genoino Guimarães Neto tem 66 anos. É casado, pai de três filhos e avô de dois netos. Nascido em Quixeramobim, no Ceará, participou da Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, quando foi preso por cinco anos e torturado. Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, o petista diz que consegue traçar paralelos daquele período com o processo que vive hoje.
 "Tenho pesadelos e nunca falei isso para ninguém. Há um mês, gritei e estrebuchei na cama. Minha mulher ficou preocupada. Misturo cenas daquele período, quando eu era interrogado, em 1972, com as cenas do processo da Ação Penal 470".
 De camisa vermelha, calça social marrom e sapatênis escuros, Genoino recebeu a reportagem de Terra Magazine em sua casa, no bairro do Butantã, zona oeste da capital paulista. Estava bem-humorado.

Deputado federal por seis mandatos (até 2010), deixou o comando do PT em 2005, no início da crise do Mensalão, mas afirma que é inocente e que lutará para defender sua história. "O que fiz pelo PT foi legal, legítimo e necessário [...] Repetiria tudo de novo, mesmo passando o que passei".
 Terra Magazine: Durante o julgamento do Mensalão, o senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa e, nesta semana, a Corte definirá se o senhor será condenado por formação de quadrilha. Esperava esse veredito?
 José Genoino: Não sou corrupto e entendo que foi uma condenação sem provas, baseada na tirania da hipótese pré-estabelecida, com base em um raciocínio do domínio do fato, da falta de provas, contrariando a presunção da inocência. Tudo isso contraria, a meu ver, uma visão democrática do Código Penal. Não pratiquei corrupção, o que eu fiz foram reuniões para defender o governo Lula. Como presidente do PT, cuidava das alianças políticas, da unidade da bancada do partido, da relação com os movimentos sociais e ocupava todo o meu tempo com a atividade política, legítima, democrática e transparente. 
 Não houve compra de votos nem compra de deputados. As votações principais do governo Lula foram decididas sempre com muita luta. Recebi a notícia da condenação com a indignação do inocente. Apresentei as provas e vou deixar tudo muito claro: os empréstimos que assinei são atos jurídicos perfeitos. Assinei os empréstimos encaminhados pela secretaria de finanças do PT, registrei no Tribunal Superior Eleitoral, e os empréstimos foram renovados porque o PT estava em uma situação muito difícil. Quando deixei a presidência do PT, o juiz de Minas Gerais cobrou judicialmente, inclusive, com o bloqueio da minha conta, que só foi desbloqueada porque era conta salário e, a partir de 2007, em uma negociação dirigida pelo então presidente Ricardo Berzoini, os empréstimos foram negociados por quatro anos e pagos, tanto o empréstimo do Banco Rural, como o do BMG. Sou um inocente.
 O que o senhor pensou – ou fez – quando saiu sua primeira condenação, dia 9 de outubro?
Estava acompanhando a sessão do STF na minha casa, pela TV, com minha mulher e meus filhos Ronan e Miruna. Veio à minha cabeça a mesma sensação de quando eu estava na auditoria militar da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, sendo condenado a cinco anos de prisão, na década de 1970. É uma sensação de… eu uso uma expressão que gosto muito, deste livro, Memórias de um Revolucionário: "As noites cegas são poderosas, terríveis, mas nós somos a sua paciência". Eu me senti assim, indignado. Fiz uma carta aberta ao país, retirando-me do governo como inocente. 
 A partir daquele dia, tomei uma decisão. Durante sete anos, eu falei nos autos, não dei entrevista… aliás, a única que dei foi para Terra Magazine, em 2006. Falei só nos autos, acreditando que ia ser um julgamento técnico, com base só em provas. Naquele dia, percebi que se tratava de uma condenação sem provas e resolvi fazer a crítica política.
 E com a sua família? Como foi a reação de sua mulher e seus filhos após a condenação?
Estavam todos aqui. No dia seguinte, fizemos uma conversa. Minha filha Mariana, que mora em Brasília, veio para São Paulo. Miruna fez a carta dela e eu não li antes da divulgação. Nessa reunião, eu disse que iria lutar de todas as formas para defender minha honra e minha dignidade. Falei que não iria me curvar. Não tenho riquezas nem patrimônio, mas vou para o risco do combate, dentro dos princípios democráticos. A democracia que está aí não é produto de uma sentença. Aliás, ela foi regada com muita guerra, luta, sangue, mortes, greves e barricadas. Não é produto de sentença e dei minha contribuição para a conquista dessa democracia. Disse à minha família que agora eu estaria em uma posição de militante livre e combatente e eles aprovaram.

A condenação abalou o senhor? Abalou a sua família?
Não. Minha mulher e meus filhos ficaram indignados, assim como eu. Naquela noite, escrevi a carta aberta, que li no dia seguinte durante a reunião do Diretório Nacional do PT. Mas não estava abalado. Minha vida só tem sentido quando eu a coloco a serviço de causas. E hoje eu tenho uma causa: defender minha inocência custe o que custar. Estou revigorado, vivendo um momento parecido com o meu entusiasmo de 1968, da Guerrilha do Araguaia, quando eu estava preso por cinco anos, quando eu disputava convenções do PT, quando eu fazia campanhas vitoriosas e derrotadas aqui em São Paulo… Estou com essa energia. Meu foco é resistir e lutar com todos os meios democráticos.
 E qual é o primeiro passo dessa luta?
A primeira coisa que tenho que fazer é apresentar todos os documentos que estou preparando com o meu advogado, Luiz Fernando Pacheco. São memoriais que vão discutir a parte final do julgamento e serão apresentados como provas da minha inocência. Quem tinha que apresentar provas de minha culpa seria a acusação. Vou falar politicamente. Estou de cabeça erguida, com a consciência de um inocente e vou usar de todas as formas jurídicas e politicas para provar minha inocência. Eu quero provas.
 Sua defesa foi baseada no fato de que o senhor foi acusado por aquilo que era, ou seja, presidente do PT, e não por aquilo que fez. Essa foi a melhor linha a ser seguida?
Sim. E continuo nessa linha, porque eu não pratiquei crime, não pratiquei ilícito. Eu era presidente do PT e fui condenado pelo fato de ser presidente do PT. Isso é o que se chama, no direito penal, responsabilidade objetiva, que é um conceito conservador, arcaico, que, felizmente, a humanidade superou, mas que agora tem uma nova versão, o domínio do fato. Assim, pode-se condenar sem provas concretas. O que fiz como presidente do PT foi legal, legítimo e necessário. Não se pode criminalizar a política, criminalizar os acordos e as alianças e é isso que se está fazendo. Quando se criminaliza a política, abre-se a porta para o autoritarismo, enfraquecendo o poder que emana do povo. Cumprirei as decisões impostas, mas minha consciência irá bradar todos os dias contra isso.

Acredita que o julgamento do Mensalão é um marco no Judiciário brasileiro?
Acho que temos que fazer um grande debate sobre esse julgamento, primeiro porque ele está se baseando em teses que precisam ser profundamente discutidas, como a do domínio do fato, que negam provas, a presunção da inocência, a condenação com base em indícios… Isso tem que ser profundamente discutido, porque pode representar um risco para um Judiciário democrático, abrindo graves precedentes. 
 Sua tese de defesa argumenta que existiu um esquema de caixa dois na campanha do PT e não a compra de votos de parlamentares. A ministra Cármen Lúcia reagiu dizendo que "caixa dois é crime" e que a confissão dessa prática com naturalidade na Corte era algo "inédito" na carreira dela. Essa é sua versão dos fatos?
Em primeiro lugar, meu advogado não falou em caixa dois. Ele afirmou, claramente, que minha função como presidente do PT era exclusivamente política. Eu não cuidava nem tinha responsabilidade quanto à administração do PT e quanto às finanças do partido. Não foi o meu, mas outros advogados disseram que quando se trata de crime eleitoral (caixa dois), tem que se julgar como crime eleitoral. Minha responsabilidade era política. Entendo que essa injustiça não é só contra mim e que isso enfraquece a Justiça no Brasil. Não podemos fazer de julgamentos um espetáculo midiático. Não podemos aceitar essa espetacularização.
 Um dia após sua condenação, quando leu a nota durante reunião do Diretório Nacional do PT, o senhor se encontrou com o ex-ministro José Dirceu. Como foi esse encontro?
Fui recebido de pé por todo o Diretório Nacional do PT naquele dia. Todas as tendências gritavam meu nome. À tarde, quando entrou o companheiro Zé Dirceu, aconteceu a mesma coisa com ele e nós demos um forte abraço um no outro. E eu falei a ele a seguinte frase: "Zé Dirceu, no dia 12 de outubro de 1968, quando nós fomos presos no Congresso de Ibiúna, nós gritamos: 'A UNE somos nós'. Pois bem, o PT somos nós. Somos companheiros de luta e nossa geração aprendeu que podemos ser encurralados, mas não aceitamos nos curvar".
 E o que José Dirceu respondeu? 
Ele olhou bem pra mim e disse: "É o nosso destino. Nosso destino é lutar".
 E com o ex-presidente Lula? Como é sua relação desde 2005?
O Lula, pra mim, é uma pessoa excepcional do ponto de vista humano e político e eu aprendi a ter muita confiança na capacidade política dele. E Lula costumava dizer, nos piores momentos do seu governo: “Não vou deixar o país quebrar no meu colo”. Minha relação com Lula é de muito respeito e confiança. Não fiz nada de errado, portanto, o compromisso que tive com o Lula de presidir o PT foi correto e eu repetiria, mesmo passando por tudo o que passei.

O ex-presidente Lula ligou para o senhor após sua condenação?
Várias vezes. Sempre uma ligação afetiva e muito forte, mas me reservo o direito de não dizer o que ele fala comigo. 

O senhor resolveu deixar seu cargo no governo, de assessor especial do Ministério da Defesa. A presidente Dilma Rousseff foi relutante à entrega do seu cargo?
Ela me ouviu e falou coisas bonitas, mas não serei porta-voz dela. 

Mas ela foi relutante?
Ela disse pra mim: "Como é que eu assino a sua demissão, Genoino? Como?". E respondi: "Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes e vou ler uma carta no Diretório Nacional do PT". Tenho uma relação de respeito e confio muito na coragem e capacidade da companheira Dilma.

José Dirceu disse a amigos que se sente aliviado com o fato de o PT ter sido o partido mais votado no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, é como se o povo tivesse absolvido o partido. O senhor também avalia dessa maneira o desempenho do partido nas urnas?
O governo do PT foi julgado em 2006, quando o povo reelegeu o Lula, e em 2010, quando elegeu a Dilma presidente. As vitórias do PT mostram que o povo é mais inteligente do que certos setores pensam. O povo nos conhece, sabe onde a gente mora, o que a gente faz, o que a gente fez.

Em 2010 o senhor não foi eleito deputado federal. O povo não o absolveu?
Não foi isso. Em 2010, eu perdi por mil votos. O erro foi o tipo de campanha que nós fizemos. A campanha estava difícil porque fui muito criticado por setores da mídia… Tive apoio em muitas cidades, o PT me apoiou muito, mas isso faz parte. Na democracia, a gente perde e ganha e precisamos ficar felizes com isso.
 Na década de 1970, o senhor foi preso por cinco anos e torturado durante a Guerrilha do Araguaia. O senhor consegue traçar algum paralelo daquele momento em relação a esse que está vivendo hoje?
O primeiro paralelo, lamentavelmente, e eu nunca falei isso para ninguém, são os pesadelos. Eu tenho pesadelos. As cicatrizes existem. Acredito no perdão, mas não no esquecimento, e é isso que aparece nos meus pesadelos. Misturo cenas daquele período, quando eu era interrogado, em 1972, com cenas do processo da Ação Penal 470. Há um mês, tive um pesadelo grande, gritei pra caramba, minha mulher ficou preocupada, porque eu fiquei em pé, estrebuchei na cama… As cicatrizes da vida deixam a gente mais preparado para as pancadas e estou com mais cicatrizes agora, elas não somem da cabeça nem do corpo. Mas não tenho ódio, ressentimento ou espírito de vingança. Eu tenho confiança no ser humano.
 O senhor tem medo de ser preso? 
Penso da seguinte maneira: a palavra medo não existe como impedimento para a minha luta. Entre a servidão e a humilhação, eu prefiro o risco do combate.
 Se o senhor pudesse fazer de novo, corrigindo, alguma coisa na sua vida, o que seria?
Tudo o que fiz na minha vida foi com paixão e consciência. Sempre com dedicação e por causas e, portanto, minha trajetória me orgulha. Um dos objetivos da minha luta é defender minha história, porque é ela que me dignifica.
 Então o senhor não corrigiria nada?
Minha trajetória me orgulha e tenho recebido muita solidariedade, tanto do PT, como de pessoas da oposição, de militares que trabalharam comigo no Ministério da Defesa, mas não vou citar nomes. É claro que a vida vai te ensinando, você não pode ser dono da verdade, você tem que estar aberto para mudar o mundo. O desafio é mudar o mundo mudado e quem quer mudar o mundo tem que aceitar ser mudado. O PT me mudou e eu mudei o PT.
 O senhor considera que o PT errou?
O PT é vitorioso porque o objetivo de um partido é conquistar o poder e realizar seu programa e isso o PT fez. Agora, é claro que o PT tem que fazer uma avaliação de toda sua trajetória, olhando para o futuro. Não podemos ter medo do debate. O PT precisa aceitar a crítica e discutir as escolhas de maneira franca e aberta. O PT aprendeu uma lição: dividido, perde; e sem aliança, não ganha. Minha geração aprendeu no coletivo: ou ganham todos juntos ou se ferram todos juntos. Essa foi a lição que eu aprendi.